sábado, 15 de fevereiro de 2014

A Política no Segundo Reinado

Os caminhos da política imperial: o Segundo Reinado

A política no Segundo Reinado


More PowerPoint presentations from Edenilson
Lista nº 2 - Segundo Ano (2014)
Foto: Paulinha.....olha sua foto no simulaenem....
Teste seus conhecimentos sobre a política do Segundo Reinado


1. (FUVEST) Explique o Golpe de Maioridade em 1840.

resposta: 
Antecipação da maioridade legal de D. Pedro de Alcântara, foi um golpe articulado pelos liberais em 1840. Como justificativa, eles declararam que a ascensão de D. Pedro II ao poder traria a pacificação das rebeliões provinciais.


2. (MACKENZIE) O Golpe da Maioridade que colocou Pedro II no trono em 1840 representou:
a) a vitória dos liberais que retornaram ao governo, convidados para formar o primeiro ministério do Segundo Reinado.
b) a ascensão dos conservadores afastados do poder desde o Avanço Liberal.
c) o enfraquecimento do regime monárquico e o crescimento do republicanismo.
d) o declínio da aristocracia rural já que o novo governo não apoiava a manutenção de seus privilégios.
e) o fortalecimento da democracia, fato comprovado na primeira eleição do Segundo Reinado, a "eleição do cacete".


resposta:[A]

3. (Unesp) Leia os versos e responda.
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.

Quem põe governança
Na mão de criança
Põe geringonça
No papo de onça.
(Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, "As barbas do imperador")

a) A qual episódio da história brasileira os versos fazem referência?
b) Indique duas características do sistema político vigente no Segundo Império.

resposta:
a) O Golpe da Maioridade.
b) Alternância no poder dos Partidos Liberal e Conservador – ambos ligados à elite dominante; a partir de 1847, vigência do “parlamentarismo às avessas”, caracterizado pelo predomínio do Poder Moderador.
Obs. – É preferível falar-se em Segundo Reinado para o período de 1840-1889, e não  Segundo Império, pois o Império Brasileiro foi um só, de 1822 a 1889.

4. (Fuvest)
Canção 1
Suba ao trono o jovem
Pedro Exulte toda a Nação;
Os heróis, os pais da Pátria
Aprovaram com união.

Canção 2
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.

Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.

Compare as quadrinhas populares e responda:
a) Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito anos, como previa a Constituição?
b) Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas canções populares?


resposta:
a) D. Pedro II, que deveria assumir o trono aos 18 anos, o fez com 14, através do Golpe da Maioridade, em 1840.
Esse golpe foi articulado no Parlamento a partir de um projeto apresentado pelos liberais.
b) As duas canções representam duas maneiras diferentes de avaliar o Golpe da Maioridade. A primeira defende D. Pedro II como aquele capaz de unir o país, fato importante, tendo em vista as inúmeras revoltas regionais que aconteciam na época. Já a segunda, pensa no golpe apenas como um arranjo político entre liberais, que articularam o golpe, e conservadores, que permaneceram no poder, junto a D. Pedro II, por mais alguns anos.

5. (Pucmg) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império."

Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.

O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das idéias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.


resposta:[B]

6. (UFRS) Considere o texto a seguir. "Nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição..."
(Oliveira Viana)

O texto se refere
a) à política positivista durante a 1 República no RS, que se orientava pela doutrina de Augusto Comte e tinha como um de seus lemas: "conservar melhorando".
b) ao conflito político entre o partido português, que queria conservar o Brasil nas mãos de Portugal, e o partido brasileiro, que queria libertar o Brasil da dominação colonial, no início do século XIX.
c) à política parlamentar no Império Brasileiro, que fazia aparentemente distinção entre políticos liberais e conservadores.
d) à ideologia liberal inglesa, vinda para o Brasil no século XIX, que entrou em conflito com a liberal norte-americana, divulgada desde a Conjuração Mineira.
e) aos conservadores e liberais, no período regencial, que se distinguiam ideologicamente por programas políticos opostos.


resposta:[C]




7. (Unirio)


(Bandeira do Brasil Imperial, século XIX, Rio de Janeiro, Museu Histórico Nacional, apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe de (org.). HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL volume 2. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.)
A bandeira imperial, mostrada anteriormente, bem representa a arquitetura política que se constrói em torno da Coroa e que se consolida no Segundo Reinado. Os ramos de café e tabaco, circundando a Coroa, querem representar as bases de sustentação da mesma, ao passo que ela - Coroa - representa a articulação daqueles interesses que a sustentam. Podemos afirmar que, a partir da Maioridade, a sustentação da Coroa e o seu poder de articulação e representação de interesses foram garantidos por um(a):
a) pacto anticentralismo que, inspirado no modelo parlamentar inglês, reforçava o poder dos presidentes de províncias e das assembléias provinciais.
b) pacto entre liberais e conservadores que, ao limitar o poder da Coroa, abria espaços para uma livre atuação das elites no nível local.
c) pacto das elites em torno da manutenção dos interesses escravistas que a Coroa deveria garantir.
d) articulação dos conservadores com a Coroa, que previa uma completa exclusão dos liberais do cenário político.
e) reforma constitucional que, ao limitar o Poder Moderador, garantia os espaços de atuação de liberais e conservadores.

resposta:[C]

8. (Unicamp 2013) Assinale a afirmação correta sobre a política no Segundo Reinado no Brasil.

a) Tratava-se de um Estado centralizado, política e administrativamente, sem condições de promover a expansão das forças produtivas no país.
b) O imperador se opunha ao sistema eleitoral e exercia os poderes Moderador e Executivo, monopolizando os elementos centrais do sistema político e jurídico.
c) O surgimento do Partido Republicano, em 1870, institucionalizou uma proposta federalista que já existia em momentos anteriores.
d) A política imigratória, o abolicionismo e a separação entre a Igreja e o Estado fortaleceram a monarquia e suas bases sociais, na década de 1870.


resposta:[C]
Resolução comentada:
A maior ou menor centralização não está vinculada diretamente à expansão das forças de produção. De fato, o Imperador controlava a vida política, pois tinha em suas mãos os poderes Executivo e Moderador, mas não é possível dizer que se opunha “ao sistema eleitoral”; as eleições para o legislativo ocorriam normalmente. O movimento abolicionista e a oposição de setores religiosos ao Império enfraqueceram o poder imperial. 
          
9. (PITÁGORAS) Observe a charge a seguir:

 


Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiab/parlamentarismo-as-avessas.htm.Página acessada em maio de 2010.

Na charge, D. Pedro II aparece controlando o “carrossel político” durante o Segundo Reinado. Sobre o modelo de Estado vigente neste período é CORRETO afirmar que:
A) As fraudes eleitorais foram contidas, sendo as eleições disputadas democraticamente entre os principais partidos da época – o liberal e o conservador.
B) Foi adotado o parlamentarismo, sendo que este era completamente “avesso” ao modelo inglês por concentrar grandes poderes nas mãos do imperador.
C) Os partidos políticos – liberal e conservador, possuíam divergências políticas e ideológicas muito fortes, levando-os a uma disputa intensa no período.
D) Caracterizou-se pela descentralização política favorecendo o poder de mando das elites regionais ao restabelecer a Guarda Nacional.



Resposta: [B]


10. (Mackenzie) "A vontade popular, passiva e dominada, adaptava-se à ordem do pensamento do estamento burocrático, cuja cúpula dirigente era o Poder Moderador 
(...) A intervenção do poder pessoal mostrava-se franca e direta, como um golpe de Estado, ou dissimulada e sub-reptícia (...). A hábil alternação dos partidos no governo enfraquecia o azedume das quedas."
Raymundo Faoro

O texto retrata um período histórico e suas características. Assinale-o.
a) Período Joanino e a transferência do Estado Metropolitano para o Brasil.
b) A fase regencial e as lutas políticas internas.
c) A República Velha e sua estrutura oligárquica.
d) O Segundo Reinado e o Parlamentarismo às avessas.
e) O Estado Novo e a Constituição de 1937.


resposta:[D]

11. (UFMG) Considerando-se o II Reinado brasileiro, é CORRETO afirmar que
a) a alternância, no comando do Estado, entre os dois principais partidos do período expressava o poder e a vontade política do Imperador.
b) a dissolução do Conselho de Estado, à época, foi compensada com a criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros.
c) a eliminação do Poder Moderador para a implementação do parlamentarismo "às avessas" estabilizou, então, o regime.
d) o fortalecimento das elites locais nas Províncias permitiu, então, que fossem aprovadas leis de caráter descentralizador.


resposta:[A]

12. (FUVEST) 
Programa da Revolução Praieira:
1. Voto livre e universal do povo brasileiro
2. A plena e absoluta liberdade de comunicar os pensamentos por meio da imprensa
3. O trabalho, como garantia da vida para o cidadão brasileiro
4. O comércio a retalho só para os cidadãos brasileiros
5. A inteira e efetiva independência dos poderes constituídos
6. A extinção do Poder Moderador, e do direito de agraciar
7. O elemento federal na nova organização
8. Completa reforma do Poder Judicial, em ordem a segurar as garantias dos direitos individuais dos cidadãos
9. Extinção da lei do convencional
10. Extinção do atual sistema de recrutamento.

Quais das idéias contidas no programa acima aproximam a Revolução Praieira das revoluções ocorridas na Europa no mesmo período?


resposta:
A defesa dos ideais de liberalismo e nacionalismo expressos no programa da Revolução Praieira.

13. (Puccamp) Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a
a) antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização do poder político.
b) adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização da propriedade privada.
c) restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do parlamentarismo.
d) abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional.
e) extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.


resposta:[E]


14. (FGV) A Lei de Terras, aprovada em 1850, duas semanas após a proibição do tráfico de escravos, "tentou pôr ordem na confusão existente em matéria de propriedade rural, determinando que, no futuro, as terras públicas fossem vendidas e não doadas, como acontecera com as antigas sesmarias, estabeleceu normas para legalizar a posse de terras e procurou forçar o registro das propriedades."
Boris Fausto, "História do Brasil", 1994.

