sábado, 11 de agosto de 2012

Confira a correção da avaliação de História do terceiro bimestre (Primeiro ano)


Confira a correção da Avaliação de História
Primeiro ano
 

1. (Uerj) [O Brasil era] a morada da pobreza, o berço da preguiça, o teatro dos vícios.    
(VILHENA, Luís dos Santos. "A Bahia no século XVIII". Bahia: Itapuã, 1969.)

A avaliação acima, feita por um português do final do século XVIII, aponta alguns traços da sociedade do Brasil colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos proprietários de terra, existiam grupos marginalizados.
a) Indique dois grupos sociais que constituíam os marginalizados da sociedade colonial.

b) Descreva o papel desempenhado pelos grandes proprietários de terra na vida política e administrativa do Brasil colonial.

resposta:
 

a) Vadios, judeus, ciganos, escravos, prostitutas, libertos ou forros, homens livres pobres além das mulheres.

b) Os grandes proprietários de terra, por controlarem os cargos preponderantes na vida administrativa local, votavam e podiam votar nas Câmaras Municipais.

2. (Fuvest) As pirâmides a seguir representam a organização da sociedade brasileira colonial em duas regiões distintas.

a) Qual a diferença mais importante entre elas quanto à estrutura e aos grupos sociais? 

b) A que se deve essa diferença?
resposta:
a) A primeira pirâmide representa a sociedade mineradora. Nela é  representado diversos grupos sociais, mostrando, que na sociedade mineradora a sociedade era mais diversificada em profissões e oportunidades de enriquecimento. Na segunda pirâmide vemos, basicamente, dois grupos sociais: senhores de  engenho e escravos. Nela, as possibilidades de enriquecimento eram reduzidas, pois haviam poucos trabalhadores livres.
 
b) Basicamente essa diferença se deve ao fato de, na sociedade açucareira, as oportunidades de  enriquecimento passavam, necessariamente, pela  posse da terra e de recursos suficientes para  implantar uma indústria produtora de açúcar, o  engenho.





3. (PITÁGORAS) Leia a frase abaixo.
A sociedade colonial era patriarcal.
Partindo dessa frase, compare a estrutura familiar presente na colônia com a atual, apresentando uma diferença entre elas.
 
resposta:
No Período Colonial, de maneira geral, as famílias eram patriarcais, ou seja, o pai era o elemento central do sistema familiar. As funções e espaços sociais ocupados por homens e mulheres eram diferenciados. Atualmente, a estrutura familiar sofreu uma grande alteração. É possível assistirmos famílias comandadas pelo gênero feminino. As mulheres já ocupam os mesmos espaços que os homens na família, no trabalho e até mesmo nas instituições políticas.


4. (PITÁGORAS) Leia o texto a seguir.
Mulher, mulheres: como seriam no passado? O que faziam? Como viviam, ou melhor, sobreviviam? [...] [Na América Portuguesa, sua quase invisibilidade as identificava "aos de baixo". Isso porque a maioria das mulheres era analfabeta, subordinada juridicamente aos homens e politicamente inexistente. Sua condição as excluía de qualquer exercício de função nas câmaras municipais, na administração eclesiástica, proibindo-as de ocupar cargos de administração que Ihes garantissem reconhecimento social. O sistema patriarcal instalado no Brasil colonial, sistema que encontrou grande reforço na Igreja Católica, que via as mulheres como indivíduos submissos e inferiores, acabou por deixar-Ihes, aparentemente, pouco espaço de ação explícita.
PRIORE, Mary Dei. Mulheres no Brasil Colonial. São Paulo: Contexto, 2000. p. 9-10
( Repensando a História).

