quinta-feira, 31 de maio de 2012

Assista ao filme Mauá, o imperador e o rei


 Assista ao filme Mauá, o imperador e o rei
 

MAUÁ, O IMPERADOR E O REI
(Brasil. 1999)
DIREÇÃO: Sérgio Resende
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna; 134 min.
RESUMO
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX.
Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.

CONTEXTO HISTÓRICO
A aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano.
Nessa realidade, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana. Suas iniciativas iniciam-se em 1846, com a aquisição de um estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção naval. No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a vapor, estradas de ferro comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia.
Suas iniciativas vanguardistas representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai, acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços reduzidos de suas empresas.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Saiba mais sobre a política externa no II Reinado


Teste seus conhecimentos sobre a Política Externa brasileira durante o Segundo Reinado (1840-1889)

1. (Pucmg) A chamada "Questão Christie" teve origem a partir de dois incidentes de pouca relevância, mas, no contexto das relações anglo-brasileiras na segunda metade do século XIX, atingiram dimensões graves, tendo como conseqüências, EXCETO:
a) a afirmação da soberania brasileira reconhecida pela Grã-Bretanha.
b) o rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a Inglaterra.
c) a promulgação do Bill Aberdeen por parte do parlamento britânico.
d) o arbitramento do rei belga Leopoldo I favorável ao Brasil.


resposta:[C]

2. (UFG) Durante o 2º Reinado, as relações entre o Brasil e a Inglaterra ficaram tensas. Nesse clima, a Questão Christie (1863) foi deflagrada pela
a) resistência das elites escravistas brasileiras em extinguir o tráfico de africanos, gerando descontentamento entre os diplomatas ingleses.
b) decisão do governo brasileiro de não renovar o tratado de comércio com a Inglaterra, favorecendo a situação financeira do governo imperial.
c) aprovação da lei Bill Aberdeen pelo Parlamento inglês, proibindo o tráfico de escravos no Atlântico, sob pena da apreensão de navios negreiros.
d) pilhagem da carga de um navio inglês naufragado no Brasil e pelo aprisionamento, pela Inglaterra, de navios brasileiros no Rio de Janeiro.
e) instabilidade nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra, decorrente da entrada de produtos industrializados, principalmente dos Estados Unidos.


resposta:[D]

3. (Mackenzie) Considere as afirmativas abaixo, sobre os objetivos da Política Externa Brasileira, na região platina, durante o segundo Reinado.
I - Visava impedir a restauração do Vice-Reinado do Prata, fato que ampliava a soberania da Argentina na região.
II - Defendia a não intervenção nas questões platinas para manter o relacionamento amistoso com o Paraguai e Uruguai, seus aliados.
III - Procurava garantir a livre navegação para preservar a comunicação e escoamento de produtos das províncias do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
IV - Apoiava a reunificação dos Estados Platinos para evitar o imperialismo inglês na região.

Assinale:
a) se I, II e III forem corretas
b) se I e III forem corretas
c) se II e IV forem corretas
d) se todas forem corretas
e) se todas forem erradas


resposta:[B]

4. (Pucpr 2004) O Segundo Reinado (1840-1889) marcou o auge da forma de governo monárquica no Brasil. A respeito da política externa dessa época, assinale a única alternativa INCORRETA.

a) O Império, aproveitando-se da rebelião dos seringueiros e revelando traços imperialistas, obteve da Bolívia a região do Acre, formalizando a conquista com o Tratado de Petrópolis.
b) A Questão Christie culminou com o rompimento de relações diplomáticas com a Inglaterra.
c) O Império inverveio militarmente no Uruguai e provocou a queda de Aguirre, do Partido Blanco, apesar da solidariedade que este tinha de Solano Lopes.
d) O Império interveio militarmente na Argentina, juntamente com algumas províncias deste país, em rebelião contra seu presidente, João Manuel Rosas.
e) Nenhum atrito digno de registro ocorreu entre o Brasil e o Império Alemão, do qual recebemos numerosos colonos ou imigrantes.


resposta:[A]

5. (PITÁGORAS)
Região Platina: conflitos durante o Império


http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/guerra_cisplatina_provincia

Sobre os conflitos do Brasil na região platina é INCORRETO afirmar que:
A)   Na guerra da Cisplatina, o Brasil perdeu a região do Uruguai.
B)   Na guerra do Paraguai, o Brasil venceu ao lado dos aliados.
C)  O Brasil venceu um conflito contra a Argentina e o Uruguai.
D)  O Paraguai venceu o Brasil na disputa pela posse de territórios.

