sexta-feira, 28 de março de 2014

Roteiro de estudos: Revolução Industrial


Roteiro de estudos: Revolução Industrial

Idade contemporânea - Revolução industrial


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Lista de questões nº 20 História Geral - Revolução Industrial


1. (UNESP 2013) Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.
(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)

O texto afirma que a Revolução Industrial
(A) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
(B) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
(C) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção.
(D) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
(E) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.

resposta da questão 1:[C]

Comentário da questão:


A questão remete mais uma vez à Revolução Industrial, exigindo que o candidato leia atentamente o excerto e interprete a noção de violência que o autor engendra ao processo capitalista de produção. Bem como a noção de trabalho degradante durante o período da “formação da classe operária”. As informações dão conta de que as jornadas de trabalho durante o período podiam ser de 14 a 16 horas, as fábricas podiam incluir até mesmo crianças como mão-de-obra e o trabalho era realizado em locais insalubres, sem existir nenhuma regulação ou fiscalização por parte das autoridades. O que leva o autor do trecho a concluir que o processo, na verdade, foi realizado unicamente sob a “ideologia dos patrões”.


2. (UNESP 2012) 

Noite após noite, quando tudo está tranquilo
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil!
Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes
As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).
(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia
Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram“rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como“revolucionários conscientes”.

Justifique as duas interpretações acerca do movimento.

Resposta da questão 2:
A questão trata dos “luddistas”, que agiram intermitentemente, na Inglaterra de fins do século XVIII e início do XIX, atacando instalações fabris e destruindo máquinas. Eles podem ser avaliados como “rebeldes ingênuos” se considerarmos a irreversibilidade da industrialização, absolutamente necessária para a afirmação do modo de produção capitalista, coroando um pro cesso iniciado séculos antes, na Baixa Idade Média. Por outro lado, interpretar os luddistas como “revolucionários conscientes” implica situá-los como precursores das lutas sociais do proletariado então em formação, atribuindo-lhes uma visão prospectiva dos males do capitalismo – visão essa consolidada pela análise científica elaborada anos depois por Marx e Engels.





3. (Unicamp 2011)  Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.

(Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)

a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao
passado?
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção?



resposta da questão 3:

a) Segundo o texto, desde o início da Revolução Industrial, a novidade e a criatividade de cada geração é mais marcante do que os modelos do passado. Assim, o passado é descartado como memória de como as coisas deveriam ser feitas.

b) A Revolução Industrial alterou de forma significativa o sistema de produção. Nesse sentido podemos destacar:
• Antes da Revolução Industrial o trabalhador possuía os meios de produção. Com a industrialização, ocorre a separação entre o trabalho e a propriedade dos meios de produção. Estes passam a pertencer ao empresário industrial.
• Antes, predominava a utilização de ferramentas implicando que a produção dependia da disposição, habilidade e destreza do trabalhador. Com a Revolução Industrial, é implantado o sistema fabril com a utilização de máquinas no sistema produtivo. Diferentemente da ferramenta, a máquina possui uma fonte uniforme de energia (por exemplo, a energia a vapor) que impõe um ritmo de produção ao qual o trabalhador deve se subordinar.
• Antes da Revolução Industrial, a divisão do trabalho praticamente inexiste. O produtor é o artesão que confecciona a peça toda, o que requer aquelas qualidades que apontamos no item anterior para converter a matéria-prima em produto manufaturado. Cada peça é única e a quantidade produzida é pequena. Era uma produção limitada, característica das corporações de ofício. Com a indústria, esse sistema de produção "doméstico" é destruído e em seu lugar instaura-se o sistema fabril. Impõe-se a divisão social do trabalho e da produção.
• Com a introdução do sistema fabril, ocorre a generalização do trabalho assalariado e a consequente expansão do mercado de consumo, por intermédio da monetarização da economia.
• A adoção do sistema fabril dá origem a um processo intenso de inovação tecnológica. Cada inovação engendra modificações em outros setores da produção e da própria organização do trabalho e das tarefas produtivas, o que contrasta significativamente com a atividade artesanal que até então existia.



4. (Unicamp 2006)  Um dos mandamentos do século XIX, na Europa, era o evangelho do trabalho. Para os ideólogos da classe média, o ideal do trabalho implicava autodisciplina e sentido atento do dever. Até mesmo os mais devotos ousavam modificar a palavra de Deus. As Escrituras haviam considerado o trabalho como castigo severo imposto por Deus a Adão e Eva. Mas para os ideólogos burgueses, o trabalho era prevenção contra o pecado mortal da preguiça. O evangelho do trabalho era quase exclusivamente um ideal burguês. Em geral, os nobres não lhe davam valor. O desprezo aristocrático pelo trabalho era um resquício feudal. 
(Adaptado de Peter Gay, O século de Schnitzler. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 210-1, 214 e 217-8.)

a) Segundo o texto, como o trabalho era visto pela Bíblia, pela burguesia e pela aristocracia?
b) Como a burguesia buscou disciplinar os trabalhadores no contexto da Revolução Industrial?


resposta da questão 5:

a) Essa questão requer capacidade de interpretação do texto, devendo o candidato apontar os diferentes significados do trabalho para a Bíblia, a burguesia e a aristocracia, respectivamente. Assim, na Bíblia, trabalho era sinônimo de castigo e sacrifício em razão dos pecados. Para a burguesia e seus ideólogos, o trabalho era uma atividade positiva, que purificava a alma e distanciava homens e mulheres do pecado da preguiça. A aristocracia nutria profundo desprezo pelo trabalho, visto como atividade destinada exclusivamente às chamadas “ordens não privilegiadas” da sociedade (burgueses, camponeses, artesãos etc.).

b) Espera-se que o candidato reconheça no trabalho fabril um dos principais mecanismos de disciplinarização do trabalhador no contexto da Revolução Industrial. A disciplina podia ser obtida, por exemplo, por meio de multas, horários fixos e a vigilância dos contramestres. O candidato também pode se referir à ética protestante do trabalho.

03 – Comentários
Essa questão aborda um dos temas clássicos do ensino de história, a Revolução Industrial e o trabalho nas fábricas e procurou medir, principalmente, a capacidade de leitura e entendimento de texto dos candidatos. Dividida em 2 itens, a resposta do primeiro estava dada no enunciado, bastando que o candidato o lesse atentamente para perceber os diferentes significados do trabalho para a Bíblia, a burguesia e a aristocracia.
O item b, contudo, exigia do candidato conhecimentos específicos sobre o período e capacidade de reconhecer no trabalho fabril um dos principais mecanismos de disciplinarização do trabalhador no contexto da Revolução Industrial. Para obter os dois pontos da questão era preciso citar pelo menos duas formas de se obter a disciplina fabril, por exemplo, por meio de multas, horários fixos e vigilância dos contramestres. Algumas respostas também se referiram às questões religiosas como a ética protestante do trabalho, a influência do calvinismo e da reforma.
Dadas as características das questões formuladas nos dois itens, o resultado foi uma avalanche de notas 3, uma vez que houve grande acerto nas respostas do item a, enquanto que no item b verificou-se uma dificuldade por parte dos candidatos de entender a ideia de disciplina. Na maioria das vezes a disciplinarização foi confundida com a descrição das péssimas condições de trabalho dentro das fábricas - o que acarretou uma pequena margem de acerto no item e, consequentemente, um índice pouco expressivo de notas 4 e 5, assim como de notas 1 e 2.


