sexta-feira, 13 de julho de 2012

Confira a correção da recuperação (Terceiro Ano)


 Confira a correção da avaliação de recuperação semestral de História do Brasil
Terceiro ano
 
1. (FGV) A administração de Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII, caracterizou-se
a) por uma forte intolerância religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades dos judeus e dos católicos.
b) pela proteção às pequenas e médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de açúcar e tabaco em Pernambuco.
c) por uma ocupação territorial limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas suas colônias africanas.
d) por inúmeras vantagens econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada pela imposição do calvinismo.
e) pela atenção aos proprietários luso-brasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos engenhos e a compra de escravos.

resposta:[E]
 A administração de Maurício de Nassau no Brasil holandês foi responsável pela revitalização da produção açucareira paralisada pelas batalhas entre os luso-brasileiros e os invasores holandeses. Em seu governo foram concedidos empréstimos aos senhores de engenhos e realizados diversos investimentos urbanísticos em Pernambuco.


2. (FGV) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:

a) A urbanização da Amazônia, o início do ciclo do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes;
b) A introdução do trafico negreiro, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra;
c) A industrialização de São Paulo, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais;
d) A preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeiro, a introdução de operários europeus;
e) O aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o centro-sul.

resposta:[E]
Entre as principais consequências da mineração no Brasil ao longo do século XVIII, inclui-se o desenvolvimento de um intenso comércio interno, fator que promoveu uma grande integração entre diferentes regiões da colônia, também podemos afirmar que a mineração promoveu um fator de diferenciação na sociedade que se tornou mais urbanizada do que a sociedade açucareira que predominou nos séculos anteriores no Nordeste brasileiro, bem como a mudança do eixo econômico para o Centro-Sul e a capital para o Rio de Janeiro.




3. (PITÁGORAS) Veja as imagens. Elas apresentam alguns aspectos da economia do Brasil colonial.












    
       Mineração                                             

 



Pecuária                                    
 

Cana de açúcar              
http://www.brasilescola.com/historiab/pecuaria-no-periodo-colonial.htm

Leia as afirmativas a seguir sobre a economia do Brasil colonial.

1 – Salvador deixou de ser a capital do Brasil, sendo substituída pelo Rio de Janeiro, que possuía melhor localização, segundo os interesses da Coroa.
2 – A área colonial recebeu intenso fluxo de migração interna e externa e nela predominou, inicialmente, uma atividade econômica sem o suporte adequado de outras, o que gerou escassez de alimentos e inflação.
3 – A metrópole passou a exercer um maior controle fiscal e político sobre a área colonial em questão, aumentando o corpo de funcionários administrativos.

As afirmativas anteriores REFEREM-SE à(ao):
a) Mineração.
b) Pecuária.
c) Cultivo de cana-de-açúcar.
d) Exploração do pau-brasil.
e) Extração das drogas do sertão.


resposta:[A] 
Todas as assertivas dizem respeito ao período da mineração durante o século XVIII no Brasil colonial.


4. (PITÁGORAS) Em realidade, se o ouro criou condições favoráveis ao desenvolvimento interno da colônia, não é menos verdade que o ouro também dificultou o aproveitamento dessas condições ao entorpecer o desenvolvimento manufatureiro da metrópole."

"O ouro deixou buracos no Brasil, igrejas em Portugal e fábricas na Inglaterra."
As expressões acima, muito citadas pelos historiadores, define a herança deixada pela mineração no Brasil. Como consequência:

a) que grande parte do ouro brasileiro era levado para as manufaturas inglesas em função do comércio deficitário entre o Brasil e a Inglaterra, que comprava o algodão bruto e exportava tecidos.
b) O comércio deficitário entre a metrópole portuguesa e o reino inglês favoreceu o escoamento do ouro brasileiro para o setor manufatureiro têxtil da Inglaterra, sobretudo após o tratado de Methuen.
c) A Inglaterra apoderou-se da maior parte do ouro brasileiro através da pirataria e das atividades corsárias.
d) As guerras ocorridas na Europa, nas quais Portugal sempre esteve do lado da Inglaterra, procovaram a transferência de grande parte das riquezas auríferas extraídas do Brasil.
e) A transferência de grande parte das riquezas minerais exercidas do Brasil para a Inglaterra resultou, principalmente, da importação de máquinas e equipamentos pelo reino português.