resposta:[D]


6. (Cefet 2006) Na política externa do Segundo Reinado, o Brasil desenvolveu intervenções no Uruguai, na Argentina e no Paraguai, caracterizando:
a) As Questões Platinas.
b) A Questão Militar.
c) A Questão Religiosa.
d) A Guerra do Pacífico.
e) A Guerra do Chaco.


resposta:[A]

7. (UFF) Ao longo do século XIX, a lnglaterra deu inúmeras demonstrações de seus interesses políticos e econômicos na América Latina, atuando, direta ou indiretamente, em diversos conflitos inter-americanos. Assinale a opção que caracteriza melhor a atuação inglesa em uma das questões platinas.
a) A Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, responsável pela derrota paraguaia em 1870, não foi senão um disfarce para as ambições colonialistas inglesas na região platina.
b) A Inglaterra foi a grande vitoriosa na Guerra do Paraguai, onde interveio com sua Marinha de guerra, pois temia que Solano López transformasse o Paraguai em potência concorrente do capitalismo britânico.
c) A intervenção inglesa na Guerra do Paraguai, a partir de 1866, tinha por objetivo assenhorear-se da produção paraguaia de algodão, uma vez que a indústria têxtil britânica se viu privada de sua principal matéria-prima com a derrota do sul escravista na Guerra de Secessão, em 1865.
d) A Inglaterra interveio diretamente contra o governo argentino de Juan Manuel de Rosas, na década de 40, a ponto de a Armada inglesa bloquear o porto de Buenos Aires.
e) A intervenção inglesa contra o regime de Juan Manuel de Rosas, nos anos 40, objetivou restaurar o bloqueio de Buenos Aires na embocadura do Rio da Prata, considerado essencial para o livre comércio na região.


resposta:[D]

8. (UFSC) Durante o século XIX ocorreram, na região platina, conflitos armados, o mais importante dos quais foi a Guerra do Paraguai. Sobre estes conflitos, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
01. A região platina, que hoje corresponde à Argentina, Paraguai e Uruguai, era muito importante para o Brasil. A navegação, nos rios da Bacia do Prata, era praticamente o único meio de acesso à província de Mato Grosso.
02. Desde a época colonial ocorreram conflitos na região. Portugal e Espanha disputaram a Colônia do Sacramento. No século XIX, brasileiros e argentinos disputaram o domínio da Banda Oriental que recebeu o nome da Província Cisplatina. 04. No decorrer do século XIX, o Império Brasileiro interveio na região, na Guerra da Cisplatina, na luta contra Oribe e Rosas, na Guerra contra Aguirre e na Guerra do Paraguai.
08. O projeto expansionista de Solano Lopez, que pretendia transformar o Paraguai numa potência continental (Paraguai Maior), é uma das causas da Guerra do Paraguai. 16. Recentemente, os países, outrora envolvidos nos conflitos platinos, uniram-se para formar o MERCOSUL, bloco que favorece o comércio na região.
32. Ao final da guerra, o Paraguai foi destruído e deixou de existir como Estado Independente. O seu território foi incorporado à província argentina de Entre Rios e às províncias brasileiras do Mato Grosso e Rio Grande. O conflito foi também, no Brasil, uma das causas da proclamação da República.


resposta:01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31

9. (Puccamp) Leia os trechos do poema.
O Leão Britânico ruge, Impera,
Domina, Quer o mundo a seus pés; (...)
O Leão não admite concorrência,
Para isso tem dentes ávidos,
Estômago de máquina a vapor,
Cérebro capaz de gerar navios,
Frotas, esquadras inteiras, Ele próprio ancorado
No canal da Mancha.
O Leão se alimenta de ouro, prata,
De toneladas de algodão,
Devora carne humana
Com sua boca de fornalha.
Que é esse esquilo
Que incomoda a sua cauda?
Essa república insubmissa
Fora do controle de suas unhas? (...)
Com intrigas e chacinas,
Há que se jogar irmão contra irmão
Na América Latina.
(Raquel Naveira. "Guerra entre irmãos". Campo Grande: s/ed., 1993, p. 17-8)

O poema traduz uma interpretação do envolvimento direto da Inglaterra na Guerra
a) da Cisplatina, disputa entre Argentina e Brasil para decidir a quem pertenceria a chamada "Banda Oriental" (atual Uruguai).
b) do Pacífico, um conflito entre Argentina e Paraguai pela disputa de uma saída para o Oceano Pacífico.
c) do Paraguai, momento em que a Tríplice Aliança desencandeia uma luta contra o interesse do Paraguai de obter acesso ao Oceano Atlântico.
d) contra Aguirre, quando as forças militares do governo brasileiro invadiram o Uruguai, em razão dos conflitos de terra na fronteira entre os dois países.
e) contra Rosas, marcando um intenso conflito entre Brasil e Argentina pela anexação do Uruguai e Paraguai.