6. (Unicamp) No turbilhão da primeira era industrial, o nacionalismo tornou-se o principal meio pelo qual o governo podia garantir a unidade da população. Conforme encorajado pelos Estados Europeus, o nacionalismo implicava convencer a população de que ela devia sentir-se agressivamente orgulhosa do país em que vivia. Da metade do século XIX em diante, a febre nacionalista infiltrou-se em todas as formas culturais europeias  afetando a educação, as artes e a literatura. 
(Traduzido e adaptado de Paul Greenhalgh, Ephemeral Vistas: the Expositions Universelles, Great Exhibitions and World´s Fairs. Manchester: Manchester University Press, 1988, p. 112-3). 

a) Caracterize a primeira era industrial, iniciada em fins do século XVIII.
b) A partir do texto, explique quais as características do nacionalismo?
c) De que forma o sentimento nacional foi expresso na literatura brasileira do mesmo período?



resposta da questão 6:

a) O estudante poderia apontar pelo menos três aspectos centrais como características da primeira era industrial que se desenvolveu especialmente na Inglaterra: o uso da tecnologia e a alteração das formas de produção, com a expansão da indústria têxtil, uso da 
energia a vapor, processo de substituição da manufatura; exploração dos trabalhadores com precárias condições de trabalho, incluindo a exploração do trabalho infantil; a busca de mercados consumidores especialmente nas colônias americanas.
b) Conforme indicado no enunciado, o nacionalismo era o principal meio para os Estados garantirem a unidade da população; caracterizava-se pela agressividade e orgulho pelo país em que se vivia e interferia em aspectos culturais como a educação, as artes e a literatura.
c) No Brasil, o sentimento nacional na literatura expressou-se, por exemplo, no romantismo (indianismo), quando valorizou-se o indígena e a natureza do país.

COMENTÁRIOS
A questão envolvia conteúdos e temporalidades distintas como a Revolução Industrial, o nacionalismo em suas caracterizações e sua expressão na literatura brasileira. O conteúdo, particularmente no item c), envolvia conhecimentos presentes na História e na Literatura. Todos os temas são presentes nos conteúdos escolares e as abordagens podiam ser feitas a partir de diversos referenciais que os estudantes possuem, contextualizando-os nas especificidades das questões.No item a, ao abordar as condições da primeira era industrial, era possível apontar o desenvolvimento tecnológico e as alterações no mercado de trabalho. A questão permitiu, além da caracterização das relações produtivas, o impacto social que elas tiveram no período. Dessa forma, as condições de trabalho e a exploração dos trabalhadores eram algumas das alternativas de resposta. O item b solicitava o conceito de nacionalismo a partir do texto, exigindo a leitura e o reconhecimento de características que o nacionalismo adquiriu nos países europeus. O item c estava associado a uma das caracterizações do item anterior (a febre nacionalista na literatura) e a questão foi inovadora por buscar a aproximação entre a História e a Literatura, e sua identificação do nacionalismo na literatura brasileira, num momento específico (século XIX). A questão foi amplamente respondida, o que demonstra que os vestibulandos obtêm bons resultados com a aproximação interdisciplinar que tem sido almejada pelas propostas educacionais mais recentes.





7. (Unesp 2013) Leia.
Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e 
nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza 
humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.
(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)


O texto afirma que a Revolução Industrial:
a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores. 
b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população. 
c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção. 
d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem. 
e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias. 


resposta da questão 7:[C]

Comentário da questão:

A questão remete mais uma vez à Revolução Industrial, exigindo que o candidato leia atentamente o excerto e interprete a noção de violência que o autor engendra ao processo capitalista de produção. Bem como a noção de trabalho degradante durante o período da “formação da classe operária”. As informações dão conta de que as jornadas de trabalho durante o período podiam ser de 14 a 16 horas, as fábricas podiam incluir até mesmo crianças como mão-de-obra e o trabalho era realizado em locais insalubres, sem existir nenhuma regulação ou fiscalização por parte das autoridades. O que leva o autor do trecho a concluir que o processo, na verdade, foi realizado unicamente sob a “ideologia dos patrões”.



8. (Fuvest 2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!
Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985.

O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido 
corretamente como uma:a) apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período. 
b) crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços científicos. 
c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental. 
d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período. 
e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social. 



resposta da questão 8:[B]


A obra Frankenstein de Mary Shelley trata-se de um clássico da literatura romântica europeia, período histórico marcado pela disseminação da Revolução Industrial e pela consolidação do tecnicismo. O romance destaca como essas novas perspectivas afastavam o homem de sua plenitude, do desenvolvimento de seus sentimentos e da vida em meio a uma natureza idealizada, ameaçada pelo avanço da industrialização.





9. (Feevale 2012) A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra a partir de meados do século XVIII, pode ser compreendida como uma revolução sem precedentes, que resultou em transformações de ordem econômica e social.
Sobre essa Revolução, são feitas algumas afirmações.
I. Implicou em um processo de mecanização do campo, alterando costumes e paisagens.
II. Implicou em mudanças de grande amplitude, como a nova organização das relações trabalhistas.
III. Implicou em uma nova concepção de tempo, vinculada à produção e ao trabalho nas fábricas.

Marque a alternativa correta. 
a) Apenas a afirmação I está correta. 
b) Apenas a afirmação II está correta. 
c) Apenas a afirmação III está correta. 
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas. 
e) Todas as afirmações estão corretas. 


Resposta da questão 9:  [E]  
Comentário da questão:
Todas corretas; no entanto, vale ressaltar que as transformações no campo são consequências da Revolução Industrial em médio prazo, pois em um primeiro momento, as grandes transformações ocorrem nas cidades. Ao apresentar as mudanças no campo, a questão tende a confundir o estudante. A partir da Revolução, consolidou-se o trabalho assalariado e as relações capitalistas de produção e o trabalhador perdeu completamente o controle sobre o tempo, determinante para a ampliação da produção. 






10. (Pucrj 2012) Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens publicou o romance “Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros parágrafos desse texto de Dickens:
“Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade de Inglaterra, cujo nome tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um existe comum à maior parte 
das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade.
Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma importância tem, nasceu o pequeno mortal que dá nome a este livro.
Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser o modelo de biografia mais curioso e exato que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.”
(Charles Dickens, Oliver Twist, Tradução de Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª. ed., São Paulo, Hedra, 2002.)