Sobre essa Lei de Terras é correto afirmar que:
a) Sua promulgação coincidiu com a Lei Eusébio de Queiroz, mas não há nenhuma relação de causalidade entre ambas.
b) Ao entrar em vigor, não foi respeitada, podendo ser considerada mais uma "lei para inglês ver".
c) Sua promulgação foi concebida como uma forma de evitar o acesso à propriedade da terra por parte de futuros imigrantes.
d) Sua aprovação naquele momento decorreu de os Estados Unidos terem acabado de aprovar uma lei de terras para o seu território.
e) Ao entrar em vigor, teve efeito contrário ao de sua intenção original, que era a de facilitar o acesso à propriedade.


resposta:[C]

15. (UFRJ) A Lei Euzébio de Queiroz e a Lei de Terras, ambas de setembro de 1850, são consideradas marcos na modernização da sociedade brasileira.
a) Explicite o conteúdo de cada uma dessas leis.
b) Explique os motivos pelos quais ambas as leis são consideradas marcos na modernização da sociedade brasileira.


resposta:

a) Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil.

A Lei de Terras de 1850 atribuia um valor imobiliário às terras, que não seriam mais doadas como haviam sido as sesmarias. Essa lei foi um dos estatutos responsáveis para a consolidação dos latifúndios no Brasil.

b) A Lei Eusébio de Queirós permitiu a liberação de capitais do tráfico negreiro p/ setores mais produtivos (industrialização, bancos, mecanização das fazendas, etc), enquanto a Lei de Terras valorizou comercialmente as terras brasileiras, aquecendo o mercado interno.

16. (PITÁGORAS) Leia o trecho a seguir:
Artigo 1º: Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja a compra.
Artigo 2º Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nela derrubarem matos, ou lhe puserem fogo, serão obrigados a despejo, com perda de benfeitorias e demais sofrerão a pena de dois a seis meses de prisão, e multa de cem réis.

O trecho anterior se refere à
A) Lei de Terras de 1850.
B) Lei Eusébio de Queirós.
C) Lei Alves Branco.
D) Lei Agrária de 1860.
 

Resposta:[A]
 
17. (PITÁGORAS) Em 1848, o Império Brasileiro foi sacudido pela Revolução Praieira, deflagrada em Pernambuco, sobre a qual se comenta
“Longe de simples ‘massa de manobra’, pobres e libertos atuaram em defesa de interesses próprios, muitos deles conflitantes com os da liderança dos senhores de engenho.”
Magali Gouvêa Engel, in VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial, verbete Praieira.

A partir da argumentação da autora, conclui-se que a Praieira foi também uma revolta social, já que
(A) defendia o comércio internacional como forma de desenvolver a economia da Província e a melhor repartição dos lucros daí advindos.
(B) pretendia a expropriação dos latifúndios açucareiros e sua imediata distribuição a posseiros e trabalhadores rurais não proprietários.
(C) reivindicava a extinção das diferenciações e dos privilégios sociais existentes no país e, em especial, na Província Pernambucana.
(D) repudiava toda e qualquer influência de Portugal nas atividades econômicas da Província, defendendo o rompimento de relações diplomáticas e econômicas com a antiga metrópole.
(E) tinha um cunho nitidamente republicano e democrático, defendendo o sufrágio universal masculino a exemplo dos Estados Unidos.

resposta:[C]


18. (PITÁGORAS) Ferreira Viana, político atuante no Segundo Reinado, assim se expressava sobre os partidos políticos da época:
“O partido que sobe entrega o programa de oposição ao partido que desce e recebe deste o programa de governo.”
Dentre as citações a seguir, assinale aquela que explica as afirmações do político.
(A) “Ambos os partidos apoiavam a monarquia constitucional por esta ser o melhor regime possível, já que a República era vista como utopia ou um detestável sistema de tiranias em luta.”
(B) “As diferenças entre os políticos dos dois partidos era irreal já que todos eram advindos de um mesmo meio social: as profissões liberais urbanas, consequência direta do processo de modernização pelo qual o país então passava.”
(C) “Entre Liberais e Conservadores encontramos dois conceitos distintos de liberalismo: os segundos pretendiam subordinar a autoridade ao sufrágio popular, e os primeiros defendiam a autoridade imperial imparcial e neutra.”
(D) “Era no ‘fazer política’ que os dois partidos pouco se diferenciavam: ambos mantiveram inalterado o sistema de preenchimento dos cargos provinciais e valiam-se de práticas, métodos e processos políticos semelhantes.”
(E) “Os Conservadores defendiam a monarquia centralizada por acharem que o sistema unitário consistia num progresso real, a supremacia da autoridade nacional sobre as formações locais; os Liberais defendiam o Parlamentarismo em nome do autogoverno.”

resposta:[D]


19. (UFPE) O ano de 1848 assistiu a várias revoluções na Europa como, por exemplo, na França e na Itália. O espírito "quarenta e oito", como se chamou este período, também atingiu o Brasil e, particularmente, Pernambuco. Esta questão diz respeito à Revolução Praieira.
( ) A concentração da propriedade fundiária e o monopólio do comércio a retalho pelos portugueses foram fatores que provocaram a Revolução Praieira.
( ) O Partido da Praia, integrado por liberais pernambucanos, tinha no jornal o DIÁRIO NOVO um instrumento de veiculação de suas idéias políticas.
( ) Joaquim Nabuco, líder abolicionista, logo se tornou um correligionário do jornalista praieiro Borges da Fonseca.
( ) Os revolucionários praieiros pretendiam que o Governo interviesse nos fenômenos de produção, distribuição e comércio.
( ) Os revolucionários de Pernambuco lançaram um "Manifesto ao Mundo" esclarecendo suas posições no que diz respeito ao voto universal do povo brasileiro, ao trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro, ao comércio de retalhos, à reforma do poder judicial dentre outras.



resposta:V V F V V


20. (PUC) Leia o texto a seguir.
"(...) estava o terreno coalhado de moribundos e feridos inimigos. Vários dos nosso soldados, ébrios da pólvora e do fogo, queriam acabá-los. Horrorizados, debalde esforçavam-se nossos oficiais em lhes arrancar as vítimas às mãos, exprobrando-lhes a indignidade de semelhante chacina." 
TAUNAY, Alfredo d Escragnolle. "A retirada da Laguna: episódio da Guerra do Paraguai." São Paulo: Melhoramentos, 1929, pp. 90-91

Ocorrida no período de 1864 a 1870, a Guerra do Paraguai foi o primeiro grande conflito protagonizado pelo exército brasileiro. Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que melhor define a participação do Brasil naquela conflagração.
a) O Brasil entrou no conflito para se defender de ataques infligidos contra seu litoral pela marinha paraguaia.
b) A capacidade de comando dos oficiais brasileiros impôs, ao Paraguai, uma derrota rápida e devastadora.
c) A participação do Brasil no conflito atendeu a uma imposição do governo inglês, que tinha interesse político na região.
d) A participação do Brasil foi caracterizada pela improvisação de um exército nacional, no qual atuaram prisioneiros, escravos, índios, mulheres e crianças.
e) A Guerra do Paraguai contribuiu para a elaboração da primeira legislação militar da época, que vetava a convocação compulsória de civis.



resposta:[D]


21. (FATEC) Analise as afirmações sobre o contexto histórico da Guerra do Paraguai. 
I. O Paraguai era governado por Francisco Solano López, e o Brasil era governado pelo imperador D. Pedro II. 
II. O início da guerra está ligado à invasão da Argentina por tropas brasileiras, derrubando o presidente eleito pelo Partido Blanco e colocando candidato do Partido Colorado no poder. 
III. Contra o Paraguai, os governos argentino, uruguaio e brasileiro formaram a Tríplice Aliança. 
IV. O resultado dessa guerra, para o Paraguai, foi não ter jamais se recuperado desse desastre militar; sua população masculina foi praticamente dizimada. Para o Brasil, significou o fortalecimento do Exército e a contração de novos empréstimos, aumentando a dívida externa, para compensar os gastos com a guerra. 

É correto o que se apresenta em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.



resposta:[C]



22. . (Uerj) 
DISCURSO À CÂMARA DOS DEPUTADOS DE PARIS
No momento em que estamos, creio que dormimos sobre um vulcão (...). Não ouvis então, por uma espécie de intuição instintiva que não se pode analisar, mas que é certa, que o solo treme de novo na Europa? Não ouvis então ... como direi? ... um vento de revolução que paira no ar? 
29 de janeiro de 1848
(TOCQUEVILLE, A. Lembranças de 1848. As jornadas revolucionárias em Paris. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.)

As palavras de Tocqueville concretizaram-se ao longo do ano de 1848, marcado por uma série de revoluções que agitaram não só a Europa, como também a América.

Em relação a este ano, identifique:
a) duas condições relacionadas às camadas populares que contribuíram para a eclosão das revoluções na França;
b) um movimento revolucionário ocorrido no Brasil, apontando um fator para sua eclosão.


resposta:

a) O desemprego e as precárias condições de vida e trabalho das populações urbanas, associados ao sistema eleitoral censitário, levou à mobilização de líderes socialistas como Louis Blanc e Ledru-Rollin a difundirem através dos "banquetes" campanhas visando reformas políticas e sociais e críticas ao governo de Luis Felipe, o "Rei Burguês". A proibição aos banquetes em fevereiro de 1848 deu início às revoltas que resultaram na deposição do rei e na instalação da Segunda República da França, sob o governo provisório que congregava liberais e socialistas.

b) No Brasil em 1848, teve início em Pernambuco a Revolução Praieira que se estendeu até 1850. Entre as causas para eclosão do movimento, podemos identificar a concentração fundiária nas mãos de uma reduzida aristocracia representada pela família Cavalcanti e as más condições de vida das populações urbanas de Recife em razão do domínio de portugueses no comércio. 
As revindicações como garantia do trabalho e nacionalização do comércio, expressas no "Manifesto ao Mundo", publicado em 1848, dão a dimensão das razões do movimento.