resposta:[C]

10. (Ufrrj) Leia o texto a seguir sobre a Guerra do Paraguai.
Enquanto o café seguia sua marcha no Oeste Paulista e as propostas de abolição gradual da escravatura davam os primeiros passos, um acontecimento internacional iria marcar profundamente a história do segundo Império. Esse acontecimento foi a Guerra do Paraguai, travada por mais de cinco anos, entre 11 de novembro de 1864, quando ocorreu o primeiro ato das hostilidades, e 1 de março de 1870. Ela é conhecida, na América espanhola, como Guerra da Tríplice Aliança.
BORIS, F. "História do Brasil". São Paulo: Edusp, 1995. p. 208.

A declaração de guerra do Paraguai ao Brasil deu início ao mais longo conflito em território americano. Pode-se afirmar que a Guerra do Paraguai
a) resultou do acirramento da competição na região do Prata, especialmente pelo controle da produção de charque.
b) foi incentivada pelo apoio da Inglaterra ao Paraguai, na tentativa de fortalecimento do controle econômico sobre a região do Prata.
c) teve como conseqüência a demonstração de poder político da Inglaterra, especialmente após a Questão Christie.
d) levou à formação da Tríplice Aliança, unindo Brasil, Argentina e Uruguai, contra o Paraguai de Francisco Solano López.
e) ocasionou uma nova composição de forças, envolvendo Brasil, Argentina e Bolívia, após o aprisionamento do navio brasileiro "Marquês de Olinda", pelo Uruguai.


resposta:[D]

11. (Uftpr) A Guerra do Paraguai foi um conflito muito sangrento e se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870, envolvendo a "Tríplice Aliança" (Brasil, Argentina e Uruguai) contra o Paraguai, que foi derrotado. Levando-se em conta os fatores históricos desse processo, é INCORRETO afirmar que:
a) Esta guerra marcou a formação do exército brasileiro e o apogeu e decadência da monarquia brasileira.
b) O Paraguai no século XIX era um país diferente do conjunto latino-americano, por ter alcançado um progresso econômico autônomo.
c) Sob o comando de Caxias, foi tomada Assunção. Após a tomada da capital paraguaia, o conde D Eu assumiu como general em chefe as forças aliadas até a morte de Solano Lopes, quando teve fim a guerra.
d) A guerra foi responsável pela morte de mais de 90% da população masculina do Paraguai com mais de 20 anos, sobrevivendo apenas idosos, crianças e mulheres.
e) O Brasil não teve uma perda significativa de homens e nem tampouco endividamento externo. Na verdade, o Brasil foi o grande beneficiário desse conflito, impondo sua hegemonia por toda bacia Platina.


resposta:[E]

12. (UFC 2008) Leia o texto a seguir.
"(...) estava o terreno coalhado de moribundos e feridos inimigos. Vários dos nosso soldados, ébrios da pólvora e do fogo, queriam acabá-los. Horrorizados, debalde esforçavam-se nossos oficiais em lhes arrancar as vítimas às mãos, exprobrando-lhes a indignidade de semelhante chacina."

TAUNAY, Alfredo d Escragnolle. "A retirada da Laguna: episódio da Guerra do Paraguai." São Paulo: Melhoramentos, 1929, pp. 90-91

Ocorrida no período de 1864 a 1870, a Guerra do Paraguai foi o primeiro grande conflito protagonizado pelo exército brasileiro. Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que melhor define a participação do Brasil naquela conflagração.
a) O Brasil entrou no conflito para se defender de ataques infligidos contra seu litoral pela marinha paraguaia.
b) A capacidade de comando dos oficiais brasileiros impôs, ao Paraguai, uma derrota rápida e devastadora.
c) A participação do Brasil no conflito atendeu a uma imposição do governo inglês, que tinha interesse político na região.
d) A participação do Brasil foi caracterizada pela improvisação de um exército nacional, no qual atuaram prisioneiros, escravos, índios, mulheres e crianças.
e) A Guerra do Paraguai contribuiu para a elaboração da primeira legislação militar da época, que vetava a convocação compulsória de civis.


resposta:[D]