Considerando a passagem acima, assinale a alternativa que indica corretamente as características do período a que Dickens se refere. 
a) Crescimento urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material da revolução industrial. 
b) Revolução comercial, reforma protestante e surgimento de uma nova ética de trabalho. 
c) Crise econômica do feudalismo e ascensão das ideias científicas do liberalismo. 
d) Espírito regenerador dos valores cristãos praticados pela Contra Reforma na Inglaterra. 
e) Exaltação da classe operária inglesa e suas propensões naturais para o socialismo e a revolução. 

Resposta da questão 10: [A]
Comentário da questão:

(A) Crescimento urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material da revolução industrial.  
B) Incorreta. A Revolução comercial é um processo que antecede o período tratado no texto, além disso o extrato da obra Oliver Twist que foi selecionado não trata de aspectos ligados ao comércio. 
C) Incorreta. A Inglaterra do século XIX não estava passando pela crise econômica do feudalismo. 
D) Incorreta. No século XIX, a Igreja Anglicana não estava passando por uma crise religiosa relacionada a Contra Reforma. 
E) Incorreta. O texto não faz referências ao socialismo ou a movimentos revolucionários. A opção correta é aquela que relaciona crescimento urbano e pobreza com o desenvolvimento material da revolução industrial. Portanto a opção A está correta.

11. (G1 - ifsp 2011)  A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no final do século XVIII e no século XIX  
a) trouxe a substituição da maquinofatura pela manufatura e pelo trabalho artesanal.    
b) provocou profundas transformações sociais, pois os salários masculinos subiram vertiginosamente, levando as mulheres a voltarem ao seu papel tradicional de mãe e esposa.    
c) rapidamente se espalhou pelo restante da Europa, sendo a Alemanha o segundo país a se industrializar.    
d) mudou substancialmente a vida do homem, que não mais era dono de seu tempo, como os mestres artesãos o eram.    
e) provocou mudanças políticas ao trazer a substituição da monarquia absolutista pela monarquia parlamentarista, regime em vigor até hoje.   


resposta da questão 11:[D]



12. (Uftm 2011) Leia o texto.
Em 1801, em todo o continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100 mil habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu número já se  elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, elas já eram 149.
(René Rémond. Introdução à história do nosso tempo – O Século XIX, 1976.)

A situação descrita pode ser explicada pela (o)?
a) pela pressão dos senhores feudais, que substituíram os antigos servos por trabalhadores livres. 
b) pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para erradicar doenças e aumentar a expectativa média de vida. 
c) pelo crescimento da publicidade, que incentivava o deslocamento de populações por todo o continente. 
d) pelo processo de industrialização, que concentrou a produção e a mão de obra nos centros urbanos. 
e) pela política armamentista, que incentivava o serviço militar obrigatório e o crescimento do exército nas áreas urbanas. 


resposta da questão 12:[D]


13. (Etec sp 2010) “Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. Deste esgoto imundo jorra ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e sua maior brutalidade, aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado torna-se quase um selvagem.” 
(HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1979.)

Esta observação, feita por Alexis de Tocqueville em 1835, descreve a cidade de Manchester (Inglaterra) durante a Revolução Industrial. 

A leitura do texto permite afirmar que o autor:
a) tinha um ponto de vista teocêntrico, pois a ação humana era compreendida como um verdadeiro milagre. 
b) exaltava o processo de industrialização, que tornaria ainda melhores os seres humanos e a natureza ao seu redor. 
c) fazia uma defesa da política mercantilista, que tinha como prioridades o metalismo e as inovações tecnológicas. 
d) constatava que a industrialização poderia trazer, como consequência, a degradação socioambiental. 
e) defendia que a vida selvagem era melhor que a vida desenvolvida nas cidades industrializadas. 


resposta da questão 13:[D]


14. (VUNESP 2003) Tempos difíceis é um romance do escritor inglês Charles Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno de uma fábrica de tecidos de algodão: Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro.

a) Qual a importância do carvão e do ferro na 1ª Revolução Industrial?

b) Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir do texto apresentado.


resposta da questão 14:

a) O carvão foi uma importante fonte de energia primária, além de ter sido matéria-prima indispensável na metalurgia do ferro nos primórdios da Revolução Industrial. O ferro, por sua vez, foi um dos mais importantes insumos industriais da primeira Revolução Industrial, pois era utilizado na construção de máquinas e bens de consumo duráveis.

b) As condições de trabalho nas fábricas eram precárias. Podemos destacar, entre outras: longas jornadas, baixos salários, muitos acidentes de trabalho, poucas condições de segurança, utilização generalizada do trabalho infantil e feminino em operações de risco, insegurança quanto à estabilidade do emprego, repressão a qualquer possibilidade de discussão sobre as péssimas condições de trabalho. Dentre essas, são explicitamente mencionadas no texto a insalubridade das fábricas e as longas jornadas de trabalho.

15. (Fuvest) "O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da classe operária". "Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser considerados como os anos da contra-revolução". [Durante esse período] "o povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão política." Essas frases, extraídas de A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA INGLESA do historiador E. P. Thompson, relacionam-se ao quadro histórico decisivo na formação do mundo contemporâneo, no qual se situam 

a) a revolução comercial e a reforma protestante. 
b) o feudalismo e o liberalismo. 
c) a revolução industrial e a revolução francesa. 
d) o capitalismo e a contra-reforma. 
e) o socialismo e a revolução russa.   

resposta da questão 15:[C]


16. (Fuvest) Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela: 

a) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção, como também para realizar a dominação capitalista, na medida que as máquinas submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a uma determinada hierarquia. 
b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta, feito pelos industriais que participaram da Revolução Industrial. 
c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades. d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os operários a desenvolver novas tecnologias. 
e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas gerações de inventores, tendo sido adotada pelos industriais que estavam interessados em aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros.   


resposta da questão 16:[A]



17. (Fuvest) Ao descrever o crescimento urbano que acompanhou a Revolução Industrial na Europa, Munford observou que "os principais elementos do novo complexo urbano foram a fábrica, a estrada de ferro e o cortiço. Em si mesmos, eles constituíam a cidade industrial." Explique a relação existente entre esses três elementos que, de um modo geral, caracterizaram o processo de desenvolvimento das cidades industriais.



