domingo, 8 de novembro de 2015

Confira a resolução comentada Unesp 2015

UNESP 2015 Resolução comentada

1. Indique duas características da democracia antiga, a partir da experiência ateniense, que não se encontram na democracia contemporânea, e duas características da democracia contemporânea que não estavam presentes na democracia antiga. 

Resolução:
 Diferentemente da democracia atual, a democracia na Antiguidade era direta (cabia à assembleia dos cidadãos decidir sobre as questões de interesse público), excluía as mulheres da vida política e coexistia com a prática do escravismo. A democracia contemporânea, por sua vez, é indireta (os cidadãos delegam o poder decisório a representantes eleitos) e abrange um número maior de membros da população, incluindo as mulheres.

2 No concernente à mão de obra, a economia colonial hispano-americana baseou-se em variadas formas de trabalho compulsório [...]. 
(Ronaldo Vainfas. Economia e sociedade na América Espanhola, 1984.) 

Cite e caracterize duas formas de trabalho compulsório presentes na América Hispânica colonial. 


Resolução:
Encomienda: trabalho compulsório indígena executado na agricultura, a serviço de um particular, praticado em caráter permanente e não remunerado, em troca de assistência religiosa. Mita: trabalho compulsório indígena executado na mineração e em obras públicas, a serviço da Coroa, praticado em caráter temporário, mediante pequena remuneração, por trabalhadores sorteados nas comunidades nativas. 
Escravismo: trabalho compulsório executado por mão de obra negra (a escravidão indígena foi proibida pela Coroa Espanhola em 1542), obtida por meio do asiento – autorização para a importação de escravos procedentes da costa africana.


3. Examine a charge do cartunista Pestana.

Como a charge representa a abolição da escravidão? Justifique sua resposta com um elemento extraído da imagem. Identifique um resultado da abolição, ocorrida em 1888, e caracterize, exemplificando, a condição da população afro-brasileira cem anos depois. 

Resolução: 
A charge critica a pouca efetividade da Abolição em relação à comunidade afrodescendente brasileira. Tal interpretação é corroborada pela condição de miséria do menino negro, reduzido a exercer uma atividade subalterna, e cuja inferioridade é acentuada pela desproporção física existente entre os personagens do cartum. A abolição de 1888 limitou-se a libertar os escravos, sem no entanto lhes proporcionar condições para ter uma ascensão econômica e social. Essa situação se reflete atualmente em dados como a pequena presença de negros em cargos políticos ou de direção em empresas públicas e privadas, no maior percentual de negros como vítimas da violência e por seu predomínio numérico na população carcerária brasileira. Todavia, algumas medidas recentes têm sido implementadas com o objetivo de alterar esse quadro, como a fixação de cotas para o ingresso na universidade e no serviço público, a caracterização do racismo como crime inafiançável e imprescritível e a obrigatoriedade do ensino de História da África.

4. Preço do barril de petróleo, em dólares 
(Celso Ming. “O petróleo derrete”. http://economia.estadao.com.br) 

A partir do gráfico, que mostra a tendência do preço do barril de petróleo no mercado internacional, entre julho de 2014 e janeiro de 2015, indique o impacto dessa tendência na exploração do Pré-Sal brasileiro e nas economias da Venezuela e da Rússia. 

Resolução 
Em relação ao Pré-Sal, os preços do petróleo em queda no mercado internacional não justificam, pelo menos momentaneamente, os elevados investimentos de exploração do petróleo em águas profundas – no caso, profundidade superior a 6.000 metros. Em suma, o petróleo importado é mais barato que o petróleo obtido internamente em águas profundas. No caso das economias da Venezuela – membro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) – e da Rússia, maior fornecedor de petróleo para a União Europeia, a situação é muito mais delicada, pois são economias dependentes do petróleo. O petróleo com preço em ascensão – nas últimas décadas – fortaleceu as economias desses países, que puderam projetar-se no cenário político-econômico internacional. Com a queda nos preços de seu principal produto de exportação, a tendência é que sofram uma retração em sua influência política e passem a uma situação de crise econômica, que alguns já experimentam, acentuada. 