13. (Fatec) Analise as afirmações sobre o contexto histórico da Guerra do Paraguai.
I. O Paraguai era governado por Francisco Solano López, e o Brasil era governado pelo imperador D. Pedro II.
II. O início da guerra está ligado à invasão da Argentina por tropas brasileiras, derrubando o presidente eleito pelo Partido Blanco e colocando candidato do Partido Colorado no poder.
III. Contra o Paraguai, os governos argentino, uruguaio e brasileiro formaram a Tríplice Aliança.
IV. O resultado dessa guerra, para o Paraguai, foi não ter jamais se recuperado desse desastre militar; sua população masculina foi praticamente dizimada. Para o Brasil, significou o fortalecimento do Exército e a contração de novos empréstimos, aumentando a dívida externa, para compensar os gastos com a guerra.

É correto o que se apresenta em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.


resposta:[C]

14. (Uece) Foi um dos conflitos mais sangrentos ocorridos no Continente Americano (1861-1865). Estima-se a morte de 970 mil pessoas entre civis e soldados. Dentre as causas do conflito destacam-se a questão da escravidão e a rivalidade econômica entre o Norte industrializado e o Sul agrícola. Estamos nos referindo
a) à Guerra Civil Americana, mais conhecida como Guerra de Secessão.
b) à Guerra das Rosas, travada entre o Canadá e os Estados Unidos da América pela disputa de mercado consumidor e exportador.
c) à Guerra do Paraguai, maior conflito armado internacional ocorrido no continente americano no séc. XIX, também chamada de Guerra da Tríplice Aliança.
d) a um dos conflitos pela independência do México desencadeando uma Guerra Civil travada entre diferentes províncias que divergiam entre si.


resposta:[A]


15. (PITÁGORAS) Observe a charge a seguir:



 
















FONTE: NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César: História do Brasil para Principiantes: 500 anos de idas e vindas. São Paulo: Ática. 2007. p.180.

A charge refere-se à Guerra do Paraguai, ocorrida entre os anos de 1864 e 1870, envolvendo Brasil, Argentina e o Uruguai contra o Paraguai.
Considere as afirmativas sobre este conflito:

I. Uma das razões para a eclosão do conflito foi a disputa pelo controle da Bacia do Prata.
II. O Paraguai, após a derrota, ficou totalmente arruinado, com território reduzido, grande parte da população masculina adulta morreu, suas indústrias e plantações foram destruídas.
III. O exército brasileiro sentiu-se fortalecido após a Guerra e passou a defender a abolição da escravatura e a proclamação da República.
IV. A Tríplice Aliança, representada pelo Brasil, Uruguai e Argentina, foi recompensada no final do conflito com territórios e notável desenvolvimento econômico.

 É CORRETO o que se afirma nas alternativas:
a) I e II.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.

resposta:[C]



16. (UEL/PR) Observe as imagens a seguir:
Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a política de recrutamento no Brasil na época da Guerra do Paraguai (1864-1870), assinale a alternativa que remete à interpretação de Ângelo Agostini sobre o tema:
A - O autor enfatiza a harmonia presente na política de recrutamento para a Guarda Nacional, a qual obteve o apoio do conjunto da população brasileira, que se dispôs a ser "Voluntário da Pátria".
B - Os desenhos de Agostini constituem-se numa exaltação ao patriotismo, pois conclamam à adesão de todos os brasileiros para lutar contra o Paraguai.
C - O traço caricatural nos desenhos do autor denota o seu vínculo com a imprensa monárquica, que buscava mobilizar a população usando de estratégias humorísticas.
D - Ao compor uma situação imaginária da paisagem brasileira, Agostini afasta-se da realidade apresentada pelos desdobramentos da Guerra do Paraguai no cotidiano da época.
E - Agostini apresenta uma caricatura do cenário político brasileiro que remete à Guerra do Paraguai, período no qual as populações livres pobres são aterrorizadas com o recrutamento forçado.