resposta da questão 17:
Com a Revolução Industrial os principais elementos do novo complexo urbano foram a fábrica, a estrada de ferro e o cortiço. Tais aglomerações urbanas podiam expandir-se, e de fato expandiam-se cem vezes, sem adquirir mais que vestígios das instituições que caracterizam uma cidade. A fábrica passou a ser o núcleo do novo organismo urbano. Todos os demais detalhes da vida ficaram subordinados a ela. Os lugares destinados à moradia eram, muitas vezes, situados dentro dos espaços que sobravam entre fábricas, galpões e pátios ferroviários. As casas costumavam ser construídas bem junto das usinas siderúrgicas, fábricas de tintas, gasômetros ou cortes ferroviários. Era muito freqüente serem construídas em terras cheias de cinzas, vidros quebrados e restos, onde nem mesmo a grama podia deitar raízes; podiam estar ao pé de uma pirâmide de detritos ou junto de uma enorme pilha permanente de carvão e escória; dia após dia, o mau cheiro dos dejetos, o negro vômito das chaminés e o ruído das máquinas martelantes ou rechinantes, acompanhavam a rotina doméstica. Nascia ali o cortiço. Assim, a ferrovia levava ao coração da cidade não apenas o ruído e a imundície, mas o que se produzia nas fábricas. O desperdício de espaço pelos pátios ferroviários no coração da cidade somente aumentava sua mais rápida expansão fora dela. Já quanto à própria habitação, as alternativas eram simples. Nas cidades industriais que cresceram com base em fundações antigas, os trabalhadores foram inicialmente acomodados pela transformação das velhas casas familiares em alojamentos de aluguel. Nessas casas reconstruídas, cada quarto passava agora a abrigar toda uma família: o sistema de um quarto para cada família vigorou por muito tempo. O amontoamento de camas, com três até oito pessoas de diferentes idades a dormir no mesmo catre, agravava muitas vezes o congestionamento dos quartos, nesses chiqueiros humanos. Assim, as fábricas da Revolução Industrial chegaram trazendo consigo uma relação estreita com a estrada de ferro que transportavam os produtos, e os cortiços sem qualquer estrutura para abrigar um ser humano.


18. (Unitau) O capitalismo, com base na transformação técnica, atinge seu processo específico de produção, caracterizado pela produção em larga escala, onde há uma radical separação entre o trabalho e o capital. Esta afirmativa está tratando: 

a) da separação entre capitalismo e socialismo. 
b) da Revolução Industrial. 
c) do advento do Mercantilismo. 
d) da Revolução comunista na Rússia. 
e) do plano Marshall após a Segunda Guerra Mundial.   

resposta da questão 18:[B]


19. (Fuvest) Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a consequências da Revolução Industrial: 

a) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo urbano. 
b) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante. 
c) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e manufaturas. 
d) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas "trade unions", que promoveram a conciliação entre patrões e empregados. 
e) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas.   

resposta da questão 19:[B]


20. (Unicamp) A Revolução Industrial ganhou projeção a partir do século XIX expressando a evolução tecnológica, a disponibilidade de capitais e mão-de-obra, além dos ideais de uma nova classe social. 
Comente os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores. Qual o primeiro setor industrializado na Inglaterra?   


resposta da questão 20:

Os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores eram as horas excessivas e as péssimas condições de trabalho, falta de assistência médica e etc. O primeiro setor industrializado na Inglaterra foi a Indústria têxtil.


21. (Puccamp) Dentre as conseqüências sociais forjadas pela Revolução Industrial pode-se mencionar: 

a) o desenvolvimento de uma camada social de trabalhadores, que destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de trabalho. 
b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado, proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico. 
c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de produção. 
d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser também, uma instituição geradora de empregos. 
e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.   


resposta da questão 21:[A]


22. (Cesgranrio) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a): 

a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional. 
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados. 
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas. 
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa. 
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista.   


resposta da questão 22:[B]


23. (Unirio) Na segunda etapa da Revolução Industrial, iniciada por volta de 1860, caracterizou-se um(a): 

a) fortalecimento das corporações de mercadores. 
b) aumento da utilização da mão-de-obra servil. 
c) supremacia do capitalismo financeiro. 
d) intensificação das trocas comerciais através das feiras. 
e) predominância do sistema familiar de produção.   


resposta da questão 23:[C]

24. (Faap) "A crise do antigo sistema colonial ocorrida na segunda metade do século XVIII foi provocada por fatores endógenos, particularmente às contradições do próprio sistema. Afinal, embora o objetivo da colonização fosse a exploração econômica da colônia em benefício da metrópole, era impossível explorar sem desenvolver." O texto trata da desintegração do antigo colonialismo que se operou numa conjuntura de crises mais global, marcada por várias revoluções, como: 

a) a revolução russa 
b) a revolução industrial 
c) a revolução praieira 
d) a guerra de secessão 
e) a revolução puritana   

resposta da questão 24:[B]




25. (UFPE) Simultaneamente ao processo de acumulação de capitais, provenientes do comércio de escravos, pirataria e da descoberta das minas na América, a Inglaterra reaplicou seus lucros entrando numa era de grandes transformações que se denominou de Revolução Industrial. O(s) fator(es) que levou(aram) às grandes mudanças foi(foram): 

( ) A pequena propriedade inglesa, na época dos cercamentos, transformou-se em latifúndio, que empregava mão-de-obra assalariada e produzia grandes quantidades de alimentos; 
( ) Do aumento de produção agrícola destacaram-se alimentos destinados ao mercado externo e o algodão que atendia às colônias americanas; 
( ) o uso das máquinas atraiu às cidades um grande número de camponeses que, transformados em operários urbanos, vão participar de uma era de bonança e melhoria de vida material; 
( ) a revolução industrial possibilitou a explosão dos centros urbanos, a concentração do capital, não modificando, entretanto, a precariedade das condições de moradia a alimentação do operário urbano; 
( ) a revolução industrial modifica o cenário das classes sociais: a aristocracia que estava no topo da pirâmide, cede o seu lugar à burguesia industrial que agora ocupa o seu espaço.   


resposta da questão 25:V F F V V


26. "Por volta de 1850, a Grã-Bretanha era a primeira entre as nações industrializadas, tendo evoluído de uma economia de base agrária para uma predominantemente industrial. Durante a Segunda Revolução Industrial (a partir de 1870), continuou em posição de destaque, mas a Alemanha (...) passou a determinar o ritmo da corrida pela supremacia industrial." 
(Atlas Histórico, FOLHA DE S. PAULO.) 

Para que a Grã-Bretanha e a Alemanha ocupassem as posições descritas pelo texto anterior, concorreram fenômenos tais como: a) a prática do chamado comércio triangular, envolvendo colônias na América, na Índia e na África, no primeiro caso; e o sucesso dos seguidos planos quinquenais de desenvolvimento industrial, praticados pelo Estado desde 1810, no outro caso. 
b) a adoção de uma economia de livre mercado com estímulo à competitividade, no primeiro caso; e a política de cercamento das terras comunais, gerando mão-de-obra para a indústria, no outro caso. 
c) a atração que o mercado financeiro britânico exercia sobre os investimentos mundiais, no primeiro caso; e a moral materialista, fruto da adoção, por parte do Estado, do anglicanismo como religião oficial, no outro caso. 
d) a tardia estruturação de um Estado-nação que possibilitou a concentração de capitais nas mãos de verdadeiros empreendedores, no primeiro caso; e o apoio financeiro e logístico recebido da França, arqui-rival da Inglaterra, no outro caso. 
e) a intensa atividade mercantil desenvolvida nas relações coloniais, no primeiro caso; e a unificação política que consolidou as alianças econômicas já praticadas entre os estados germânicos, no outro caso.   


resposta da questão 26:[E]


27. (PUCSP) "...o produto da atividade humana é separado de seu produtor e açambarcado por uma minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao homem..." A partir do texto pode-se afirmar que a Revolução Industrial 

a) produziu a hegemonia do capitalista na produção social. 
b) tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato. 
c) introduziu métodos manuais de trabalho na produção. 
d) tornou o homem mais importante que a máquina. 
e) valorizou o produtor autônomo.   


resposta da questão 27:[A]


28. (UFMG) Leia os textos. 
"Se alguém for visto falando com outra pessoa, assobiando ou cantando, será multado em 6 pence." 
(Documentos Humanos da Revolução Industrial). 