Um rápido olhar sobre as ruas e praças das cidades brasileiras logo destaca a crescente e colorida presença das mulheres, marcando fortemente uma diferença em relação ao passado. Os espaços públicos se tornam menos constrangedores, percebe a observadora recém-chegada, concluindo que houve uma grande mudança nos hábitos e  costumes da população. Progressivamente também nota que nos postos de gasolina, nos restaurantes e  bares, nas lojas, bancos, empresas, nas escolas e universidades, ou nas delegacias, seu número aumentou consideravelmente, mesmo que, muitas vezes, não nos postos de comando. Ainda assim, uma mulher é a atual prefeita da maior cidade do país e as negras começam a compor o ministério do governo de esquerda.
Alvarez, Sonia - Engendering Democracy in Brazil.  Princeton University Press, 1990

Após uma leitura dos textos ESTABELEÇA as permanências e as rupturas na condição da mulher no Brasil Colonial e na atualidade.

resposta:

Na atualidade as mulheres obtiveram grandes conquista e cada vez mais vai buscando seu espaço na sociedade.  A presença da mulher pode ser notada em todos os setores da vida econômica, política e social. A situação da mulher mudou consideravelmente, porém ainda percebemos que em muitos a mulher é marginalizada. Na relação de trabalho ainda são os homens que ocupam a maioria dos cargos de chefia e ainda ganham os melhores. Percebemos que muita coisa mudou, mas ainda esta longe de ser o ideal.

5. (UNESP) Parece-me cousa mui conveniente mandar Sua Alteza algumas mulheres que lá têm pouco remédio de casamento a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui bem, com tanto que não sejam tais que de todo tenham perdido a vergonha a Deus e ao mundo. E digo que todas casarão mui bem, porque é terra muito grossa e larga (…) De maneira que logo as mulheres terão remédio de vida, e os homens [daqui] remediariam suas almas, e facilmente se povoaria a terra.
(Manuel da Nóbrega. Carta do Brasil, 1549.)

Tendo como base a carta do padre Manuel da Nóbrega:
a) dê uma característica da colonização portuguesa nos seus primeiros tempos.

b) por que o jesuíta considera que as mulheres que viessem de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens residentes na colônia “remediariam suas almas”?

resposta:
a) Necessidade de ocupar o litoral da Colônia, tanto para fins de exploração econômica como de defesa. Para tanto, seria preciso intensificar o povoamento da terra pelos portugueses – até então reduzidos a uma escassa população predominantemente masculina.
b) Para as mulheres de vida “errada” (prostitutas), o casamento na Colônia “remediaria suas vidas”, ou seja, dar-lhes-ia respeitabilidade. Quanto aos homens, o casamento com mulheres portuguesas, ratificado pela Igreja, “remediaria suas almas”, já que deixariam de viver promiscuamente ou em concubinato com as mulheres indígenas.


Questões extras

1. (UFPR) "O engenho de açúcar era uma verdadeira empresa capitalista, mas era ao mesmo tempo uma comunidade patriarcal que, para suas necessidades mais vitais, vivia em regime de economia fechada."
(MAURO, Frédéric. HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo, DIFEL, 1974.)

A lavoura canavieira desempenhou papel fundamental na economia do Brasil colonial, exercendo forte influência nas condições de vida e na organização social. Quais os componentes que caracterizam a sociedade colonial brasileira durante o predomínio da economia canavieira?
 
resposta:
 A  Sociedade colonial açucareira era caracterizada pela ausência de mobilidade social, portanto estamental. Além disso,  destaca-se seu caráter oligárquico/aristocrático, onde uma elite rural exerce pleno poder sobre os demais grupos sociais. Vale  ressaltar o caráter patriarcal desta sociedade, herança que persiste no Brasil até hoje.


2. (PITÁGORAS) NÃO podemos afirmar sobre a ação da Igreja durante o período colonial que

a) a Igreja se preocupou demasiadamente com a sexualidade do povo esquecendo as injustiças cometidas pelos poderosos.
b) o Santo Ofício era o órgão da Igreja responsável pelo estabelecimento dos padrões de comportamentos do povo.
c) a Inquisição foi um dos meios utilizados pelos reis com o aval da Igreja para perseguir prender e matar os opositores políticos.
d) a Inquisição foi uma instituição importante, pois regulamentou a existência de outras religiões na colônia estabelecendo assim a liberdade religiosa.
e) a Igreja, através da Inquisição estabeleceu um grande controle no modo de vida da população do reino e da colônia, ditando regras e normas de conduta.

resposta:[D]
A alternativa D está incorreta pois a Inquisição perseguia os adeptos de outras religiões na América Portuguesa, tais como os cristãos-novos que conservavam praticas judaizantes, assim como os adeptos do luteranismo e do calvinismo. A intolerância foi uma prática constante em relação à religião na colônia.

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