Resposta:[E]

17. (FUVEST/SP) O caderno MAIS! da Folha de S.Paulo, em sua sessão Memória, apresentou artigo de Francisco Doratioto com o título "As Versões de um Mito". O artigo trata do bicentenário de nascimento do Duque de Caxias, oportunidade para reconstruir a figura do militar brasileiro à luz de seu tempo. De acordo com o artigo: "A longa carreira militar de Caxias confundiu-se com a história do Império do Brasil. No fortalecimento do Estado monárquico, Caxias participou de quase todos os conflitos armados, em defesa do projeto de centralização política e manutenção de integridade territorial do país."
(Fonte: Folha de S. Paulo, 07/09/2003)

A respeito de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, é correto afirmar:
a) Tomou parte diretamente nos governos das regências trinas durante o Período Regencial.
b) Mediante o uso combinado da força e da negociação, obteve o fim da Revolta Farroupilha ou Guerra dos Farrapos.
c) Comandou as forças imperiais que derrotaram e reprimiram a Revolução Praieira, em Pernambuco.
d) Comandante das forças imperiais, na Guerra do Paraguai, comandou a feroz perseguição contra Solano Lopez, que culminou com a morte do presidente paraguaio em Cerro Corá.
e) Incompatibilidade com o governo imperial, foi um dos articuladores do movimento republicano nos meios militares.

Resposta:[B]

18. (UFRRJ/RJ) Leia o texto abaixo sobre a Guerra do Paraguai.
Enquanto o café seguia sua marcha no Oeste Paulista e as propostas de abolição gradual da escravatura davam os primeiros passos, um acontecimento internacional iria marcar profundamente a história do segundo Império. Esse acontecimento foi a Guerra do Paraguai, travada por mais de cinco anos, entre 11 de novembro de 1864, quando ocorreu o primeiro ato das hostilidades, e 1o. de março de 1870. Ela é conhecida, na América espanhola, como Guerra da Tríplice Aliança.
(BORIS, F. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 208.)

A declaração de guerra do Paraguai ao Brasil deu início ao mais longo conflito em território americano. Pode-se afirmar que a Guerra do Paraguai:
A - resultou do acirramento da competição na região do Prata, especialmente pelo controle da produção de charque;
B - foi incentivada pelo apoio da Inglaterra ao Paraguai, na tentativa de fortalecimento do controle econômico sobre a região do Prata;
C - teve como conseqüência a demonstração de poder político da Inglaterra, especialmente após a Questão Christie;
D - levou à formação da Tríplice Aliança, unindo Brasil, Argentina e Uruguai, contra o Paraguai de Francisco Solano López;
E - ocasionou uma nova composição de forças, envolvendo Brasil, Argentina e Bolívia, após o aprisionamento do navio brasileiro “Marquês de Olinda”, pelo Uruguai.

Resposta:[D]


19. (UFRGS) Leia o texto que segue: "A mais longa, mais sanguinolenta e mais destrutiva das guerras que assolaram a América do Sul no século XIX foi a Guerra do Paraguai, ou Guerra da Tríplice Aliança, que começou com a declaração de guerra pelo Paraguai em primeiro lugar ao Brasil e depois à Argentina, seguida por uma invasão de territórios desses dois países, e acabou por se tornar uma guerra travada entre Brasil, Argentina e Uruguai para a destruição do Paraguai.
(BETHEL, Leslie. A Guerra do Paraguai. História e historiografia. In: MARQUES, Maria E. C. Magalhãaes (org). A Guerra do Paraguai 130 anos depois. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.)
Quanto às causas da maior guerra que assolou a América do Sul no século XIX, é correto afirmar que:
a) o poderio militar e econômico do Paraguai determinou a eclosão da Guerra, que procurava deter o vertiginoso crescimento desse país;
b) o Império do Brasil participou da Guerra, pois o Paraguai representava uma séria ameaça à sua soberania nacional;
c) a Inglaterra procurou evitar ou, pelo menos, retardar ao máximo a eclosão desse conflito;
d) a Guerra foi o resultado de velhas rivalidades platinas e do processo de formação dos estados nacionais na região;
e) a opinião pública dos países integrantes da Tríplice Aliança sempre foi favorável à Guerra em todas as suas fases.

Resposta:[D]

20. (FGV/RJ) A Questão Christie teve como efeito:
a) o exercício de represálias navais inglesas contra o Brasil;
b) o rompimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a Inglaterra;
c)  a vitória brasileira no arbitramento do rei dos belgas, Leopoldo I;
d)  o reatamento das relações entre os dois países em 1865;
e)  todas as respostas combinadas.

resposta:[E] 


21. (PITÁGORAS) A chamada “Questão Christie” colocou em lados opostos o Império Brasileiro e sua tradicional aliada, a Inglaterra, transformando um pequeno incidente numa questão diplomática, a qual acabou por demandar mediação internacional.
A) Explique as origens da Questão Christie.
B) Comente os riscos que o Império brasileiro corria ao indispor-se com a Inglaterra.