"O tempo não me pertence por isso amanhã não poderei ir à sua casa, mas se você puder ir à Praça da Bolsa, entre duas e duas e meia, nós nos encontraremos como sombras miseráveis nas bordas do inferno." 
(um marceneiro francês em 1848). 

"Pelo que sei do ofício, acredito que hoje um homem trabalha quatro vezes mais que antes. A oficina onde trabalho se assemelha em tudo a uma prisão - o silêncio é aqui aplicado tal qual numa prisão". 
(marceneiro inglês em 1849). 

A partir desses textos é possível concluir que a Revolução Industrial 

a) impôs uma rígida disciplina ao trabalhador assalariado no espaço da fábrica, não interferindo em seu dia-a-dia. 
b) introduziu a divisão do trabalho, buscando maior eficiência e permitindo que o trabalhador dominasse o conhecimento das etapas de produção. 
c) permitiu a organização do trabalho fabril, buscando uma maior comunicação entre os operários, cujo resultado final foi o aumento da eficiência e da lucratividade. 
d) provocou uma transformação social inserindo o trabalhador em novas formas de trabalho, e não foi uma mera aceleração do ritmo econômico. 
e) simplificou o trabalho ao máximo, reduzindo-o a simples tarefas manuais, o que diminuiu a exploração do trabalhador.   



resposta da questão 28:[D]




29. (UFMG) Todas as alternativas apresentam mudanças que caracterizam a Revolução Industrial na Inglaterra do século XIX, EXCETO: 

a) A aplicação sistemática e generalizada do moderno conhecimento científico ao processo de produção para o mercado. b) A consolidação de novas classes sociais e ocupacionais, determinada pela propriedade de novos fatores de produção. 
c) A especialização da atividade econômica, dirigida para a produção e para o consumo paroquial e familiar. 
d) A expansão e despersonalização da unidade típica de produção, até então baseada principalmente nas corporações de ofício. 
e) O redirecionamento da força de trabalho das atividades relacionadas à produção de bens primários para a de bens manufaturados e serviços.   


resposta da questão 29:[C]


30. (UFPR) A revolução industrial começou na Inglaterra no século XVIII e atingiu o continente europeu no século XIX. Novas fontes de energia, combinadas com novas invenções, resultaram em transformações extraordinárias, fazendo surgir a indústria moderna, alterando as condições de vida, bem como a estrutura da sociedade. Indique algumas das transformações sociais ocorridas em países europeus do século XIX, decorrentes da revolução industrial, em particular aquelas relativas às condições de vida e de trabalho.   


resposta da questão 30:

- Surgimento da burguesia industrial;

- Exploração do proletariado urbano;
- Exploração do trabalho feminino e infantil;
- Surgimento dos movimentos de luta operária;


31. (UNESP) "Por uma série de fatores, a Inglaterra foi o cenário inicial e o grande centro difusor do amplo processo histórico em transformação que se convencionou chamar de Revolução Industrial. Esta, no entanto, gerou problemas sociais que se prolongaram no tempo". 

Analise, objetivamente, o grau de interferência dos setores governamentais no sentido de:  

a) favorecer a livre iniciativa;  
b) amenizar as questões sociais advindas da industrialização.   


resposta da questão 31:
a) Melhora no sistema de circulação de mercadorias; estímulo ao comércio exterior e eliminação de barreiras alfandegárias.  

b) Não existiu uma adoção para melhorar a política social,o que levou ao surgimento do movimento operário, revelando a precariedade das condições de vida dos operários.



32. (G1) A Revolução Industrial Inglesa só foi possível pelo processo histórico de acumulação primitiva criador tanto do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação da mão-de-obra e formação do proletariado ocorreu com: 

a) os cercamentos dos campos e a expulsão dos camponeses das terras comuns. 
b) o intenso cultivo de algodão nos campos ingleses. 
c) o processo de reforma agrária na Inglaterra. 
d) o intenso processo de imigração de trabalhadores de outras nações europeias para as indústrias inglesas. 
e) a produção agrícola organizada em técnicas feudais.   


resposta da questão 32:[A]


33. (FUVEST) As agitações políticas e sociais que marcaram o período 1820–1848, no Ocidente, guiaram-se por concepções decorrentes tanto da Revolução Francesa de 1789, quanto da Revolução Industrial inglesa (em curso desde a década de 1780).
a) Descreva uma dessas concepções.
b) Relacione-as com um movimento social e/ou político do período (1820–1848).


resposta da questão 33:

a) Dentre as concepções possíveis, pode-se destacar:
• a ideia de livre-comércio, expressa pelo liberalismo econômico no contexto da Revolução Industrial, além da noção de livre-iniciativa, que contrapunha-se ao Antigo Regime no sentido de se abolir a legislação mercantilista que privilegiava organizações monopolistas, como por exemplo as corporações de ofício;
• a ideia republicana, que havia vigorado na França (1792-1804);
• a ideia de igualdade social, afirmada pela Convenção Jacobina;
• a concepção de igualdade jurídica, minando o fundamento do Antigo Regime: a desigualdade de sangue;
• a ideia de soberania nacional;
• a ideia liberal, que se contrapõe ao absolutismo, criando limites ao poder real, particularmente por meio da elaboração de constituições, como a própria Constituição francesa, que estabelecia a tripartição do poder, conforme postulava Montesquieu.

b) Dentre as relações possíveis, podemos destacar:
• as independências das ex-colônias (de Portugal e Espanha), que se relacionam à crise do Antigo Sistema Colonial e, consequentemente, à abertura dos mercados para os produtos ingleses (ideia de livre-comércio);
• a adoção de regimes políticos republicanos nas mesmas (exceto no Brasil e, por um curto período, no México), o que se relaciona também à ideia de soberania nacional;
• os ideários liberal e nacionalista que se relacionam às revoluções europeias de 1830 e 1848, as quais lutaram contra autoritarismos, como no caso francês, a favor de regimes constitucionais, como nos estados italianos, e a favor de independências nacionais (Bélgica em relação à Holanda; Polônia em relação à Rússia) e iniciadores de movimentos que vieram a resultar posteriormente nas unificações italiana e alemã;




34. (G1) A Revolução Industrial influenciou os rumos das antigas colônias porque: 

a) procurava abrir os mercados e operava contra o tráfico negreiro. b) condenava a escravidão porque não atendia aos princípios humanitários de uma nação moderna. 
c) mantinha os monopólios porque eram a base do liberalismo econômico. 
d) Introduzia o Mercantilismo. 
e) permitia aos britânicos a imposição de pactos coloniais através da concessão de empréstimos.   

resposta da questão 34:[A]


35. (G1) A Revolução Industrial ganhou projeção a partir do século XIX expressando a evolução tecnológica, a disponibilidade de capitais e mão-de-obra, além dos ideais de uma nova classe social.
Comente os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores. Qual o primeiro setor industrializado na Inglaterra?


resposta da questão 35:

Insalubridade, horas excessivas de trabalho, falta de condições de higiene e assistência médica. Indústria têxtil.