23. (IFBA 2012)

Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes
a) ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país.
b) criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil.
c) rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio.
d) invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai.
e) estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região.



resposta:[D]


24. (Mackenzie) Na década de 1870, as relações entre o Estado e a Igreja se tornaram tensas. A união entre trono e o altar, prevista na Constituição de 1824, representava, em si mesma, fonte potencial de conflito.
Boris Fausto

Identifique a causa fundamental do conflito mencionado pelo texto acima.
a) O Estado, durante o império, reconhecia a religião católica como oficial mas não interferia nas questões eclesiásticas.
b) Na década de 1870, o clero não passou a exigir maior autonomia frente ao Estado.
c) Em virtude do beneplácito, a proibição do papa do ingresso de maçons nas irmandades desencadeou um atrito entre Estado e Igreja, resultando na prisão de dois bispos pelo governo.
d) Pelo fato de a maçonaria não ter nenhuma expressão na política interna do império, a proibição papal não trouxe repercussões.
e) O Estado laico foi implantado logo após o conflito com a Igreja, para contornar a oposição do clero ao Imperador.


resposta:[C]


25. (Mackenzie) Para os conselheiros do Império, o Brasil era como um sistema heliocêntrico, dominado pelo sol do Estado, em torno do qual giravam os grandes planetas do que chamavam, "as classes conservadoras" e, muito longe, a miríade de estrelas da grande massa do povo.
José Murilo de Carvalho

Através do texto, compreendemos que a proposta política do Segundo Reinado privilegiava:
a) as massas populares, base de sustentação política do império.
b) as elites dominantes, que tinham no Império a garantia de seus interesses.
c) apenas os segmentos de classe média que emergiam economicamente após a imigração.
d) os fazendeiros do Vale do Paraíba e senhores de engenho nordestinos, que jamais tiveram interesses contrariados pelo imperador.
e) os escravos, base econômica do período, libertados pelo Império

resposta:[B]

26. (UFMT) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os itens e escreva nos parênteses (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso.
 Em relação ao contexto monárquica brasileiro (1822/1889), julgue os itens.
(  ) Um dos fatores de ordem política que favoreceu a abdicação de D. Pedro I (1831) foi a permanência de interesses lusitanos na vida brasileira apoiados pelo absolutismo governamental, em choque com o liberalismo da elite dominante.
( ) O sistema eleitoral adotado pela Constituição de 1824 estabelecia o voto censitário o que significava que para ser eleitor era necessário determinada renda anual .
( ) Conservador e Liberal eram os partidos políticos do Segundo Reinado que representavam os senhores de escravos e proprietários de terras.
( ) Uma das condições que favoreceu o desenvolvimento da atividade industrial no Segundo Reinado foi a criação de incentivos à exportação de produtos industrializados.
( ) Entre os fatores que contribuíram para a passagem da monarquia à República destaca-se a luta entre o Partido Conservador, que defendia a Monarquia, e o Partido Liberal, que desejava a forma republicana.

resposta:
V - V - V- F - F



27. (UFRRJ) "Ora, dizei-se: não é isto uma farsa?
Não é isto um verdadeiro absolutismo, no estado em que se acham as eleições no nosso país? (...) O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis, aí está o sistema representativo do nosso país!"
(Nabuco de Araújo, discurso ao Senado (17/07/1868), citado no Manifesto Republicano de 1870.)
Tido como ponto de partida para o movimento de 15/11/1889, o Manifesto, em sua crítica ao funcionamento das instituições políticas do Império, questiona o Poder Moderador e o sistema parlamentar vigentes na época.
a) Aponte o responsável pelo exercício do Poder Moderador, segundo a Constituição de 1824.
b) Explique, a partir do texto, o porquê de diversos historiadores considerarem o sistema parlamentar brasileiro, de então, um "parlamentarismo às avessas."



resposta:
 a) O Poder Moderador foi instituído por D. Pedro I na Constituição de 1824, visando a centralização do poder na organização do Estado brasileiro.
b) Através do poder moderador, o imperador tinha poderes para dissolver a Câmara dos Deputados e convocam novas eleições, descaracterizando as finalidades do Parlamento.

28. (Pucsp) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império."
Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.
O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista -entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das idéias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.


resposta: [B]

29. (Fuvest) "O regime da federação, baseado, portanto, na independência recíproca das províncias, elevando-se à categoria de Estados próprios, unicamente ligados pelo vínculo da mesma nacionalidade e da solidariedade dos grandes interesses da representação e da defesa exterior, é aquele que adotamos no nosso programa, como sendo o único capaz de manter a comunhão da família brasileira".
Levando em conta as transformações ocorridas no Brasil durante a segunda metade do século XIX, justifique a ideia defendida neste trecho do MANIFESTO REPUBLICANO de 1870.

resposta: 
O Manifesto defendia a autonomia das províncias,  tão almejada pela elite cafeeira, contrário ao centralismo do Império.

30. (Unicamp) "Quando, na madrugada de 15 de novembro de 1889, uma revolta militar depôs Pedro II, ninguém veio em socorro do velho e doente imperador. A espada do Marechal Deodoro da Fonseca abria as portas da República para que por ela passassem os republicanos carregando um novo rei: o café de São Paulo."
(Adaptado de I. R. Mattos, HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO)

a) De que maneira se explica o isolamento político de  Pedro II?
b) Por que o texto afirma que, na República recém proclamada, o café se tornava um "novo rei"?

resposta:
a) Os setores que davam sustentação ao imperador deixaram de apoiá-lo (exército, igreja e aristocracia).
b) Por ser o principal produto de exploração e seus produtores controlariam o país.


31. (Unicamp) Antes da guerra com o Brasil, o Paraguai tinha uma economia estável, com estradas de ferro, siderurgia e grande número de indústrias. A balança comercial era favorável e não havia analfabetismo infantil no país.

a) Compare as situações sócio-econômicas do Paraguai e do Brasil, em meados do século XIX.
b) Nesse contexto, explique por que a Inglaterra financiou a guerra que levou à destruição do Paraguai.


resposta:
a) A sociedade brasileira era polarizada e somente desfrutavam de direitos uma parcela reduzida, a elite.
b) Para a Inglaterra o Paraguai era uma ameaça ao seus interesses econômicos.


32. (Unesp) O Segundo Reinado, preso ao seu contexto histórico, não foi capaz de dar resposta às novas exigências de mudanças. Quando se analisa a desagregação da ordem monárquica imperial brasileira, percebe-se que ela se relacionou principalmente com a:

a) estrutura federativa vigente e a conspiração tutelada pelo exército.
b) bandeira do socialismo levantada pelos positivistas.
c) eliminação da discriminação entre brancos e negros.
d) forte diferenciação ideológica entre os partidos políticos.
e) abolição da escravidão e o desinteresse das elites agrárias com a sorte do Trono.


resposta:[E]


33. (Unitau) A partir do golpe da maioridade, em 1840, a vida partidária brasileira resumiu-se a dois partidos: o antes partido progressista passou a chamar-se partido liberal e o regressista passou a chamar-se partido conservador. Pode-se considerar como característica desses partidos:
a) Os partidos do império sempre tiveram plataformas políticas bem definidas.
b) As divergências entre as várias classes da sociedade brasileira estavam representadas nos programas partidários.
c) Do ponto de vista ideológico, não havia diferenças entre os liberais e conservadores, pois eram "farinha do mesmo saco".
d) Os conservadores sempre estiveram no poder e os liberais sempre estiveram na oposição.
e) Ambos tinham influência ideológica externa nos seus programas, apesar de proibido por lei.


resposta:[C]



34. (Unesp) No processo histórico brasileiro, de uma  maneira ou de outra, os militares atuaram nos momentos de crise política. Entre 1870 e 1889, a monarquia passou por um processo de crescente instabilidade política, até sua queda definitiva.
Esclareça o que foi a Questão Militar no período mencionado.



resposta: 
Após a guerra do Paraguai (1865-70), o exército, influenciado pelo positivismo passa a exigir uma maior participação na vida política do país. Ao lado da aristocracia derruba a monarquia (1889).


35. (Fuvest-gv) O lema "Ordem e Progresso" inscrito  na bandeira do Brasil, associa-se aos:
a) monarquistas.
b) abolicionistas.
c) positivistas.
d) regressistas.
e) socialistas.

resposta:[C]


36. (Fuvest) O descontentamento do Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser atribuído:
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia.
b) à propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c) às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder maior participação política aos analfabetos.
d) à ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela imprensa.


resposta:[E]


37. (Fuvest) "Então, senhor Barão, ganhei ou não ganhei a partida?" perguntou no próprio 13 de maio a Princesa Isabel ao seu ministro Cotegipe, que lhe respondeu: "Ganhou a partida, mas perdeu o trono".
Explique esse diálogo e estabeleça a relação entre os fatos nele implícitos.


resposta: 
O diálogo demonstra os esforços palacianos em promover a abolição e evidencia a importância da questão escravista na sustentação do Império. A abolição fez com que um grupo de fazendeiros ao aderir ao Republicanismo, acelerassem a queda da monarquia no Brasil.