RESPOSTA:
A) A Questão Christie tem suas origens em episódios localizados e sem grande importância entre ingleses e brasileiros. Foi o caso, por exemplo, do saque efetuado a um navio inglês que havia encalhado em águas brasileiras, ou à prisão de marinheiros ingleses que, bêbados, faziam arruaças no Rio de Janeiro. O problema maior, contudo, estava na intransigência do então embaixador do Reino Unido no Brasil, William Christie, o qual deu relevância diplomática a tais incidentes.
B) A questão tomou tal vulto que o Brasil foi obrigado a romper relações diplomáticas com o Reino Unido, colocando em risco a hegemonia econômico-financeira que tal país tinha sobre a economia brasileira.







terça-feira, 29 de maio de 2012

Saiba mais sobre a política interna no II Reinado


Teste seus conhecimentos sobre a política interna durante o Segundo Reinado (1840-1889)

1. (Unesp) Leia os versos e responda.
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.

Quem põe governança
Na mão de criança
Põe geringonça
No papo de onça.
(Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, "As barbas do imperador") 

a) A qual episódio da história brasileira os versos fazem referência?
b) Indique duas características do sistema político vigente no Segundo Império.


resposta:
a) O Golpe da Maioridade.
b) Alternância no poder dos Partidos Liberal e Conservador – ambos ligados à elite dominante; a partir de 1847, vigência do “parlamentarismo às avessas”, caracterizado pelo predomínio do Poder Moderador.
Obs. – É preferível falar-se em Segundo Reinado para o período de 1840-1889, e não  Segundo Império, pois o Império Brasileiro foi um só, de 1822 a 1889.

2. (Fuvest)
Canção 1
Suba ao trono o jovem
Pedro Exulte toda a Nação;
Os heróis, os pais da Pátria
Aprovaram com união.

Canção 2
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.

Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.

Compare as quadrinhas populares e responda:
a) Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito anos, como previa a Constituição?
b) Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas canções populares?


resposta:
a) D. Pedro II, que deveria assumir o trono aos 18 anos, o fez com 14, através do Golpe da Maioridade, em 1840.
Esse golpe foi articulado no Parlamento a partir de um projeto apresentado pelos liberais.
b) As duas canções representam duas maneiras diferentes de avaliar o Golpe da Maioridade. A primeira defende D. Pedro II como aquele capaz de unir o país, fato importante, tendo em vista as inúmeras revoltas regionais que aconteciam na época. Já a segunda, pensa no golpe apenas como um arranjo político entre liberais, que articularam o golpe, e conservadores, que permaneceram no poder, junto a D. Pedro II, por mais alguns anos.

3. (Pucmg) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império."

Carvalho, J. Murilo de. TEATRO DE SOMBRAS. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.

O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das idéias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a idéia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.


resposta:[B]

4. UFRS) Considere o texto a seguir. "Nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição..."
(Oliveira Viana)

O texto se refere
a) à política positivista durante a 1 República no RS, que se orientava pela doutrina de Augusto Comte e tinha como um de seus lemas: "conservar melhorando".
b) ao conflito político entre o partido português, que queria conservar o Brasil nas mãos de Portugal, e o partido brasileiro, que queria libertar o Brasil da dominação colonial, no início do século XIX.
c) à política parlamentar no Império Brasileiro, que fazia aparentemente distinção entre políticos liberais e conservadores.
d) à ideologia liberal inglesa, vinda para o Brasil no século XIX, que entrou em conflito com a liberal norte-americana, divulgada desde a Conjuração Mineira.
e) aos conservadores e liberais, no período regencial, que se distinguiam ideologicamente por programas políticos opostos.


resposta:[C]
5. (Unirio)
A bandeira imperial, mostrada anteriormente, bem representa a arquitetura política que se constrói em torno da Coroa e que se consolida no Segundo Reinado. Os ramos de café e tabaco, circundando a Coroa, querem representar as bases de sustentação da mesma, ao passo que ela - Coroa - representa a articulação daqueles interesses que a sustentam. Podemos afirmar que, a partir da Maioridade, a sustentação da Coroa e o seu poder de articulação e representação de interesses foram garantidos por um(a):
a) pacto anticentralismo que, inspirado no modelo parlamentar inglês, reforçava o poder dos presidentes de províncias e das assembléias provinciais.
b) pacto entre liberais e conservadores que, ao limitar o poder da Coroa, abria espaços para uma livre atuação das elites no nível local.
c) pacto das elites em torno da manutenção dos interesses escravistas que a Coroa deveria garantir.
d) articulação dos conservadores com a Coroa, que previa uma completa exclusão dos liberais do cenário político.
e) reforma constitucional que, ao limitar o Poder Moderador, garantia os espaços de atuação de liberais e conservadores.

resposta:[C]

6. (Mackenzie)
I - O parlamentarismo às avessas consolidou o revezamento dos partidos no poder e as eleições fraudulentas.
II - O imperador apresentava-se à opinião pública como uma figura neutra, pois aparentemente não era responsável pela escolha do ministério e nem pela composição da Câmara.
III - O parlamentarismo brasileiro seguia rigidamente o modelo europeu, sendo o poder de governar atribuição do chefe de governo e não do chefe de Estado.
IV - O poder moderador contribuiu para que o parlamentarismo brasileiro fosse autônomo e sem a ingerência do imperador.