36. (UFC) "Todos os dias, o apito pungente da fábrica cortava o ar esfumaçado e pegajoso que envolvia o bairro operário e, 
obedientes ao chamado, seres sombrios, de músculos ainda cansados, deixavam seus casebres acanhados e escuros, feitos 
baratas assustadas". 
(Maximo Gorki. MÃE. Companhia Editora Americana, p.9. apud Aquino, Jacques, Denize e Oscar. HISTÓRIA DAS SOCIEDADES. DAS SOCIEDADES MODERNAS ÀS SOCIEDADES ATUAIS. 26ª edição. Rio de Janeiro. Ao livro Técnico. 1995.)

O texto acima descreve a situação dos operários no início da Revolução Industrial.
Identifique os recursos disciplinares relativos à contagem do tempo e ao desempenho no interior da fábrica, utilizados pelos industriais para disciplinar os seus trabalhadores.


resposta da questão 36:

"Todos os dias o apito pungente da fábrica... casebres acanhados... feitos baratas... "
Jornada extensa, controle de produção, maus tratos, regulação das horas de comer e de necessidades, exploração infantil e 
de mulheres com menores salários.


37. (G1) "Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual, encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas - trevolver as terras com as mãos - as artesanais ou manufatureira, ou mesmo as comerciais (...). Curioso lembrar como os médicos, forrados de humanismo, não tinham respeito pelos cirurgiões, pois exerciam labor mecânico. Até 1743 - repare-se a data - eram vistos como espécie de barbeiros." 

(Francisco Iglésias, A REVOLUCÃO INDUSTRIAL. São Paulo, Brasiliense, 1981, p. 40-41)



resposta da questão 37:

As mudanças de mentalidades com os preconceitos difíceis de se remover; apesar das mudanças o menosprezo às atividades agrícolas, manuais ou comerciais.



38. (G1) Já se observou uma vez que todo aluno mediano em História sabe que houve uma Revolução Industrial, e que todo  aluno estudioso sabe que não houve. Justifique a tese de que ocorreu uma EVOLUÇÃO e não uma REVOLUÇÃO industrial.



resposta da questão 38:

A atividade produtiva sempre existiu na sociedade humana. O que ocorreu foi um conjunto de transformações tecnológicas, econômicas e políticas que refletiu no modo de produção e na sociedade.


39. (FGV) Entre as principais conseqüências da Revolução Industrial, na Inglaterra, NÃO estão o: 

a) aumento da urbanização e o despovoamento dos campos; 
b) assalariamento e o aumento da produção; 
c) surgimento de novas corporações de ofício e manufatura e o declínio da produção; 
d) uso de máquinas e a divisão técnica do trabalho; 
e) surgimento de novas ideologias e o assalariamento.   


resposta da questão 39:[C]



40. (Unesp 2013) Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.   
(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)   

O texto afirma que a Revolução Industrial  
(A) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.  
(B) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.  
(C) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção.  
(D) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.  
(E) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.      

resposta da questão 40:[C]

Comentário da questão:

A questão remete mais uma vez à Revolução Industrial, exigindo que o candidato leia atentamente o excerto e interprete a noção de violência  que o autor engendra ao processo capitalista de produção. Bem como a noção de trabalho degradante durante o período da “formação da classe operária”. As informações dão conta de que as jornadas de trabalho durante o período podiam ser de 14 a 16 horas, as fábricas podiam incluir até mesmo crianças como mão-de-obra e o trabalho era realizado em locais insalubres, sem existir nenhuma regulação ou fiscalização por parte das autoridades. O que leva o autor do trecho a concluir que o processo, na verdade, foi realizado unicamente sob a “ideologia dos patrões”.




 41. (VUNESP) Tempos Difíceis é um romance do escritor inglês Charles Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno de uma fábrica de tecidos de algodão. 
“Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e o nevoeiro.” 

a. Qual a importância do carvão e do ferro na 1ª Revolução Industrial? 

b. Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir do texto apresentado. 




resposta da questão 41:

a) O carvão foi uma importante fonte de energia primária, além de ter sido matéria-prima indispensável na metalurgia do ferro nos primórdios da Revolução Industrial. O ferro, por sua vez, foi um dos mais  importantes insumos industriais da primeira Revolução Industrial, pois era utilizado na construção de máquinas e bens de consumo duráveis. 

b) As condições de trabalho nas fábricas eram precárias. Podemos destacar, entre outras: longas jornadas,baixos salários, muitos acidentes de trabalho, poucas condições de segurança, utilização generalizada do trabalho infantil e feminino em operações de risco, insegurança quanto à estabilidade do emprego, repressão a qualquer possibilidade de discussão sobre as péssimas condições de trabalho. Dentre essas, são explicitamente mencionadas no texto a insalubridade das fábricas e as longas jornadas de trabalho. 



42. (G1) “Não queremos destruir vossa fortuna, mas se não arranjardes maneira de nos dardes trabalho, não poderemos deixar de atentar contra vós e contra as máquinas. (...) Se ao fim de oito dias não retirardes as lãs das máquinas para dar trabalho às quinhentas pessoas que vos batem à porta e para as quais nem sequer vos dignais a olhar, não vos espanteis se virdes um levantamento cair sobre vós e sobre as máquinas, de tal modo sofremos, pobres operários, por nós e pelos nossos filhos.” 
(Anúncio anônimo fixado nas ruas de Clermont, França, em 1818.) 

A manifestação descrita no excerto anterior está relacionada: 
a. Ao movimento ludista. 
b. À organização dos partidos socialistas. 
c. À constituição dos partidos comunistas. 
d. Ao movimento anarquista. 
e. Às origens dos partidos liberais.


resposta da questão 42:[A]








Texto para a questão 43: 
Os Enclosures e a Mão-de-obra para o Setor Agrícola 
A questão do recrutamento de mão-de-obra para as fábricas tem sido objeto de muito debate. Os fatos são razoavelmente claros. Por volta de 1830 havia centenas de milhares de homens, mulheres e crianças empregados no sistema fabril. Entraram nas fábricas a despeito de seu medo do desconhecido, com uma aversão à supervisão e disciplina, e um ressentimento em relação à persistente exigência da máquina. As regras das primeiras fábricas são nossa melhor indicação sobre a importância destas questões: as multas mais pesadas estavam reservadas para faltas, atrasos e distração no trabalho. 
A interpretação destes fatos é outra coisa. Por longo tempo, o mais aceito ponto de vista foi o proposto por Marx e repetido e adornado por gerações de historiadores socialistas e mesmo não socialistas. Esta posição explica a realização de tão enorme mudança social – a criação de um proletariado industrial em face de sua tenaz resistência – postulando um ato de expropriação forçada: os enclosures arrancaram o camponês e o pequeno camponês e o jogaram nas fábricas. 
Recentes pesquisas empíricas invalidaram esta hipótese; os dados indicam que a revolução agrícola associada com os enclosures aumentou a procura pelo trabalho rural, e que, mais ainda, aquelas áreas rurais onde ocorreu um número maior de enclosures tiveram um crescimento na população residente. De 1750 a 1830, os condados agrícolas britânicos tiveram sua população dobrada. Todavia, se a evidência objetiva deste tipo é suficiente para acabar com o que se tornou algo como um artigo de fé, eu tenho minhas dúvidas. 
(David S. Landes, The Unbound Prometheus, New York, 1980.) 