5. Em meio à crise de abastecimento de água, o estado de São Paulo criou um conflito hídrico com o Rio de Janeiro acerca da captação e da utilização das águas do Rio Paraíba do Sul. O rio nasce em São Paulo, na Serra da Bocaina, e corta cidades paulistas, mineiras e fluminenses, até desaguar no Oceano Atlântico, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. A principal fonte de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro hoje é o Rio Paraíba do Sul e não há outro manancial capaz de reforçar o abastecimento. No entanto, para São Paulo, o rio é o que oferece solução no mais curto prazo. 
(http://ultimosegundo.ig.com.br, 25.03.2014. Adaptado.) 

Cite dois fatores técnicos que explicam a disputa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro em relação ao uso da água do Rio Paraíba do Sul e indique duas medidas que poderiam ser tomadas com o intuito de solucionar este problema em torno da gestão territorial dos recursos hídricos. 

Resolução 
1) Problemas técnicos: 
a) A maior parte da água do Rio Paraíba é destinada ao abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro, sendo, inclusive, fundamental na produção hidroelétrica desse estado. 
b) Para São Paulo, o Rio Paraíba seria uma alternativa para suprir a escassez hídrica pela qual passa o estado. 
2) Medidas para solucionar este problema concernente à gestão territorial dos recursos hídricos: 
a) Aumento da capacidade dos sistemas de captação de água para os reservatórios da RMSP, incluindo a captação fluvial da Serra do Mar e do Sul de Minas Gerais. 
b) Ampliação da produção de energia alternativa, como a eólica e até nuclear, com a conclusão das obras de Angra 3, para melhor suprir as necessidades energéticas da RMRJ, ou, até mesmo, a dessalinização da água do mar. 


6. Cite duas características essenciais do latifúndio no Brasil e indique duas consequências (uma social e outra eco - nômica) da sua perpetuação para a sociedade brasileira. 

Resolução 
Essencialmente, os latifúndios, desde os primórdios, com as capitanias hereditárias, concentram enormes quantidades de terra na mão de poucos proprietários (concentração de terras). Também se eternizaram como produtores de monocultura destinados a mercados específicos, sobretudo externos. Consequências: conflitos pela posse da terra, com a pressão popular pela reforma agrária, movimento esse canalizado pelo MST desde a década de 1980 (social). A reafirmação do Brasil no mercado internacional como produtor de matérias-primas, principalmente agrícolas, como, por exemplo, cana-de-açúcar, vem perpetuando a importância desse produto na economia nacional (econômica). 


7. Em dezembro de 2014, os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram a retomada das relações entre a República de Cuba e os Estados Unidos da América. Cite duas características do contexto geopolítico mundial no qual se deu o início do embargo estadunidense à Cuba. Explique, com dois argumentos, por que tal embargo se tornou obsoleto. 

Resolução 
O embargo estabelecido pelos Estados Unidos a Cuba decorreu do alinhamento de Havana com o bloco socialista, liderado pela URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Isso aconteceu no contexto da Guerra Fria, fato que foi agravado pela Crise dos Mísseis, a qual intensificou as disputas entre EUA e URSS, levando ao embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba. A obsolescência desse embargo a Cuba dá-se por motivos variados, quais sejam, a Guerra Fria acabou – em tese, o governo cubano, que era exercido por Fidel Castro, era considerado inimigo de Washington e de seus interesses; o bloqueio, a rigor, não mais é acatado por um grande número de países, incluindo países aliados dos EUA; a importância estratégica de Cuba como “exportadora da revolução” deixou de existir quando o país mergulhou em uma crise econômica sem precedentes, com o fim da URSS; além disso, tem o governo Obama interesse em ampliar negócios com o país. Há um entendimento de que a abertura econômica que se seguirá ao estreitamento de laços econômicos será mais efetiva para a mudança do regime cubano do que o embargo. 