38. (Unesp) O resultado da discussão política e a aprovação da antecipação da maioridade de D. Pedro II representou:
a) o pleno congraçamento de todas as forças políticas da época.
b) a vitória parlamentar do bloco partidário liberal.
c) a trama bem-sucedida do grupo conservador que fundara a Sociedade Promotora da Maioridade.
d) a anulação da ordem escravista que prevalecia sobre os interesses particulares.
e) a debandada do grupo político liderado por um proprietário rural republicano.

resposta:[A]


39. (Fuvest) Quintino Bocaiúva, pouco antes da proclamação da República, disse: "Sem a força armada ao nosso lado, qualquer agitação de rua seria não só um ato de loucura... mas principalmente uma derrota de rua antecipada."
A propósito da participação dos militares na Proclamação da República, pode-se afirmar que:
a) o Republicanismo era um movimento uniforme, articulado em torno de proposições como a de uma aliança sólida e permanente com os militares.
b) Silva Jardim e Benjamim Constant eram partidários de uma revolução popular, apoiada pelos militares, visando universalizar a cidadania.
c) a pluralidade de propostas políticas e sociais existente se traduzia em divergências variadas, como o papel dos militares na eclosão do movimento.
d) revela o desinteresse de todas as lideranças do exército com relação à questão da cidadania, da adesão popular e da participação democrática.
e) o Republicanismo brasileiro foi inspirado pelos EUA, onde os militares desempenharam um papel preponderante na criação do Regime Republicano.


resposta:[C]


40. (Cesgranrio) No século XIX, as décadas de 50 e 60 são consideradas como o período de apogeu da história do Império. Assinale a opção que apresenta uma característica desse período:
a) A superação das Rebeliões que marcaram o período anterior e a estabilidade política simbolizada pela Conciliação.
b) A consolidação política dos liberais, que amenizou a organização centralizada do Estado Imperial.
c) O encaminhamento da Abolição, o qual favoreceu o desenvolvimento da lavoura cafeeira no vale do Paraíba.
d) A revogação da autonomia das Províncias e a ocorrência de movimentos revolucionários no Norte e Nordeste.
e) O desenvolvimento material do período, a "Era Mauá", que propiciou a consolidação do movimento republicano.




resposta:[A]

41. (Cesgranrio) A Proclamação da República, em 1889, está ligada a um conjunto de transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil, a partir de 1870, dentre as quais se inclui:
a) a universalização do voto com a reforma eleitoral de 1881, efetivada pelo Partido Liberal.
b) o desenvolvimento industrial do Rio de Janeiro e de São Paulo, criando uma classe operária combativa.
c) a progressiva substituição do trabalho escravo, culminando com a Abolição em 1888.
d) a concessão de autonomia provincial, que enfraqueceu o governo imperial.
e) o enfraquecimento do Exército, após as dificuldades e os insucessos durante a Guerra do Paraguai.


resposta:[C]

42. (Unirio) A consolidação do Império nas duas primeiras décadas do Segundo Reinado está ligada à(ao):
a) afirmação do projeto autonomista liberal, pondo fim às Rebeliões Provinciais.
b) recuperação das lavouras tradicionais, como açúcar, eliminando-se a hegemonia do setor cafeeiro.
c) conciliação entre liberais e conservadores, para conter o crescente movimento republicano.
d) hegemonia do projeto político conservador, centralizado e que projetava a Coroa sobre os Partidos.
e) encaminhamento da abolição, garantindo-se a mão-de-obra à lavoura através da imigração.



resposta:[D]


43. (Unirio) O envolvimento do Brasil em sucessivos conflitos na região platina, na segunda metade do século XIX, pode ser explicado pela(o):
a) tradicional rivalidade entre Brasil e Argentina com vistas ao controle do estuário do Prata, culminando com a derrubada de Rosas naquele país.
b) neutralidade do Império em relação à política uruguaia, obrigação assumida quando da Independência da Cisplatina.
c) independência do Paraguai, apoiada pela Argentina, e suas pretensões expansionistas sobre o território brasileiro.
d) apoio inglês, à restauração do Vice-Reino do Prata, criando uma unidade de domínio na região.
e) conflito do Império Brasileiro com os países platinos em torno da competição no comércio de produtos pecuários.


resposta:[A]


44. (Faap) Luís Alves de Lima e Silva inicia-se na  tradição de "O Pacificador" ao comandar as tropas  que terminaram a:
a) revolta dos liberais paulistas e mineiros em 1842
b) Balaiada, no Maranhão, 1838 - 1840
c) Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul,  1835 - 1842
d) Cabanada, no Pará
e) Sabinada, na Bahia, 1837

resposta:[B]

45. (UFPE) Após a Guerra do Paraguai, os temas mais polêmicos debatidos no parlamento brasileiro eram a(s):
a) abolição da escravidão e a nova estratégia militar para a ocupação do Paraguai e Uruguai;
b) abolição da escravidão e a legitimidade do poder absoluto do Imperador;
c) Lei do Ventre Livre e o novo liberalismo econômico;
d) abolição do Tráfico Negreiro e a propaganda republicana;
e) Leis do Sexagenário e do 13 de maio, e o Positivismo.


resposta:[C]

46. (Puccamp) "Neste país, que se pressupõe constitucional, e onde só deverão ter ação poderes delegados, responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo, onímodo, onipotente, perpétuo, superior à lei e a opinião, e esse é justamente o poder sagrado, inviolável e irresponsável."
"O privilégio, em todas as relações com a sociedade - tal é, em síntese, a fórmula social e política de nosso país - (...), isto é, todas as distinções arbitrárias e odiosas que criam no seio da sociedade civil e política a monstruosa superioridade de um sobre todos ou de alguns sobre muitos..."

Às ideias do texto pode-se associar, na evolução política brasileira,
a) a crítica dos republicanos ao centralismo monárquico.
b) o desabafo da elite contra os defensores da democracia.
c) o temor dos abolicionistas com os ideais republicanos.
d) as aspirações partidárias das camadas populares urbanas.
e) os ideais de liberdade da nobreza ligada ao imperador.


resposta;[A]

47. (Uel) Considere os seguintes itens:
I. decadência da aristocracia tradicional;
II. aspirações das diferentes camadas sociais que exigiam mudanças significativas;
III. instituição do padroado e do beneplácito, que agradou aos diversos setores do clero;
IV. falta de consciência política do exército que se transformou em aliado do imperador;
V. aparecimento de uma aristocracia cafeeira mais dinâmica, moderna, rica e poderosa.

A crise do Império se deve a uma série de fatores que, interagindo, levaram à mudança do regime. 

Assinale a alternativa que reúne corretamente esses fatores:
a) I, II e V
b) I, III e IV
c) I, III e V
d) II, III e IV
e) II, IV e V


resposta:[A]


48. (Uel) "A autonomia das províncias é para nós mais que um interesse imposto pela solidariedade dos direitos e das relações provinciais, é um princípio cardeal e solene que inscrevemos na nossa 
bandeira."
O texto identifica um dos princípios que norteou, no Brasil,
a) a política desenvolvimentista.
b) o movimento republicano.
c) a semana de 22.
d) a campanha tenentista.
e) o regime absolutista.


resposta:[B]


49. (Ufmg) Observe o esquema.

Esse esquema representa a situação política brasileira durante o II Reinado.
Nesse momento, o sistema parlamentarista foi considerado "às avessas" porque
a) a composição ministerial era indicada pelo Imperador, mas dependia da aprovação do Legislativo.
b) o exercício do ministério estava limitado a um plano de ação imposto pelo Legislativo.
c) os Ministros de Estado deveriam prestar contas de seus atos ao Imperador e não ao Poder Legislativo.
d) os Ministros de Estado eram escolhidos pelo Imperador e não pelo Legislativo.
e) os Ministros tinham prazo determinado para permanecer no poder, mesmo fazendo um bom governo.


resposta:[C]


50. (UFMG) Após a Revolução Praieira de 1848 em Pernambuco, o reinado de D. Pedro II foi marcado por uma paz que se prolongou por algumas décadas.
Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o segundo Império no Brasil, EXCETO:
a) A Conciliação, ao amenizar as lutas partidárias, funcionou como fator importante na contenção da ideia republicana.
b) D. Pedro II impôs-se como imperador não tanto por sua seriedade e moral impecáveis, mas pelo fato de a elite latifundiária e escravista considerar a Monarquia como poderoso fator de estabilidade.
c) O Brasil permaneceu isolado do resto da América, não só na forma de governo, mas também economicamente, ao desprezar os países latinoamericanos e ao permanecer voltado para o Atlântico.
d) O crescimento da produção cafeeira e a Era Mauá dinamizaram a economia nacional, a qual criou bases internas sólidas e deixou de depender do mercado externo.
e) O fortalecimento do governo central garantiu a repressão às ideias republicanas da esquerda liberal no período das Regências.


resposta:[D]

51. (Ufpr) "O novo Imperador é um conhecedor e admirador das formas de governo liberais da Europa. Procura seguir as regras do parlamentarismo inglês, que já estavam sendo seguidas por outros países. 
Com o correr do tempo, a alternância dos partidos vai adquirir uma certa regularidade".
(LACOMBE, Américo J. HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo, Ed. Nacional, 1979. p.169.)
O texto refere-se à política do Segundo Reinado, com D. Pedro II, cujas linhas gerais são bem definidas por sua regularidade. Procure definir tais linhas, indicando os partidos políticos envolvidos e o papel político do Imperador.


resposta: 
O Imperador exercia o poder moderador e impedia os conflitos dentro da elite dominante através do Parlamentarismo às avessas, onde os partidos Conservador e Liberal se revezavam no poder.




52. (Ufpr) Quais foram as principais questões que contribuíram para a desagregação da ordem imperial e conseqüente proclamação da República no Brasil?

resposta: 
Foram as questões social ou escravista, a militar e a religiosa ou episco-maçônica.

















53. (Ufpr) O conceito de cidadania adotado no Brasil Império foi extremamente restritivo, excluindo do direito de votar a grande maioria da população. 
Indique como era o sistema eleitoral no Império.


resposta:
O sistema era censitário, ou seja, baseado em rendas e de forma indireta com níveis diferentes de eleitores.

54. (Unesp) As ideias de Marx e Engels e suas propostas transformadoras e de participação popular, influenciaram a Revolução Francesa de 1848 e repercutiram no Brasil. Esclareça o que foi a Revolução Praieira e precise o seu desfecho.

resposta: 
Movimento de críticas sociais, influências socialistas, contou com o apoio de ruralistas ligados ao partido liberal, defendia o voto universal e outros. O movimento não teve maiores consequências ao governo, sendo repelido.


55. (Unesp) "A Guerra chegara ao fim. As cidades, as vilas, as aldeias estavam despovoadas. Sobrevivera um quarto da população - cerca de duzentas mil pessoas - noventa por cento do sexo feminino. Dos vinte mil homens ainda com vida, setenta e cinco por 
cento eram velhos acima de sessenta anos ou garotos menores de dez anos. Os próprios aliados ficaram abismados com a enormidade da catástrofe, a maior jamais sucedida num país americano." 
(Manlio Cancogni e lvan Boris).