43. Responda as perguntas de acordo com as informações contidas no texto. 
a. Qual é a explicação tradicional sobre o significado dos enclosures na história da Revolução Industrial? 

b. O que recentes pesquisas empíricas revelaram? 


resposta de questão 43:
a) Devido aos cercamento, os camponeses sofreram um ato de expropriação das terras. Os enclosures arrancaram o camponês e o pequenos camponês e os jogaram nas fábricas. 

b) Que não houve êxodo rural, e que com os enclosures cresceu a população no campo. 


44. (ENEM – 2010) 
Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria? 
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? 
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo essesparasitas ingratos que exploram vosso suor – ah, que bebem o vosso sangue? 
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792 – 1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada: 
a. Na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões. 
b. No salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias. 
c. Na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado. 
d. No trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade. 
e. Na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.


Resposta da questão 44:[E]

Comentário da questão:
 Analisando o trecho do enunciado da questão, podemos observar uma das principais características da Revolução Industrial, ou seja, a contradição entre a riqueza produzida pelo desenvolvimento industrial e a pobreza gerada pela exploração do trabalho. Dessa forma, a separação entre capital e trabalho daria origem a uma classe operária geradora das riquezas, que seriam apropriadas pelos donos dos meios de produção.





45. (UNICAMP) 
“De pé ficaremos todos 
E com firmeza juramos 
Quebrar tesouras e válvulas 
E pôr fogo às fábricas daninhas.” 
(Canção dos quebradores de máquinas do século XIX, citada por Leo Huberman, História da riqueza do homem, 1979.) 

a. A partir do texto, caracterize o tipo de ação dos quebradores de máquinas. 

b. Explique os motivos desse movimento. 


resposta da questão 45:
a) Os quebradores de máquinas, no início do século XIX, na Inglaterra, eram conhecidos como ludistas. 
Tratava-se de um movimento relativamente organizado, no qual atacavam fábricas com a finalidade de quebrar máquinas. 

b) O contexto histórico da sua atuação é a Revolução Industrial. Os integrantes desse movimento acreditavam que quanto mais máquinas existissem, menos empregos teriam, daí sua ação articulada “de pé juramos...pôr fogo às fábricas daninhas” ter por finalidade quebrar as máquinas que roubariam seus empregos.


46. (ENEM – 2010) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à 
completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. 
THOMPSON, E. P. The Making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979. (adaptado). 

Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque: 
a. A invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. 
b. Os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. 
c. Os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados. 
d. Os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. 
e. Os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas. 



Resposta da questão 46:[D]
Comentário da questão:


A concentração de trabalhadores nas fábricas, operando máquinas, resultou no progressivo abandono da produção artesanal, passando o tecelão a não mais dispor de tempo e condições práticas para se dedicar a outra atividade além do trabalho assalariado.
Comentário: A alternativa A se refere ao surgimento de novas relações sociais, o que de fato foi consequência da Revolução Industrial. Porém a pergunta menciona mudanças na forma de trabalho provocadas pela Revolução Industrial. Além disso, a alternativa incorre em imprecisão ao citar somente “tear”, não especificando se se trata de “tear manual” ou “máquina de tear”, ambos citados no texto. 



47. ENEM 2001   “... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; ...” 
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985.   Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 1997. 

A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações: 
I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários. 
II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal. 
III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo o processo por parte do operário. 
Dentre essas afirmações, apenas 
(A) I está correta. 
(B) II está correta. 
(C) III está correta. 
(D) I e II estão corretas. 
(E) I e III estão corretas.


Resposta da questão 47:[E]
Comentário questão:
 A questão refere-se ao processo de industrialização iniciado durante o século XVIII, conhecido como Revolução Industrial. Tanto o texto quanto a charge destacaram a divisão do trabalho e a importância da linha de montagem para o aumento da produção industrial. Na linha de montagem, o operário não precisava necessariamente conhecer todo o processo produtivo, somente a atividade que lhe cabia. Cada operário era responsável por uma atividade específica dentro da linha de produção. Isso trouxe como consequência a redução do tempo de trabalho e o aumento da produtividade. Não se esqueçam de que, para o capitalismo, tempo é dinheiro...  Tendo em vista essas informações, a única alternativa correta é a letra E.  

48. (ENEM) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A
partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
A) a erradicação da fome no mundo.
B) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
C) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
D) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
E) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.

Resposta da questão 48:[C]
Comentários da questão:
A Revolução Industrial trouxe grandes incrementos, tanto na tecnologia das máquinas a vapor como no processo geral de produção. Isso estimulou o aumento gradativo da utilização de matérias-primas minerais e recursos energéticos, destacadamente carvão mineral. 


49. (UNICAMP) As fábricas do século XVIII substituíram as antigas oficinas artesanais. Explique o que eram essas oficinas e as diferenças entre elas e o sistema fabril. 

resposta da questão 49:
Explicação do que eram as oficinas artesanais: 
Nas oficinas artesanais, o artesão é o produtor independente. Dispões de seu trabalho, é proprietário dos instrumentos de produção e produz para seu sustento e para o mercado local. A divisão do trabalho praticamente inexiste. O artesanato produz a peça toda, o que requer disposição, destreza no uso de ferramentas e habilidade em transformar matéria-prima em um manufaturado. Cada peça é única, a quantidade produzida é pequena. 
Diferenças entre oficinas artesanais e o sistema de fábrica: 
A Revolução Industrial destruiu o sistema artesanal de produção e introduziu o sistema fabril. Neste sistema é fundamental a máquina. Possui uma fonte uniforme de energia que a põe em movimento, prescinde da disposição do homem para ser operada. A máquina passa a homogeneizar o trabalho humano. O homem deve subordinar-se ao ritmo da máquina. Padroniza-se a produção que aumenta exponencialmente. A divisão social do trabalho e a máquina possibilitam atender às necessidades crescentes da procura. O essencial da Revolução Industrial é a passagem da utilização da ferramenta para a máquina no processo de produção. 

50. (Ufal 2007) Considere a gravura.   