8. O circuito inferior da economia urbana é resultado da modernização seletiva e incompleta que caracteriza a urbanização dos países subdesenvolvidos e coloca grande parte da população praticamente à margem do usufruto do processo de acumulação. Enquanto uns se preocupam em acumular capital para a renovação das atividades produtivas modernas, outros se preocupam apenas em garantir a sobrevivência da família, buscando formas alternativas de trabalho e renda. O circuito inferior da economia urbana ocupa bairros, ruas, becos, terminais rodoviários e metroviários, praças e porões, fundos de quintal, vans, motocicletas, permeando o tecido urbano. À margem dos circuitos oficiais, uma multiplicidade de atores econômicos de porte modesto preenche os interstícios dos grandes negócios, preservando o espaço urbano como um território de cultura, vida e liberdade – uma resposta à segregação social da metrópole capitalista. 
(Mônica Arroyo. “A economia invisível dos pequenos”. www.diplomatique.org.br, 04.10.2008. Adaptado.) 

O circuito inferior da economia urbana revela a existência de uma economia popular nas cidades, ajustada às condições econômicas e às restrições de consumo da população mais pobre. Considerando a dinâmica do mercado de trabalho e o processo de urbanização nos países subdesenvolvidos, cite duas razões que explicam a expansão do chamado circuito inferior da economia urbana nas últimas décadas e cite dois exemplos de atividades econômicas que correspondam a esse circuito econômico. 

Resolução 
O circuito inferior da economia teve sua expansão otimizada nos últimos tempos, pois a economia, como um todo, não é capaz de absorver todos igualmente. A marginalização de parte da população é a principal causa desta expansão. O denominado circuito inferior da economia surge acessoriamente ao circuito superior, que conta com visibilidade, aporte de investimentos e tecnologias e atende aos grandes mercados, que se ajustam às restrições de consumo da população mais pobre na forma de um comércio popular que satisfaz os desejos e necessidades de consumo desse segmento. Exemplos de atividades do circuito inferior: comércio de produtos populares, como réplicas de marcas famosas, venda de lanches, bolos e café em tendas nas calçadas, pequenas oficinas de conserto de aparelhos eletrônicos (as quais não fazem parte de redes autorizadas), além de serviços como mototáxi e lotação em peruas (ou vans). 

9. Do ponto de vista do Iluminismo, a ilusão deixa de ser uma simples deficiência subjetiva, e passa a enraizar-se em contextos de dominação, de onde a ilusão deriva e se incumbe de estabilizar. O preconceito – a opinião falsa, não controlável pela razão e pela experiência – revela seu substrato político. É no interesse do poder que a razão é capturada pelas perturbações emocionais, abstendo-se do esforço necessário para libertar-se das paixões perversas, e para romper o véu das aparências, que impedem uma reflexão emancipatória. Deixando-se arrastar pelas interferências, a razão não pode pensar o sistema social em sua realidade. Prisioneira do dogmatismo, que nem pode ser submetido ao tribunal da experiência nem permite a instauração desse tribunal, a razão está entregue, sem defesa, às imposturas da religião e de todos os outros dogmas legitimadores. 
(Sérgio Paulo Rouanet. A razão cativa, 1990. Adaptado.)

Considerando o texto e o título sugestivo do livro de Rouanet, explique as implicações políticas do cativeiro da razão e defina o que significa a reflexão emancipatória referida pelo autor. 

Resolução 
A condição humana de tutelagem das ideologias, das concepções equivocadas e produzidas pela classe dominante e outras formas de ilusão em que a razão permanece submersa e impotente, impossibilita a emancipação da consciência e permite formas de poder ilegítimas, a serviço de interesses de uma minoria que lucra, de alguma forma, com esse estado de coisas. Sob tal cativeiro, fica impossível traçar vias para consolidar valores democráticos, acessíveis a todos, assim como o de construir uma sociedade menos desigual, mais equitativa. O papel das ideologias é dar um sentido legitimador das contradições sociais, para que pareçam coerentes e até desejáveis. A reflexão emancipatória é alcançada quando se percebe que ideologias não coincidem com a realidade. Deixando as verdades dogmáticas de lado, superando tabus, transcendendo preconceitos, seria possível perceber a realidade social e suas contradições, e somente assim, a razão se emancipa, condição prévia para se propor projetos políticos honestos e democráticos. 