O texto refere-se ao conflito externo em que se envolveu o Império Brasileiro, conhecido como a Guerra

a) da Cisplatina.
b) do Chaco.
c) de Canudos.
d) do Paraguai.
e) dos Farrapos.


resposta:[D]


56. (Mackenzie) Sobre o parlamentarismo praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos partidos Liberal e Conservador, podemos afirmar que:
a) ambos colaboraram para suprimir qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b) as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c) organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os partidos Liberal e Conservador de composição elitista.
d) Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se no poder, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
e) os partidos tinham sólidas bases populares e o parlamentarismo seguia e praticava rigidamente o modelo inglês.

resposta:[D]

57. (Uece) Assinale a opção que indica corretamente as principais correntes de pensamento que modelaram o movimento republicano no Brasil:
a) positivismo e federalismo
b) liberalismo e evolucionismo
c) socialismo e positivismo
d) centralismo e militarismo

resposta:[A]



58. (Mackenzie) Segundo o historiador Boris Fausto, o fim do regime monárquico resultou de uma série de fatores de diferentes relevâncias, destacando-se:
a) unicamente o xenofobismo despertado pelo Conde d'Eu, nos meios nacionalistas.
b) a disputa entre a Igreja e o Estado, sem dúvida, o fator prioritário na queda do regime.
c) a maior força política da época: os barões fluminenses, defensores da Abolição.
d) a aliança entre exército e burguesia cafeeira que, além da derrubada da monarquia, constituíram uma base social estável para o novo regime.
e) a doutrina positivista, defendida pelas elites e que se opunha a um executivo forte e reformista.


resposta:[D]

59. (UFRJ) "A missão do governo, e principalmente do governo que representa o princípio conservador, não é guerrear e exterminar famílias, antipatizar com nomes, destruir influências que se fundam na grande propriedade, na riqueza, nas importâncias sociais; a missão de um governo conservador deve ser aproveitar essas influências no interesse público, identificá-las com a monarquia e com as instituições, dando-lhes prova de confiança para que possa 
dominá-las e neutralizar as suas exagerações. Se representais o princípio conservador, como quereis destruir a influência que se funda na grande propriedade?"
(Nabuco de Araújo, 1853; citado por NABUCO, Joaquim, "Um estadista do Império". Rio de Janeiro, 4ª. ed.,1975, p. 145).

No documento anterior, Nabuco de Araújo, um dos nomes mais expressivos da elite política imperial, revela uma preocupação com as dissidências que 
haviam proporcionado grande desgaste para o regime monárquico e conclama seus correligionários a lutar pela manutenção das estruturas.
a) Cite dois elementos da estrutura econômica do Brasil Império complementares à grande propriedade.
b) Explique em que consistiu a política de conciliação adotada pelo governo monárquico no Segundo Reinado.


resposta:
a) Comerciantes, banqueiros e indústrias.
b) Conciliação entre liberais e conservadores em um mesmo gabinete de governo.




60. (Fuvest) Em relação à crise do regime monárquico no Brasil, considere a seguinte afirmativa:
"A Lei Áurea (1888) solapa o próprio fundamento sobre o qual se assenta o regime imperial brasileiro." 
Dê um argumento favorável e um argumento contrário à afirmativa.


resposta: 
A aristocracia rural que era monarquista, era também escravagista (Vale do Paraíba). A mão-de-obra escrava não era formadora de um mercado interno consumidor.


61. (Fuvest) Historicamente o primeiro passo para o  advento do Parlamentarismo no Brasil ocorreu na  época do Império com:
a) a Constituição outorgada em 1824.
b) a criação da Presidência do Conselho de Ministros por D. Pedro II.
c) a abdicação de D. Pedro I.
d) a declaração da Maioridade.
e) a dissolução da Assembléia Constituinte em 1823.


resposta:[B]

62. (Puccamp) Considere os itens a seguir:
I. abolição do tráfico como golpe à hegemonia dos "senhores de engenho" e dos "barões do café".
II. apoio da pequena burguesia urbana à escravidão e à monarquia.
III. término da Guerra do Paraguai e a ampliação e reorganização do Exército.
IV. aliança entre a monarquia e a Igreja.
V. oposição dos cafeicultores paulistas ao centralismo e a defesa do federalismo.

O período compreendido entre 1870 e 1889 assinala, no Brasil, o "declínio" do Império. Os fatores, dentre outros, responsáveis por esse declínio podem ser identificados em APENAS
a) I, II e IV
b) I, III e IV
c) I, III e V
d) II, III e V
e) II, IV e V


resposta:[C]

63.  (Fuvest) "... o que de coração desejo é ver concluída esta maldita guerra, que já tanto tem arruinado nosso país."
Ofício confidencial de Caxias dirigido ao Ministro da Guerra brasileiro, em Tuiuti, 10 de Junho de 1867.
a) A que guerra Caxias se refere? Que países estavam nela envolvidos?
b) Quais as repercussões dessa guerra para o Brasil?


resposta:
a) A Guerra do Paraguai. Os países envolvidos nesse conflito eram o Brasil, a Argentina e o Uruguai, que formavam a chamada Tríplice Aliança, e o seu adversário na guerra, o Paraguai.
b) Endividamento externo, perdas humanas, fortalecimento do exército, crescimento das causas abolicionista e republicana.


64. (Cesgranrio) O processo de centralização monárquica que ocorre no Brasil, após 1840, acentuou-se através da:
a) promulgação do Ato Adicional à Constituição de 1824, que suprimia o Conselho de Estado, 
conservava o Poder Moderador e a vitalicidade do Senado e criava Assembleias nas Províncias.
b) criação da Guarda Nacional em 1831, constituída de milícias compostas por fazendeiros e seus subordinados, cujo objetivo era manter a ordem e reprimir a anarquia.
c) promulgação do Código de Processo Criminal que, além de reforçar e ampliar o poder do juiz de paz -que detinha funções policiais e judiciárias nos municípios - aumentava a influência dos potentados locais.
d) aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional e da reforma do Código do Processo Criminal, que diminuía os poderes das Assembleias Provinciais e colocava a polícia judiciária sob o controle do Executivo Central.
e) dissolução da Regência Trina Permanente e a eleição do padre Antônio Diogo Feijó para a Regência Una, que propunha o fortalecimento do Executivo como forma de acabar com a anarquia nas províncias.


resposta:[D]


65. (Cesgranrio) No 2º Reinado, o parlamentarismo não ofusca a importância do Poder Moderador, mas o sistema como um todo expressa a hegemonia dos grandes proprietários e o compromisso entre a centralização e o poder local, de modo que:
a) os dois partidos - Conservador e o Liberal - dependiam estreitamente do Poder Moderador para implementarem seu projeto político centralizador;
b) com o Apogeu do Estado Imperial, foi possível reduzir a intervenção política do Poder Moderador, e assim abrir caminho à descentralização administrativa;
c) em oposição ao 1º Reinado, houve uma tendência para ampliar o poder em mãos dos chefes políticos locais - os coronéis - em nome da ordem e do fortalecimento da "Nação";
d) esse regime parlamentar foi a forma encontrada para solucionar os conflitos entre o poder local e o central, garantindo-se, com a Guarda Nacional e o Senado vitalício, a autoridade provincial;
e) a vida política assegurava a livre participação de todos os cidadãos, através de eleições democráticas e diretas em todos os níveis.


resposta:[A]


66. (Mackenzie) Sobre o contexto histórico responsável pela proclamação da República NÃO se inclui:
a) a insatisfação dos setores escravocratas com o governo monárquico após a Lei Áurea.
b) a ascensão do exército após a Guerra do Paraguai, passando a exigir um papel na vida política do país.
c) a perda de prestígio do governo imperial junto ao clero, após a questão religiosa.
d) a oposição de grupos médios urbanos e fazendeiros do oeste paulista, defensores de maior autonomia administrativa.
e) o alto grau de consciência e participação das massas urbanas em todo o processo da proclamação da República.


resposta:[E]


67. (Mackenzie) Em 1848, os ventos revolucionários europeus chegavam a Pernambuco, onde a realidade social era marcada pelo latifúndio, opressão dos Cavalcanti, miséria e concentração de poder político. Mobilizadas as massas urbanas sob o comando de Pedro Ivo, explodia o último grito liberal do império.
O movimento descrito ficou conhecido como:
a) Sabinada.
b) Cabanagem.
c) Farroupilha.
d) Balaiada.
e) Praieira


resposta:[E]

68. (Mackenzie) Depois da mais sangrenta guerra travada na América Latina, no século XIX, a Argentina passou a deter a hegemonia na Bacia Platina, o exército brasileiro perdera cem mil homens, o império entrava em declínio e a nação derrotada via totalmente destruído seu modelo autônomo de desenvolvimento.

O conflito descrito no texto foi a:
a) Guerra Cisplatina.
b) Guerra do Paraguai.
c) Guerra do Pacífico.
d) Guerra do Chaco.
e) Revolução Mexicana.


resposta:[B]

69. (UFRS) Das rebeliões internas ocorridas no Brasil durante o II Reinado destaca-se o sentido social da Revolução Praieira de 1848, porque
a) o governo rebelde aprovou uma Constituição que tornava cidadãos brasileiros os portugueses residentes no Brasil.
b) pelo "Manifesto ao Mundo" os revoltosos pregavam o voto livre e universal para os brasileiros.
c) o Imperador Pedro II estabeleceu uma política de conciliação, anistiando os líderes revoltosos e integrando-os ao Senado Vitalício.
d) entre as intenções dos revoltosos estava o desejo de livrar-se dos impostos excessivos sobre a extração do ouro.
e) o movimento visava isentar de servir no Exército chefes de família e proprietários rurais.


resposta:[B]

70. (Cesgranrio) No período da chamada "crise do império", a partir de 1870, vários fatores contribuíram para provocar a queda da monarquia, em 1889, dentre os quais se destaca o(a):
a) envolvimento continuado do Império em conflitos externos, principalmente na região platina.
b) conflito entre o Império e a Igreja, que era simpática às novas idéias filosóficas como o positivismo.
c) incompatibilidade de amplos setores do Exército com a monarquia.
d) expansão da lavoura cafeeira e da indústria, ampliando o uso da mão-de-obra escrava.
e) posição contrária ao federalismo adotada pelos republicanos, o que lhes garantiu o apoio das oligarquias agrárias.


resposta:[C]