Fundição de cobre em Swansea, Gales, século XIX    

A partir da segunda metade do século XVIII, as chaminés expelindo rolos de fumaça, como as da gravura, passaram a fazer parte da paisagem de algumas regiões inglesas, alterando o equilíbrio natural. Essas chaminés eram, na verdade, apenas parte mais visível da fábrica que alterou completamente a sociedade humana. Dentre as alterações econômicas e sociais advindas do fenômeno apresentado na gravura, pode-se destacar  
a) o processo de desconcentração urbana, haja vista a decisão da burguesia de construir as unidades fabris longe dos centros urbanos.  b) a melhoria do padrão de vida do trabalhador fabril, já que a máquina o libertou das condições degradantes do trabalho rural.  
c) a preocupação do poder público com a questão ambiental, impondo rapidamente uma legislação que eliminou os efeitos da poluição ambiental.  
d) a redução do lucro dos capitalistas ingleses porque eram obrigados a pagar elevadas indenizações aos operários que adoeciam nas fábricas.  
e) o crescimento populacional próximo às fábricas, dando origem a graves problemas de urbanização, como a proliferação de cortiços.


resposta da questão 50:[E]
Comentário da questão:

As cidades, polos de atração para os camponeses que migravam em busca de trabalho, cresceram de maneira desordenada. Além das péssimas condições de trabalho e baixíssimos salários, os trabalhadores ainda sofrem com a falta de moradia e os aluguéis exorbitantes, proliferando os cortiços.



51. (ENEM) A revolução industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.


Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com
a) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão de obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias.


resposta da questão 51:[C]

Habilidade: Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.  
Comentário da questão:
 As mudanças advindas com a Revolução Industrial fez surgir o operário, trabalhador das fábricas que, tendo que enfrentar condições miseráveis de trabalho, passou a exigir melhores condições de trabalho, através de mobilizações e greve. Surgia assim, consequência da Revolução Industrial, o movimento operário.


52. (Fuvest) Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois
pólos dinâmicos; um de dimensão cultural, representado pela França, e outro de dimensão econômica, representado pela Inglaterra.
Descreva aspectosreferentes ao
a) primeiro pólo.
b)segundo pólo.


Resposta da questão 52:
a) França: principal centro da ideologia iluminista  (ou da Ilustração), baseada no racionalismo, no liberalismo, no naturalismo e na crítica às estruturas do Antigo Regime.
b) Inglaterra: Revolução Industrial, iniciada no setor têxtil de algodão, caracterizada tanto pela maquinofatura como pelo emprego de mão-de-obra assalariada não-qualificada, que daria origem ao moderno proletariado.


53. (VUNESP) (...) Para [certos autores] (...), a reunião dos trabalhadores na fábrica não se deveu a nenhum avanço das técnicas de produção. Pelo contrário, o que estava em jogo era justamente um alargamento do controle e do poder do capitalista sobre o conjunto de trabalhadores que ainda detinham os conhecimentos técnicos e impunham uma dinâmica do processo produtivo. (...)
 (Edgar Salvadori de Decca, O nascimento das fábricas. Adaptado.)


Os argumentos apresentados no texto permitem concluir que
o espaço da fábrica relaciona-se com
(A) a diminuição da produtividade nas indústrias têxteis e metalúrgicas.
(B) o domínio dos trabalhadores sindicalizados sobre a produção industrial.
(C) os mecanismos de controle sobre os saberes e o tempo do trabalhador.
(D) a ampliação da criatividade dos trabalhadores com o uso das máquinas.
(E) a ausência de avanços técnicos que melhorassem a segurança no trabalho.

resposta da questão 53:[C]
Comentário da questão:
Segundo o texto haveria uma intencionalidade por parte dos detentores do capital em ampliar seu controle sobre o operariado.



54. (Enem 2ª aplicação 2010)  O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.    
 HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.     

No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que  

a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.  
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.  
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.  
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.  
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.


resposta da questão 54:[B]
Comentário da questão: 

O gabarito é a letra B, pois vincula o crescimento do movimento operário e de ideologias alternativas ao capitalismo a um contexto marcado pelo crescimento da produtividade industrial e da desigualdade social, cenário típico de meados do século XIX.


55. (ENEM) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
A) a erradicação da fome no mundo.
B) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
C) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
D) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
E) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.


resposta da questão 55:[C]
Comentário da questão:
A Revolução Industrial trouxe grandes incrementos, tanto na tecnologia das máquinas a vapor como no processo geral de produção. Isso estimulou o aumento gradativo da utilização de matérias-primas minerais e recursos energéticos, destacadamente carvão mineral.


55. (ENEM 2012) 
Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011 (adaptado). (Foto: Enem)

Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011 (adaptado). (Foto: Enem)


Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na(o)

a) autonomia do produtor direto. 
b) adoção da divisão sexual do trabalho.
c) exploração do trabalho repetitivo.
d) utilização de empregados qualificados.
e) incentivo à criatividade dos funcionários.



resposta da questão 55:[C]
Comentário da questão:
Na passagem do século XIX para o XX, diversas mudanças aconteceram no processo industrial. A imagem mostra o modelo taylorista/fordista, caracterizado pelo aprofundamento da divisão do trabalho e por consequência a alienação do trabalhador, priorizando o trabalho repetitivo e especializado com o uso da esteira no processo fabril. Essas transformações acarretaram também na alta produtividade do setor industrial e aumento do lucro das empresas pela mais valia, ou seja, pela diferença entre o valor produzido pelos operários e o valor vendido no mercado.

56. (FUVEST) “O pano ou tecido deste Reino... interessa tanto ao soberano quanto ao súdito, ao nobre e ao plebeu, até mesmo a toda profissão, condição e espécie de homem desta nação”. 
 (Thomas Middleton, 1622) 


a) Por que a produção têxtil inglesa interessava ao rei, à nobreza e aos plebeus? 
b) Qual a importância da produção têxtil para a futura Revolução Industrial inglesa? 


resposta da questão 55 : 
a) As indústrias têxteis da Inglaterra eram responsáveis, durante o século XVII, pelo atendimento das necessidades de tecidos da própria Inglaterra e de outros países, como Portugal e Espanha. Assim, sustentava o mercado consumidor externo e interno, garantindo uma balança comercial do país favorável. A importância da indústria têxtil estava, portanto, no fato de ela gerar empregos aos plebeus e garantir a riqueza dos nobres e do rei. 

b) O fortalecimento das indústrias têxteis inglesas desencadeou uma valorização social de terras para a criação de carneiros e ovelhas. Esse processo, conhecido como “cercamento dos campos” ou enclosures, marcou o início da exploração capitalista do campo. Os servos, expulsos dessas terras, e os imigrantes de outras regiões da Grã-Bretanha, eram obrigados a procurar empregos nas cidades, servindo como mão-de-obra barata para as indústrias que começavam a surgir. As mudanças no campo foram acompanhadas pelo desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de lã, iniciando, no século XVIII, a Primeira Revolução Industrial. 


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