resposta:[B]

A célebre frase atribuía ao escritor uruguaio Eduardo Galeano se explica devido ao fato de que boa parte do ouro produzido no Brasil foi parar nos bancos ingleses contribuindo para o processo de acumulação primitiva de capitais, devido ao fato de Portugal possuir uma grande dependência econômica em relação à Inglaterra. Um exemplo dessa dependência é a assinatura do Tratado de Methem ou "panos e vinhos" que acarretou num grande endividamento da economia lusitana em relação aos ingleses.


5. (PITÁGORAS) Leia o texto a seguir:
A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."

(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)

Podemos afirmar que o texto anterior defende a ideia de inferioridade dos povos indígenas e africanos? JUSTIFIQUE a sua resposta.

resposta:
Não, o texto revela somente que a sociedade colonial criou oportunidades para a hierarquização das “raças” baseados em critérios de cultura e cor de pele.

Questões extras

1. (PITÁGORAS) Leia a afirmação abaixo.
“No sigilo das grossas portas fechadas, nascia o ideário de liberdade dos inconfidentes”.
Sobre a Inconfidência Mineira, responda:
a) Quais suas principais características?
 resposta:
 Movimento elitista, revolucionário, questionador, não contou com a participação popular e se omitiu em relação à escravidão.

b) Em que quadro ideológico e histórico ela se insere?
resposta:
Influência das ideias iluministas no contexto histórico de crise do antigo sistema colonial.

c) EXPLIQUE o que a Conjuração Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) possuem em comum.

resposta:
Elas visavam à emancipação política do Brasil e expressavam insatisfação com a política metropolitana portuguesa.


2. (PITÁGORAS) Analise os textos a seguir.

TEXTO 1                                                                                              

http://www.ecodebate.com.br/foto/trabescravo.jpg. Acesso em 19/05/2010

TEXTO 2

Pior que gado
(...)
“De um modo geral, em todas as carvoarias inspecionadas observou-se: (...) O trabalho é realizado em condições absolutamente aviltantes e degradantes, em total ofensa à própria dignidade dos trabalhadores, o que, segundo entendo pela atual redação do artigo 149 do Código Penal Brasileiro, tipifica a conduta pertinente à redução à condição análoga à de escravo”.
(...)
Tempos modernos
            A fumaça arde os olhos e aperta a respiração. Nas carvoarias tudo é negro: a madeira queimada desenha nos homens uma armadura sinistra, uma camuflagem que os confunde com o próprio carvão que produzem. São como cavaleiros fantasmagóricos, escondidos pela cortina de fumaça que sai dos fornos, protegidos por senhores que os alimentam e os deixam dormir no curral.
            Poderiam viver em qualquer tempo, talvez na Idade Média. Ou na época em que homens e mulheres eram caçados e atirados em porões negreiros. Nos tempos atuais, estão um tanto deslocados, não têm identidade, estudo, renda, liberdade. Não votam, não pagam impostos, não têm os direitos reconhecidos. É uma cena surrealista acompanhar uma libertação de escravos num dia comum de 2004.
            (...)
Observatório Social Em Revista. Trabalho escravo no Brasil. N°6. Junho de 2004

a) De acordo como texto 1, o que diz a legislação brasileira sobre a escravidão nos dias atuais?

b) Identifique uma semelhança entre o trabalho escravo no Brasil Colonial e o trabalho escravo no Brasil atual.

c) Cite duas medidas políticas que poderiam ser tomadas na tentativa de erradicar o trabalho escravo no Brasil atual.

resposta:
a) A escravidão atualmente é ilegal. O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 149, estabelece pena de dois a oito anos e multa para quem reduzir alguém à “condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
b) Na atualidade, o trabalho escravo se assemelha ao trabalho escravo - no Brasil Colonial -, pois continua sendo uma atividade penosa e insalubre.
c) Combater a impunidade; fornecer recursos adequados os agentes da lei; o confisco de terras dos criminosos; programas integrados, que combinem prevenção e reabilitação.

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