71. (Mackenzie) Guerra do Paraguai, modernização e politização do exército e queda da Monarquia são fatos diretamente relacionados, já que:
a) o exército identificava-se com o elitismo do governo imperial, enquanto a marinha compunha-se basicamente de classes populares e médias, contrárias à monarquia.
b) vitorioso na guerra, o exército adquiriu consciência política, transformando-se num instrumento de defesa da abolição e do republicanismo.
c) a derrota na guerra e o endividamento do país fortaleceram a oposição militar ao regime imperial.
d) embora sem vínculos com idéias positivistas, o exército aproximou-se dos republicanos radicais.
e) para combater os interesses das camadas médias que apoiavam o governo monárquico, o exército desfechou o golpe de 15 de novembro.


resposta:[B]

72. (Pucpr) A causa da grande semelhança entre os programas dos Partidos Liberal e Conservador, durante o Segundo Reinado (1840 -1889) tem origem no(na):
a) Claro desejo das duas facções de extinguir a vitaliciedade do Senado.
b) Despreparo intelectual dos componentes dos dois partidos, antes fidalgos rústicos do que cavalheiros.
c) Fato de que seus componentes representavam a classe dominante na vida política e na sociedade brasileira: a dos grandes proprietários rurais.
d) Ação do Poder Moderador, muito poderoso, ao qual procuravam agradar com as mesmas estratégias.
e) Desejo de maior autonomia às Províncias, uma vez que levavam em conta as heterogeneidades geográficas do Brasil.



resposta:[C]


73. (Uel) Em relação às consequências da Guerra do Paraguai, no Brasil, pode-se afirmar que
a) o declínio da monarquia foi concomitante à guerra e as críticas atingiram seu ponto vital: a escravidão. Foi através dessa brecha, que os ideais republicanos se propagam.
b) o território foi devastado e a população gravemente afetada pelas mortes, o que retardou o desenvolvimento econômico do país.
c) a abertura do mercado externo paraguaio, resultante da derrota na Guerra, trouxe grandes benefícios à expansão da economia cafeeira no país.
d) ao favorecer o desenvolvimento do setor naval contribuiu para a reorganização da marinha que, após a guerra, colocou-se contra a monarquia.
e) a participação das camadas mais pobres da população na guerra respondeu pela sua integração nas decisões políticas após a proclamação da República.


resposta:[A]


74. (Mackenzie) 
I - O parlamentarismo às avessas consolidou o revezamento dos partidos no poder e as eleições fraudulentas.
II - O imperador apresentava-se à opinião pública como uma figura neutra, pois aparentemente não era responsável pela escolha do ministério e nem pela composição da Câmara.
III - O parlamentarismo brasileiro seguia rigidamente o modelo europeu, sendo o poder de governar atribuição do chefe de governo e não do chefe de Estado.
IV - O poder moderador contribuiu para que o parlamentarismo brasileiro fosse autônomo e sem a ingerência do imperador.


Relativamente às afirmações anteriores, referentes ao Parlamentarismo no Brasil durante o Segundo Reinado, podemos afirmar que:
a) somente I e III são corretas.
b) somente I e II são corretas.
c) somente III e IV são corretas.
d) todas são corretas.
e) todas são incorretas.


resposta:[B]


75. (Unb) Com referência à crise do governo imperial no Brasil, nas últimas décadas do século XIX, julgue os itens a seguir.
(1) As crises do Segundo Reinado, cujos sintomas são nítidos a partir da década de 70, tornaram insustentável a continuidade do Estado Imperial na década seguinte.
(2) O ideal republicano, novo na vida política brasileira da segunda metade do século XIX, teve força suficiente para abalar as estruturas políticas do Império.
(3) Um dos fatores da crise foi o fato de o encaminhamento da abolição da escravidão ter provocado desgastes na relações entre o governo imperial e suas bases sociais de apoio.
(4) Os atritos do governo imperial com o Exército e a Igreja foram fatores que contribuíram para agravar a crise.


resposta: V - F - V - V


76. (Uel) Após a fase do apogeu do Império por volta de 1850 - assinala-se no Brasil a partir de 1870, o começo da decadência do Regime Político Monárquico. Entre os fatores que contribuíam para este declínio, citam-se o
a) movimento abolicionista e as reformas políticas realizadas por D. Pedro II.
b) estabelecimento do sistema de parceria na produção agrária e as fugas constantes de escravos,descapitalizando os proprietários.
c) movimento emigratório e a greve dos operários.
d) Regime do Padroado e a pressão dos jornalistas contra a situação dos trabalhadores rurais e urbanos.
e) posicionamento político dos militares, após a Guerra do Paraguai e os movimentos republicanos e abolicionistas.


resposta:[E]

77. (UFRS) Um dos maiores reflexos da Guerra do Paraguai na política interna do Brasil foi a
a) expansão da indústria siderúrgica nacional, decorrente da necessidade de produzir armamento.
b) incorporação do sentimento patriótico nacional pelas camadas pobres da população.
c) colonização do interior do País, estimulada pelos deslocamentos de tropas para aquelas regiões.
d) conscientização, por parte dos oficiais do exército, de sua precária posição política na estrutura de poder vigente.
e) abdicação de Pedro I após os primeiros desastres militares na frente de batalha.

resposta:[D]

78. (Mackenzie) O crescimento do movimento republicano, em fins do século XIX, foi favorecido:
a) pela unidade dos líderes republicanos, que defendiam a tomada do poder através da revolução.
b) pela colaboração da Guarda Negra, que protegia os comícios republicanos.
c) pelo aparecimento de novos segmentos sociais adeptos de ideias como o positivismo e federalismo e pela insatisfação de áreas economicamente ativas, com menor expressão política.
d) pelo apoio maciço dos velhos militares, inimigos de longa data do regime monárquico.
e) pela derrota brasileira na Guerra do Paraguai, em virtude da queda do gabinete liberal de Zacarias de Góis.


resposta:[C]


79. (Uerj) (...) A imprensa de todo o Império revela que o espírito público vai-se esclarecendo, e que os brasileiros em sua maioria já se vão convencendo que da monarquia não podem esperar a salvação do país. Venha pois a república e quanto antes. Venha a república sem revolução armada, sem derramamento de sangue de irmãos, venha ela do triunfo das idéias democráticas da grande maioria do país, e da profunda convicção de que a monarquia é incapaz de salvar o país.
(ADAPTADO DO JORNAL A REPÚBLICA -propriedade do Club Republicano de São Paulo., 08 de dezembro de 1870, n° 3, ano I.)

As décadas de 1870 e 1880 assistiram a um afastamento do Estado Imperial em relação às suas bases de sustentação e forma marcadas pelo crescimento do ideal republicano. Contudo, a República esperada não tinha o mesmo significado para todos os republicanos.

a) Cite um dos segmentos sociais que serviram de sustentação à monarquia brasileira e explique o motivo do afastamento desse segmento em relação à sorte do Império.
b) Enumere duas características da República idealizada pela elite agrário-exportadora.


resposta:
a) Uma das possibilidades abaixo:
* Exército: insatisfeito com a posição política subalterna adquirida na Monarquia, apoiado pelas vitórias na guerra do Paraguai e tendo parcela de seus oficiais influenciada pelo ideário positivista, grande parte do Exército passa a apoiar a proclamação da República.
* Igreja: diante da crescente oposição entre as posições ultramontanas da Igreja Católica, houve um afastamento entre ambos, agravado pela presença do Padroado e Beneplácito, que permitiram uma forte influência do Estado nas questões da Igreja católica no Brasil.
* Aristocracia escravista: a abolição da escravidão, com o apoio da monarquia, foi um golpe fatal em sua frágil situação econômica; o não-cumprimento por parte do Estado Imperial de seu papel histórico de sustentação do escravismo, levou-a a aderir ao movimento republicano.

b) Duas das seguintes características:
* instituições políticas liberais;
* regime federalista;
* laicização do Estado;adoção de uma política governamental de subvenção à imigração


80. (UFRN) No Brasil, o Movimento Republicano se fortaleceu a partir de 1870 e culminou com o fim do período monárquico.
Inspiravam o ideário desse Movimento:
a) Liberalismo, coronelismo e soberania nacional
b) Anarquismo, militarismo e abolição da escravatura
c) Positivismo, federalismo e separação entre Igreja e Estado
d) Iluminismo, reformismo e centralização política


resposta:[C]


81. (Puc-rio) Sobre a religiosidade e a Igreja Católica no século XIX, no Brasil, é correto afirmar que:
a) Segundo as leis do Império, ao Imperador cabia o direito do padroado, nomeando bispos e outros titulares de cargos eclesiásticos no Brasil e, desta 
forma, subordinando a hierarquia da Igreja ao poder imperial.
b) A Constituição de 1824 estabelecia a "Região Católica Apostólica Romana" como "Religião do Império", e, assim, proibia, terminantemente, o culto de todas as outras religiões.
c) A quase totalidade da população brasileira era católica e utilizava o espaço das igrejas para praticar a religião. O episódio de Canudos, ao final do século, representando um desvio nos cânones da Igreja pelos seguidores de Conselheiro, configurou uma exceção.
d) A união entre Igreja e Estado nem sempre se realizou de forma harmônica. A "Questão religiosa", em fins do Império, expressou a insatisfação de alguns bispos perante a proibição do Imperador ao livre funcionamento das lojas maçônicas.
e) Enquanto algumas ordens religiosas, como a dos beneditinos e a dos carmelitas, estabeleceram-se livremente, no Brasil, outras, como a dos jesuítas e a dos franciscanos foram proibidas de construir igrejas e mosteiros.


resposta:[A]

82. (Uerj)
(TÁVORA, Araken. "D. Pedro II e o seu mundo". Rio de Janeiro: Documentário. 1976.)