Relativamente às afirmações anteriores, referentes ao Parlamentarismo no Brasil durante o Segundo Reinado, podemos afirmar que:
a) somente I e III são corretas.
b) somente I e II são corretas.
c) somente III e IV são corretas.
d) todas são corretas.
e) todas são incorretas.


resposta:[B]

           
7. (PITÁGORAS) Observe a charge a seguir:


 

Página acessada em maio de 2010.

Na charge, D. Pedro II aparece controlando o “carrossel político” durante o Segundo Reinado. Sobre o modelo de Estado vigente neste período é CORRETO afirmar que:
A) As fraudes eleitorais foram contidas, sendo as eleições disputadas democraticamente entre os principais partidos da época – o liberal e o conservador.
B) Foi adotado o parlamentarismo, sendo que este era completamente “avesso” ao modelo inglês por concentrar grandes poderes nas mãos do imperador.
C) Os partidos políticos – liberal e conservador, possuíam divergências políticas e ideológicas muito fortes, levando-os a uma disputa intensa no período.
D) Caracterizou-se pela descentralização política favorecendo o poder de mando das elites regionais ao restabelecer a Guarda Nacional.

 Resposta: [B]


8. (Mackenzie) "A vontade popular, passiva e dominada, adaptava-se à ordem do pensamento do estamento burocrático, cuja cúpula dirigente era o Poder Moderador (...) A intervenção do poder pessoal mostrava-se franca e direta, como um golpe de Estado, ou dissimulada e sub-reptícia (...). A hábil alternação dos partidos no governo enfraquecia o azedume das quedas."
Raymundo Faoro

O texto retrata um período histórico e suas características. Assinale-o.
a) Período Joanino e a transferência do Estado Metropolitano para o Brasil.
b) A fase regencial e as lutas políticas internas.
c) A República Velha e sua estrutura oligárquica.
d) O Segundo Reinado e o Parlamentarismo às avessas.
e) O Estado Novo e a Constituição de 1937.


resposta:[D]

9. (Mackenzie) "Ora, dizei-se: não é isto uma farsa? Não é isto um verdadeiro absolutismo, no estado em que se acham as eleições no nosso país? (...) O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis, aí está o sistema representativo do nosso país!"
(Nabuco de Araújo, discurso ao Senado (17/07/1868), citado no Manifesto Republicano de 1870.)

10. (Ufrrj) Tido como ponto de partida para o movimento de 15/11/1889, o Manifesto, em sua crítica ao funcionamento das instituições políticas do Império, questiona o Poder Moderador e o sistema parlamentar vigentes na época.
a) Aponte o responsável pelo exercício do Poder Moderador, segundo a Constituição de 1824.
b) Explique, a partir do texto, o porquê de diversos historiadores considerarem o sistema parlamentar brasileiro, de então, um "parlamentarismo às avessas."


resposta:

a) O Poder Moderador foi instituído por D. Pedro I na Constituição de 1824, visando a centralização do poder na organização do Estado brasileiro.

b) Através do poder moderador, o imperador tinha  poderes para dissolver a Câmara dos Deputados e convocam novas eleições, descaracterizando as finalidades do Parlamento.

11. (UFMG) Considerando-se o II Reinado brasileiro, é CORRETO afirmar que
a) a alternância, no comando do Estado, entre os dois principais partidos do período expressava o poder e a vontade política do Imperador.
b) a dissolução do Conselho de Estado, à época, foi compensada com a criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros.
c) a eliminação do Poder Moderador para a implementação do parlamentarismo "às avessas" estabilizou, então, o regime.
d) o fortalecimento das elites locais nas Províncias permitiu, então, que fossem aprovadas leis de caráter descentralizador.


resposta:[A]

12. (Fuvest) Programa da Revolução Praieira:
1. Voto livre e universal do povo brasileiro
2. A plena e absoluta liberdade de comunicar os pensamentos por meio da imprensa
3. O trabalho, como garantia da vida para o cidadão brasileiro
4. O comércio a retalho só para os cidadãos brasileiros
5. A inteira e efetiva independência dos poderes constituídos
6. A extinção do Poder Moderador, e do direito de agraciar
7. O elemento federal na nova organização
8. Completa reforma do Poder Judicial, em ordem a segurar as garantias dos direitos individuais dos cidadãos
9. Extinção da lei do convencional
10. Extinção do atual sistema de recrutamento.

