sábado, 27 de fevereiro de 2016

Revolta dos Malês

Roteiro de estudos: Revolta dos Malês

1. (IBFC 2013) A Revolta dos Malês, em 1835, foi um movimento:
a) influenciado pela revolução haitiana; buscou acabar com a escravidão no Brasil, promovendo o extermínio dos brancos e indígenas, assim que submetesse a monarquia e assumisse o poder político do país.
b) de libertação que contou com o apoio de quilombolas e indígenas no interior da Bahia. Entre suas propostas, a que mais amedrontou a sociedade escravista da época era, a de fazer escravos os brancos e destruir os símbolos das igrejas católicas além de matar todos os padres e a família real.
c) foi organizado por negros islamizados e alfabetizados, que difundiram as reivindicações e a forma do levante escrevendo pelas paredes da cidade em árabe, dificultando alguma forma de antecipação de repressão pelos escravocratas da época. Duas das principais intenções em tomar o poder eram: abolir a escravidão e ter o direito de se converterem ao cristianismo;
d) foi organizada por africanos escravizados de origem islâmica, planejada através de inscrições pela capital baiana. Além da intenção de acabar com a escravidão, os revoltosos pretendiam confiscar os bens dos brancos, construir um reino islâmico e transformarem escravos os não islamizados.

2. (FUNCAB 2013) “Na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de escravos de origem africana, adeptos do Islã, saiu às ruas de Salvador e, durante mais de três horas, enfrentou tropas da cavalaria e milícias. Centenas de escravos e libertos participaram, cerca de setenta morreram e mais de quinhentos foram punidos com penas de morte, prisão, açoites e deportação.” 

O episódio ficou conhecido como:
A) Sabinada.
B) Balaiada.
C) Confederação do Equador.
D) Conjuração Baiana.
E) Levante dos Malês.

3. (CESGRANRIO 2010) “Os grupos de escravos egressos da Costa da Mina, sob diferentes identidades (Nagô, Hauçá, Jeje, Tapa), promoveram o maior ciclo de revoltas escravas africanas de que se tem notícia na história do Brasil. O caráter de resistência sistêmica à escravidão só teve equivalente, antes, na Guerra dos Palmares e, depois, no movimento abolicionista da década de 1880. Com efeito, entre 1807 e 1835, a Bahia viveu um período de rebeliões contínuas dos escravos africanos, cujo ápice foi a Revolta dos Malês.” 
REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil, a História do Levante dos Malês em 1835. Cia. das Letras. 

Completando 175 anos em 2010, a Revolta dos Malês, na Bahia, embora não tenha conseguido modificar a ordem escravista brasileira, teve um aspecto bastante representativo, uma vez que
(A) foi o levante de escravos urbanos, na sua grande maioria de religião muçulmana, mais sério ocorrido no Brasil.
(B) foi um levante de escravos com objetivos claros e definidos, o que justifica a sua longa duração.
(C) foi, por meio dessa Revolta, que, pela primeira vez, um grupo de escravos ocupou, ainda que por curto período, o poder em Salvador.
(D) precipitou a assinatura da Lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o tráfico negreiro.
(E) acelerou a introdução de imigrantes para substituir a mão de obra escrava negra.

4. (VUNESP 2014) Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de africanos escravos e libertos ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados. Os organizadores do levante eram malês, termo pelo qual eram conhecidos na Bahia da época os africanos muçulmanos. Embora durasse pouco tempo, apenas algumas horas, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas e teve efeitos duradouros para o conjunto do Brasil escravista. 

(REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003) 

O episódio descrito no trecho contribuiu para
(A) a longa duração do tráfico negreiro, pois, diante do crescente conflito social, os defensores do escravismo reconheceram que era necessário trazer mais escravos para o Brasil.
(B) a abolição da escravidão poucos anos depois, pois os grandes proprietários sentiram-se ameaçados e inseguros e perceberam a necessidade de adotar o trabalho livre.
(C) a intensificação das tensões no interior da elite de grandes proprietários no contexto da Regência, incomodados com as diversas revoltas que explodiram à época.
(D) o aprofundamento da crise que levou à renúncia de Dom Pedro I, considerado um monarca politicamente inábil e incapaz de manter a imensa população de escravos sob controle.
(E) a crise política que levou ao Golpe da República e ao início da Primeira República, devido ao descontentamento dos grandes proprietários com a gestão liberal do período regencial.

5. (COLÉGIO NAVAL 2010) " A revolta de 1835, também chamada a ' grande insurreição' , foi o ponto culminante de uma série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período organizativo(...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas vezes juntamente com elementos de outros grupos do centro da cidade.(...) O movimento vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntegra porque houve delação. (...) os escravos, vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente." 
(Moura, Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-69.) 

Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:
(A) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo Baiano.
(B) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Malês, participaram escravos de diversas etnias que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
(C) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de praticar sua religião, o Candomblé.
(D) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
(E) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do Brasil e o fim da escravidão.

6. (PUC RJ 2003) COM EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam acontecimentos relacionados às formas de resistência dos escravos negros à dominação escravista na experiência histórica do Brasil, desde o século XVI. Assinale-a.

(A) Ocorrida em Salvador no ano de 1835, a revolta dos malês somava-se às revoltas escravas de 1814 e 1816 na Bahia, embora a elas não se comparasse em amplitude.
(B) Ao reivindicarem o direito de "brincar, folgar e cantar", por ocasião do levante no Engenho Santana de Ilhéus, em 1789, os escravos demonstravam que também lutavam por uma vida espiritual autônoma.
(C) Foi durante o período da ocupação holandesa no atual Nordeste que o quilombo dos Palmares consolidou sua posição de "Estado negro" encravado na colônia escravista.
(D) Surgido em terras de um abolicionista, o quilombo do Jabaquara constituiu-se em exemplo da complexa negociação social e política que distinguiu a resistência escrava nos anos finais da escravidão.
(E) A publicação do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco, em 1883, constituiu-se em significativo libelo antiescravista ao afirmar que o escravo e o senhor eram dois tipos contrários e, no fundo, os mesmos.

7. (Fgv) A revolta dos Malês: 
a) Foi comandada por escravos e libertos muçulmanos em Salvador na província da Bahia. 
b) Foi iniciada por setores da elite maranhense contra as medidas centralizadoras adotadas pelo governo sediado no Rio de Janeiro. 
c) Foi liderada por comerciantes paulistas contrários à presença dos portugueses na região das minas. 
d) Foi articulada pelo setor açucareiro da elite baiana descontente com a falta de investimentos do governo imperial. 
e) Estabeleceu uma ampla rede de quilombos em Pernambuco, desafiando a dominação holandesa.

GABARITO
01 - D
02 - E
03 - A
04 - C
05 – B
6. R: (E)
A publicação do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco, em 1883, constituiu-se em significativo libelo antiescravista ao afirmar que o escravo e o senhor eram dois tipos contrários e, no fundo, os mesmos.

Com exceção da opção E, todas as demais apresentam de modo correto acontecimentos relacionados às formas de resistência dos escravos negros à dominação escravista na experiência histórica do Brasil, desde o século XVI. Embora tenha tido um papel fundamental na Campanha Abolicionista, o livro de Joaquim Nabuco não constitui uma expressão de forma de resistência dos escravos negros.
7. A

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