A charge anterior retrata uma prática política vigente durante o Segundo Reinado, que permite caracterizar a monarquia nesse período como:
a) unitária e conservadora, em que "o Imperador reina, mas não governa"
b) federativa e multipartidária, em que o Imperador tinha a função de mediar e moderar
c) centralizada e "parlamentarista", em que o Imperador era o árbitro entre os "partidos políticos"
d) constitucional e unicameral, em que o poder moderador era a chave da administração política.


resposta:[C]


83. (Pucmg) No Brasil, D. Pedro II, durante o Segundo Reinado, manteve uma estrutura burocrático-administrativa muito centralizada, pois, EXCETO:
a) os juízes de paz, eleitos localmente, tiveram parte de seu poder absorvido pelos delegados de polícia nomeados pelo ministério da Justiça.
b) as despesas provinciais estavam incluídas no orçamento geral do Império, ficando o Presidente de Província com as suas funções limitadas.
c) os senadores e deputados das províncias eram nomeados pelo Imperador através do Poder Moderador, limitando assim a sua atuação.
d) a arrecadação de impostos estava diretamente submetida ao arbítrio central, impossibilitando que as províncias pudessem executar uma política fiscal própria.
e) as Assembleias Provinciais possuíam pequeno poder efetivo considerando a rigidez da estrutura burocrática do governo imperial.



resposta:[C]

84. (Mackenzie) 
Quem viver em Pernambuco 
Há de estar enganado
Que ou há de ser Cavalcanti
Ou há de ser cavalgado 
(quadra popular)

A quadra acima lembra uma das causas da Revolução Praieira de 1848, em Pernambuco. 
Identifique-a nas alternativas abaixo.
a) A contestação dos tratados comerciais e a concorrência do charque estrangeiro com a produção local.
b) A concentração de terras e poder político nas mãos de famílias oligárquicas.
c) O monopólio comercial em Recife estava em mãos de comerciantes ingleses.
d) A oposição do Partido da Praia às idéias socialistas utópicas e causas populares.
e) A ascensão de um governo liberal na Província de Pernambuco, favorável à extinção da escravidão.


resposta:[B]

85. (Mackenzie) Considere as afirmativas abaixo, sobre os objetivos da Política Externa Brasileira, na região platina, durante o segundo Reinado.
I - Visava impedir a restauração do Vice-Reinado do Prata, fato que ampliava a soberania da Argentina na região.
II - Defendia a não intervenção nas questões platinas para manter o relacionamento amistoso com o Paraguai e Uruguai, seus aliados.
III - Procurava garantir a livre navegação para preservar a comunicação e escoamento de produtos das províncias do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
IV - Apoiava a reunificação dos Estados Platinos para evitar o imperialismo inglês na região.

Assinale:
a) se I, II e III forem corretas
b) se I e III forem corretas
c) se II e IV forem corretas
d) se todas forem corretas
e) se todas forem erradas


resposta:[B]


86. (Mackenzie) A figura de D. Pedro II, que de órfão da nação se transformou em rei majestático, de imperador tropical e mecenas do movimento romântico vira rei-cidadão, para finalmente imortalizar-se no mártir exilado e em um mito depois da morte.
("As Barbas do Imperador" - Lilia M. Schwarcz)

O texto descreve o imperador tropical, Pedro II, que governou o país por meio século, atuando como grande fator catalisador e mobilizador das forças sociais, preservando, com seu governo, sobretudo:
a) o poder das elites agrárias e a unidade territorial do país.
b) a democracia liberal segundo os modelos europeus da época.
c) a ideia da modernização da nação através do apoio do governo ao desenvolvimento industrial e uma política protecionista.
d) O equilíbrio social e a distribuição de renda, através de políticas públicas para reduzir a exclusão.
e) as boas relações com os países platinos, privilegiando as soluções diplomáticas nos conflitos.


resposta:[A]


87. (UFMG) Considerando-se os fatos relacionados à Guerra do Paraguai (1864-1870), é CORRETO afirmar que
a) a Tríplice Aliança agiu sob a ingerência dos Estados Unidos, que pretendiam, após o término da Guerra Civil, ampliar o comércio de seus produtos nos países da Região Platina.
b) o Brasil e a Argentina romperam a aliança durante essa guerra, o que possibilitou não só o fortalecimento militar e político paraguaio mas também o retardamento do final do conflito.
c) o Brasil entrou nessa guerra motivado por interesses relacionados à definição das fronteiras e à garantia de livre navegação pelo Rio Paraguai, principal via de acesso ao Mato Grosso.
d) o Exército Brasileiro, apesar da vitória, se enfraqueceu após essa guerra, em razão do elevado número de baixas e das dificuldades políticas e militares em colocar um ponto final no conflito.


resposta:[C]

88. (Unicamp) A República do Paraguai se defendia heroicamente contra as agressões do Império do Brasil. (...) Para todas as nações, o heroísmo da resistência de tão pequena república contra aliados tão poderosos excitava a simpatia que sempre há pelo fraco (...).
(D. F. Sarmiento, QUESTÕES AMERICANAS, COLEÇÃO GRANDES CIENTISTAS SOCIAIS, Ática)

a) Como Sarmiento representa nesse texto o conflito entre o Brasil e o Paraguai?

b) De que modo essa representação de Sarmiento ilustra o conflito político-ideológico no Brasil após a Guerra do Paraguai?

c) Por que a Guerra do Paraguai contribuiu para o movimento abolicionista no Brasil?


resposta:

a) O texto ressalta o heroísmo paraguaio contra a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai).

b) A representação ilustra o ideal republicano e abolicionista que se fortaleceu no Brasil após a Guerra do Paraguai.

c) Antes da Guerra do Paraguai, os militares devido a origem de setores médios e o grau de esclarecimento já eram contrários à escravidão e durante a Guerra esse ideal se fortaleceu pois lutavam lado a lado com os negros. A adesão dos militares aos movimentos abolicionistas contribuiu para a Lei Áurea de 1888.

89.  (Unesp) No século XIX, em suas relações com os países da América Latina, marcadas por conflitos de fronteiras, o Brasil
a) aliou-se à Argentina contra os demais interessados na Bacia do Prata.
b) incorporou-se ao Vice-Reinado do Prata, opondo-se à Argentina.
c) assinou, com o Paraguai e a Bolívia, o Tratado da Tríplice Aliança.
d) lutou para garantir o acesso de seus navios a Mato Grosso, pelo rio Paraguai.
e) aliou-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses ingleses na Bacia do Prata.


resposta:[D]


90. (Pucmg) A chamada "Questão Christie" teve origem a partir de dois incidentes de pouca relevância, mas, no contexto das relações anglobrasileiras na segunda metade do século XIX, atingiram dimensões graves, tendo como conseqüências, EXCETO:
a) a afirmação da soberania brasileira reconhecida pela Grã-Bretanha.
b) o rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a Inglaterra.
c) a promulgação do Bill Aberdeen por parte do parlamento britânico.
d) o arbitramento do rei belga Leopoldo I favorável ao Brasil.

resposta:[A]

91. (Ufscar) A questão religiosa iniciada em 1872, considerada um dos fatores da proclamação da República, opôs os bispos de Olinda e do Pará à monarquia de Pedro II. Confrontado à determinação do Estado brasileiro, o bispo Dom Vital manteve-se intransigente, afirmando que o governo imperial, em lugar de "conformar-se com o juízo do Vigário de Jesus Cristo, como cumpria ao governo de um país católico, pretende que, rejeitando este juízo irrefragável, eu reconheça o dele, nesta questão religiosa, e o considere acima do juízo infalível do Romano Pontífice..."
(Citado por Brasil Gerson, "O regalismo brasileiro". RJ: Cátedra, 1978, p. 196.)

Esta posição do bispo de Olinda, D. Vital Maria de Oliveira, exprime
a) a concepção de que o poder temporal emana de Deus e de que deve ser absoluto.
b) o dogma da infalibilidade do papa e o esforço de romanização do clero brasileiro.
c) a proibição papal de participação dos católicos nas questões políticas e sociais.
d) a noção de que o poder da Igreja é político e de que o papa deve ser obedecido.
e) o dogma segundo o qual a salvação depende dos decretos infalíveis do papa.


resposta:[B]


92. (Fuvest) Sobre a Guerra do Paraguai (1864-1870), fundamentalmente desencadeada por razões geopolíticas regionais, responda:
a) quais as divergências e alianças políticas existentes entre os países nela envolvidos?
b) Qual o seu resultado em termos de poder estratégico regional?


resposta:
a) O quadro de conflitos que marcou as relações entre os países do Cone Sul, no século XIX, tem suas origens no caudilhismo, que contrapunha grupos agrários e políticos autoritários, cujos objetivos 
incluíam o controle da navegação na Bacia Platina - área de intenso comércio -, o expansionismo territorial, além da exploração do contrabando, dos roubos de gado nas fronteiras e da concorrência entre o Brasil e o Paraguai no mercado de exportação do mate. Assim, o Império compôs a Tríplice Aliança com a Argentina do governo Mitre e o Uruguai de Venâncio Flores e bateu-se contra o Paraguai de Solano Lopes.
b) A vitória da Tríplice Aliança representou o rompimento do equilíbrio de forças políticas e econômicas na região. Com o Paraguai destroçado, Brasil e Argentina emergiram como nações determinantes na condução dos destinos da área platina. O Uruguai manteve sua postura pendular, em relação ao Império e à República Portenha, e finalmente a Inglaterra pôde continuar exercendo sua hegemonia sobre esse mercado.