10. A ciência é uma atividade na sua essência antidogmática. Pelo menos deveria sê-lo. A ciência, em particular a física, parte de uma visão do mundo que é, de acordo com a terminologia utilizada por Arquimedes, um pedido que se faz. É assim porque pedimos para que se admita, à escala a que pretendemos descrever os fenômenos, que o mundo assuma uma determinada forma. Os outros pedidos e postulados têm de se inserir, tão pacificamente quanto possível, nesse pedido fundacional. Mas nunca perderão o estatuto de pedidos. Transformá-los em dogmas é perturbar a ciência com atitudes que lhe deveriam ser totalmente estranhas. 
(Rui Moreira. “Uma nova visão da natureza”. Le Monde Diplomatique, março de 2015. Adaptado.) 

Baseando-se no texto, explique qual deve ser a relação entre ciência e verdades absolutas. Explique também a diferença entre uma visão de mundo baseada em “pedidos” e uma visão de mundo dogmática. 

Resolução 
A ciência propõe teorias e hipóteses: uma forma de se produzir conhecimento a partir do exercício da observação da realidade empírica e da experimentação. Tal forma de produção de conhecimento não se situa nas fórmulas prontas e dogmáticas que interpretam o mundo. Arquimedes foi de fato um físico e matemático que desconfiava das verdades dogmáticas e absolutas. A ciência “pede” que se admita que o mundo assuma uma determinada forma, e isso significa que o conhecimento científico tem um caráter hipotético e dinâmico, diferente da visão dogmática que impõe uma interpretação inflexível, não baseada em experimentos dos fenômenos. Um pedido na concepção metodológica da ciência soa como um “suponhamos”, abrindo assim portas para o levantamento de hipóteses capazes de se aproximar do mundo real. 

11. O regime democrático cumpre um papel conhecido e alardeado, que é a menina dos olhos de quem o defende: ele aceita um teor de conflito na sociedade. Admite como normal que haja tensões entre pessoas ou grupos. Pela primeira vez na história do mundo, desobriga os homens de viver num todo harmônico, equilibrado. Porque a harmonia é uma empulhação. No Ocidente, a comparação do Estado a um corpo harmônico e saudável autorizou considerar o divergente um membro gangrenado ou doente, que deve ser amputado. Quem não obedece ao amor do príncipe não é apenas um divergente, uma pessoa livre para pensar de outra forma: é um traidor, um ingrato, um infame. 
(Renato Janine Ribeiro. “A democracia acalma conflitos”. Revista Filosofia, setembro de 2014. Adaptado.) 

Baseando-se no texto, nomeie e explique o que seria um regime político oposto à democracia. Explique também por que a democracia, de acordo com o texto, é o regime político mais adequado para expressão das diferenças de natureza étnica, religiosa, sexual e política. 

Resolução 
Renato Janine Ribeiro, atual Ministro da Educação, filósofo e reconhecido intelectual, refere-se ao panorama político em que vive o Brasil. As manifestações públicas fazem parte do regime democrático. O regime oposto ao democrático é a ditadura, em que não se reconhecem ou admitem a participação popular, as diferenças de opinião, o direito ao voto, tampouco manifestações de oposição. A democracia é um regime que resulta da construção de consensos parciais, não manipulados. Ao mesmo tempo, é um regime que dialoga com a participação política da sociedade civil, evocando-a inclusive, para que se construa uma sociedade pluriforme, de muitas vozes, contudo, capaz de prezar e defender os interesses da maioria, na concepção iluminista do conceito de democracia. A evolução política, no entendimento do governo do povo, deve incluir a convivência e a tolerância plena entre as diversas etnias, religiões, opções sexuais e políticas. 

12. Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é considerada pela quase totalidade dos estudiosos como criação própria do gênio dos gregos. Sendo assim, a superioridade dos gregos em relação aos outros povos nesse ponto específico é de caráter não puramente quantitativo, mas qualitativo, porque o que eles criaram, instituindo a filosofia, constitui novidade que, em certo sentido, é absoluta. Com efeito, não é em qualquer cultura que a ciência é possível. Há ideias que tornam estruturalmente impossível o nascimento e o desenvolvimento de determinadas concepções – e, até mesmo, ideias que interditam toda a ciência em seu conjunto, pelo menos a ciência como hoje a conhecemos. Pois bem, em função de suas categorias racionais, foi a filosofia que possibilitou o nascimento da ciência, e, em certo sentido, a gerou. E reconhecer isso significa também reconhecer aos gregos o mérito de terem dado uma contribuição verdadeiramente excepcional à história da civilização. 

(Giovanni Reale e Dario Antiseri. História da filosofia, vol. 1, 1990. Adaptado.) 

Baseando-se no texto, explique por que a definição apresentada de “filosofia” pode ser considerada euro - cêntrica. Explique também que tipo de ideias apresentaria a característica de impedir o desenvolvimento do conhecimento científico. 

Resolução 
Vários historiadores da filosofia afirmam que esse ramo do conhecimento teve um nascimento na Grécia, como um acidente histórico de um povo genial que sentiu a insatisfação intelectual de entender o mundo exclusivamente pelas explicações de mitos e dogmas. Assim, a Europa teria herdado o fio histórico desse debate iniciado pelos clássicos gregos. Nesse sentido, deve-se tomar certo cuidado ao usar o conceito de filosofia ao referir-se às doutrinas religiosas ou às intepretações místicas do Oriente, por exemplo. Sendo a filosofia e a ciência formas de conhecimento não ideológicas, de caráter reflexivo e investigatório, são obstáculos ao desenvolvimento livre da ciência as doutrinas dogmáticas, as mitologias não interpretadas, as ideologias e o senso comum. 

13. Considere a ilustração publicitária, publicada na revista Almanaque do Biotônico, de 1935. (https://historiadesaopaulo.wordpress.com) 
Na ilustração, Monteiro Lobato diagnostica o caipira com a doença conhecida popularmente como “amarelão”. Cite um dos vermes que causa essa doença e uma medida para sua prevenção, justificando-a. Explique a razão do nome popular da doença e o que isso tem a ver com a “canseira do caipira”, tal como retratado por Monteiro Lobato. 

Resolução 
O amarelão é causado por dois nematelmintos: Necator americanus e Ancylostoma duodenale. A medida de prevenção mais citada é o uso de calçados, pois os vermes formam larvas que penetram ativa mente pela pele dos pés. A doença provoca anemia, levando a uma redução no transporte de oxigênio, daí a “Canseira do caipira”. Jeca, porque não trabalhas? Pergunta Monteiro Lobato, o autor de Urupês, a Jéca Tatú. Não é preguiça ´´seu´´ Lobato. É uma dôr na cacunda, palpitação, uma canceira que não acaba nunca!... Sim, eu sei, Jéca Tatú amigo. Soffres de AMARELLÃO (ou opilação). Tens no sangue e nas tripas um jardim zoologico da peor especie. É essa bicharia que te faz papudo, feio, molengo e inerte. Só tens um remedio, o verdadeiro específico do amarellão

14. Leia o trecho da sentença condenatória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, […] e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique […]. (http://bd.tjmg.jus.br) 

Como se verifica, além da condenação à morte, a sentença determinava ainda que a casa em que o inconfidente vivia fosse demolida e a terra salgada, tornando-a assim improdutiva. Referindo-se aos processos de transporte de substâncias através da membrana, os quais permitem às células dos pelos absorventes das raízes obterem água e minerais do solo, explique por que salgar a terra torna o solo improdutivo. 

Resolução 
O salgamento do solo torna hipertônico o meio. Em consequência, a tendência das células dos pelos absorventes é perder água para o solo, impedindo o crescimento dos vegetais.


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