93. (UFPE) Sobre o movimento do republicanismo e do abolicionismo, indique a alternativa correta.
a) A Abolição da Escravatura e o republicanismo no Brasil foram movimentos que caminharam associados, pois estiveram inspirados no Positivismo.
b) O movimento republicano no Brasil, na década de 1870, esteve dissociado da luta abolicionista, porque republicanos e abolicionistas pertenciam a classes sociais divergentes.
c) O movimento abolicionista e o movimento republicano não caminharam associados, pois o primeiro tinha grande apoio do monarca, a ponto de a Lei Áurea ter sido assinada pela Princesa Isabel.
d) O movimento republicano só ganhou força após a abolição, pois significativas parcelas da classe dominante republicana eram proprietárias de escravos e não apoiavam a luta abolicionista.
e) O movimento republicano deu um grande impulso ao movimento abolicionista, como já havia ocorrido em outros países da América do Sul, em que a República acarretou o fim da escravidão.


resposta:[D]


94. (Ufrn) Uma parcela dos republicanos brasileiros, no final do século XIX, era influenciada pela filosofia de Auguste Comte.
Esses REPUBLICANOS POSITIVISTAS
a) difundiam o lema do Positivismo, "Somos da América e queremos ser americanos", contribuindo para integrar o país no universo republicano.
b) baseavam-se na ideologia do Positivismo, que pregava uma aliança das camadas populares com os intelectuais, sob a inspiração da fé cristã.
c) encaravam positivamente a aliança entre o Estado e a Igreja, uma vez que esta ajudaria a evitar as convulsões sociais que as elites tanto temiam.
d) defendiam que a Monarquia seria superada pelo "estágio positivo da história da humanidade", representado, de modo especial, pela República.


resposta:[D]


95. (Ufes) A Guerra do Paraguai, considerada o maior conflito armado da história da América do Sul, além de provocar a morte de inúmeros paraguaios, brasileiros, argentinos e uruguaios, foi a causa do desequilíbrio econômico e do aumento substancial das dívidas externas dos países envolvidos no conflito. Apesar disso, a guerra foi um "bom negócio" para
a) os paraguaios, que conquistaram territórios estratégicos para seu desenvolvimento na Bacia do Prata.
b) os argentinos, que conquistaram vastas porções do território paraguaio e anexaram áreas do Rio Grande do Sul.
c) os norte-americanos, que aumentaram a sua exportação de açúcar e trigo para o Uruguai e para o Brasil.
d) os brasileiros, que não tiveram grandes prejuízos com a guerra e conquistaram parte do território argentino e paraguaio.
e) os ingleses, que emprestaram milhões de libras para os países da Tríplice Aliança, com juros altos, através de seus bancos.


resposta:[E]



96. (Ufrs) Um dos fatores determinantes para a crise do Segundo Reinado foi a denominada "Questão Militar". Sobre essa questão e seus desdobramentos na política brasileira, são feitas as afirmações a seguir.
I - A "Questão Militar" foi uma clara demonstração da insatisfação de setores do Exército em relação às elites civis - os casacas -, que controlavam a política nacional.
II - Os integrantes do Exército que participaram da derrubada da Monarquia eram influenciados pelas idéias positivistas, sendo defensores de um projeto de república autoritário.
III - Após a instauração da República, os militares não intervieram mais na política nacional até a eclosão do golpe de 1964.

Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.


resposta:[B]


97. . (Uel) A afirmação segundo a qual "o partido que sobe entrega o programa de oposição ao partido que desce e recebe deste o programa de governo" está relacionada aos partidos políticos atuantes no Brasil do Segundo Reinado (1840-1889). Sobre esse assunto, é correto afirmar:
a) A forma democrática e descentralizada do parlamentarismo do Segundo Reinado garantiu ao Imperador governar em sintonia com os interesses dos partidos e da população.
b) Os conservadores conduziam a vida partidária do Império, mas quem governava eram os liberais radicais, que ganharam projeção com as revoltas provinciais após 1848.
c) Sendo a "conciliação" um ideal presente na vida política do país, os partidos pouco se diferenciavam na prática.
d) Os partidos políticos do Império caracterizavam-se por suas plataformas políticas de atuação bem definidas e diferenciadas.
e) As reformas eleitorais e o fim do tráfico negreiro no Segundo Reinado asseguraram a liberdade de atuação da Câmara dos Deputados.


resposta:[C]

98.  (Pucsp) A Guerra do Paraguai (1864-1870)

a) opôs Argentina e Uruguai ao Paraguai de Solano López; o Brasil apoiou o governo paraguaio, que conseguiu, apesar da grande perda de soldados, vencer o conflito.
b) iniciou-se após desentendimentos militares e diplomáticos na região do Prata; o Brasil, em aliança com a Argentina, lutou contra o Uruguai, que foi incorporado ao território brasileiro após o conflito.
c) foi marcada pela extrema violência e destruiu economicamente o Paraguai; o Brasil, por meio da guerra, organizou-se militarmente e ampliou sua interferência política na região do Prata.
d) terminou com a derrota do Paraguai para a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai); o Brasil auxiliou, após o conflito, a recuperação do Paraguai por meio da realização de obras conjuntas entre os países.
e) trouxe o fim da ditadura do paraguaio Solano López e a incorporação do Paraguai à América Unida idealizada por Simón Bolívar; o Brasil, por seu papel na guerra, tornou-se aliado militar constante da Argentina.


resposta:[C]


99. (Pucpr) Na conjuntura do II Império Brasileiro, têm destaque, no quadro da Proclamação da República:
I- Interferência Inglesa na Política Imperial.
II- Abolição da Escravatura
III- Questão Militar
IV- Questão Religiosa
V- Pressão do Setor Industrial Urbano

Estão corretas:
a) apenas I e IV.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas III, IV e V.
e) apenas I, III e V.



resposta:[C]


100. (Puccamp) Leia as afirmações a seguir sobre o cenário de crise do Império, no Brasil.
I. O regime monárquico enfrentou, desde a Guerra do Paraguai, a disposição do oficialato do exército de ampliar sua participação na vida política nacional, o que serviu de fermento para conflitos que ajudaram a minar a sustentação do Estado.
II. A sintonia do monarca com as ideias progressistas vigentes no século XIX, com o desenvolvimento científico e o refinamento cultural que lhe era próprio foram fundamentais para que preparasse, desde 1850, a transição para o regime republicano.
III. O questionamento da submissão da Igreja ao Estado monárquico por parte do clero e as reações intransigentes do Gabinete Rio Branco a essas manifestações serviram para aprofundar a cisão da monarquia com tal segmento.
IV. A Convenção de ltu, em 1873, deu contornos claros à mobilização de apoio à monarquia na província de São Paulo e marcou o início de ofensivas de seus integrantes no plano eleitoral.

As afirmações relacionadas corretamente com esse contexto são:
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e III
e) II e IV


resposta:[B]



101. (Mackenzie) O movimento resultou da conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros do oeste paulista e representantes das classes médias urbanas.
(Emilia Viotti)

Momentaneamente unidas, segundo a autora, conservaram profundas divergências na organização do novo regime. Identifique o fato histórico mencionado pelo texto.
a) Abdicação do imperador Pedro I.
b) Proclamação da República.
c) Ato Adicional de 1834.
d) Organização do Gabinete de Conciliação.
e) Introdução do Parlamentarismo como sistema político.




resposta:[B]



102. (Unicamp 2010) O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.
(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz, As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São
Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91)


a) Segundo o texto, quais os significados políticos da construção de uma imagem de D. Pedro II que o diferenciasse de seu pai?
b) Que características do período regencial ameaçavam a estabilidade do país?


resposta:
a) Todo o conjunto de imagens referentes a Pedro II – uma vasta iconografia oficial onde se destacam telas a óleo e fotografias, abarcando praticamente toda a vida do monarca – destaca os mesmos elementos principais: aos habituais códigos de representação da realeza (cetro, coroa, traje, trono, postura, etc.) soma-se um imperador precocemente envelhecido, sempre estático, numa atitude sóbria e repousada, em nítida oposição ao pai (cuja figuração usual consistia no cavaleiro de gestos impetuosos e assomos de vontade). Símbolo da unidade da nação – particularmente no contexto conturbado dos anos 1830-1840, da crise das regências à consolidação do Segundo Império –, o jovem monarca converteu-se no fiador da ordem, árbitro do sistema político que se estabeleceu em função do Poder Moderador e do famoso "parlamentarismo às avessas". Tais papéis exigiam, em lugar do aventureiro voluntarioso, o sereno e maduro filho que, na linguagem visual, acabava por parecer mais velho que o próprio pai.

b) O Período Regencial (1831-1840) é considerado o mais instável da história do Império do Brasil. A estabilidade do país foi ameaçada em diversos aspectos, como o político, o social e o da integridade territorial. Entre as ameaças à ordem, podemos citar a intensa luta político-partidária envolvendo liberais moderados e conservadores, dividindo e enfraquecendo a elite agrária como classe social dominante, além dos liberais exaltados, muitas vezes associados a revoltas por autonomia local; revoltas separatistas e republicanas, como a Farroupilha, no Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845; e a Sabinada, na Bahia, em 1837, manifestando, entre outros aspectos, uma luta da elite local contra o poder central; revoltas de caráter popular, como a Cabanagem, no Pará, em 1835, e a Balaiada, no Maranhão, entre 1838 e 1841; revoltas de escravos, como a dos Malês, na Bahia, em 1835, considerada a maior revolta escrava urbana da história do Brasil.






103. (UPE) Analise a charge a seguir:

A charge de Bordallo Pinheiro, publicada em 1875, mostra o imperador D. Pedro II sendo castigado pelo Papa em clara alusão à chamada questão religiosa. Sobre esse episódio do final do regime monárquico no Brasil, é CORRETO afirmar que
A) a tensão entre Estado e Igreja não contribuiu para a crise da monarquia no Brasil.
B) a origem da questão foi a não determinação de expulsão de maçons das irmandades religiosas por D. Pedro II, descumprindo determinação papal.
C) apesar da opinião pública contrária, o imperador manteve na prisão, até o cumprimento total da pena, os dois bispos por não acatarem suas determinações.
D) na província de Pernambuco, as determinações de D. Pedro II foram postas em prática pelo bispo de Olinda.
E) após o incidente, a Igreja passou a condenar oficialmente a prática da escravidão negra no Brasil.


resposta da questão 103:[B]

Comentário da questão:

A questão religiosa foi um conjunto de atritos envolvendo o governo imperial brasileiro e a Igreja católica em razão da decretação da Bula Syllabus (1864) que proibia a participação de elementos maçons nas irmandades religiosas, tal medida foi decretada pelo papa Pio IX. Devido ao sistema de padroado, o imperial tinha a primazia de vetar bular papais no Brasil. Dois bispos brasileiros das cidades de Olinda e Belém, desrespeitaram a determinação imperial e resolveram cumprir a ordem papal e perseguir maçons. Com isso acabaram presos e condenados a 4 anos de trabalhos forçados. Tal fato desgastou a imagem de D. Pedro II junto às lideranças eclesiásticas brasileira. A Questão Religiosa constitui-se dessa foram numa dos importantes fatores de crise do 2º Reinado.

2 comentários:

  1. Margaret thatcher, a "Dama de ferro" da Inglaterra é considerada a precursora do neoliberalismo no mundo ocidental desenvolvido seguia de perto pelo presidente americano Ronald Reagan. Quais as consequências políticas e sociais da implementação do neoliberalismo nesses dois países?

    ResponderExcluir
  2. Nossa, obrigada! Que bela lista de exercícios temos aqui.

    ResponderExcluir