Quais das idéias contidas no programa acima aproximam a Revolução Praieira das revoluções ocorridas na Europa no mesmo período?


resposta:
A defesa dos ideais de liberalismo e nacionalismo expressos no programa da Revolução Praieira.

13. (Puccamp) Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a
a) antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização do poder político.
b) adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização da propriedade privada.
c) restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do parlamentarismo.
d) abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional.
e) extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.


resposta:[E]


14. (FGV) A Lei de Terras, aprovada em 1850, duas semanas após a proibição do tráfico de escravos, "tentou pôr ordem na confusão existente em matéria de propriedade rural, determinando que, no futuro, as terras públicas fossem vendidas e não doadas, como acontecera com as antigas sesmarias, estabeleceu normas para legalizar a posse de terras e procurou forçar o registro das propriedades."
Boris Fausto, "História do Brasil", 1994.

Sobre essa Lei de Terras é correto afirmar que:
a) Sua promulgação coincidiu com a Lei Eusébio de Queiroz, mas não há nenhuma relação de causalidade entre ambas.
b) Ao entrar em vigor, não foi respeitada, podendo ser considerada mais uma "lei para inglês ver".
c) Sua promulgação foi concebida como uma forma de evitar o acesso à propriedade da terra por parte de futuros imigrantes.
d) Sua aprovação naquele momento decorreu de os Estados Unidos terem acabado de aprovar uma lei de terras para o seu território.
e) Ao entrar em vigor, teve efeito contrário ao de sua intenção original, que era a de facilitar o acesso à propriedade.


resposta:[C]

15. (UFRJ) A Lei Euzébio de Queiroz e a Lei de Terras, ambas de setembro de 1850, são consideradas marcos na modernização da sociedade brasileira.
a) Explicite o conteúdo de cada uma dessas leis.
b) Explique os motivos pelos quais ambas as leis são consideradas marcos na modernização da sociedade brasileira.


resposta:

a) Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de escravos da África para o Brasil.

Lei de Terras de 1850 atribuia um valor imobiliário às terras, que não seriam mais doadas como haviam sido as sesmarias. Essa lei foi um dos estatutos responsáveis para a consolidação dos latifúndios no Brasil.

b) A Lei Eusébio de Queirós permitiu a liberação de capitais do tráfico negreiro p/ setores maisprodutivos (industrialização, bancos, mecanização das fazendas, etc), enquanto a Lei de Terras valorizou comercialmente as terras brasileiras, aquecendo o mercado interno.

16. (PITÁGORAS) Leia o trecho a seguir:
Artigo 1º: Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja a compra.
Artigo 2º Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nela derrubarem matos, ou lhe puserem fogo, serão obrigados a despejo, com perda de benfeitorias e demais sofrerão a pena de dois a seis meses de prisão, e multa de cem réis.

O trecho anterior se refere à
A) Lei de Terras de 1850.
B) Lei Eusébio de Queirós.
C) Lei Alves Branco.
D) Lei Agrária de 1860.
  

Resposta:[A]
 
17. (PITÁGORAS) Em 1848, o Império Brasileiro foi sacudido pela Revolução Praieira, deflagrada em Pernambuco, sobre a qual se comenta
“Longe de simples ‘massa de manobra’, pobres e libertos atuaram em defesa de interesses próprios, muitos deles conflitantes com os da liderança dos senhores de engenho.”
Magali Gouvêa Engel, in VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial, verbete Praieira.

A partir da argumentação da autora, conclui-se que a Praieira foi também uma revolta social, já que
(A) defendia o comércio internacional como forma de desenvolver a economia da Província e a melhor repartição dos lucros daí advindos.
(B) pretendia a expropriação dos latifúndios açucareiros e sua imediata distribuição a posseiros e trabalhadores rurais não proprietários.
(C) reivindicava a extinção das diferenciações e dos privilégios sociais existentes no país e, em especial, na Província Pernambucana.
(D) repudiava toda e qualquer influência de Portugal nas atividades econômicas da Província, defendendo o rompimento de relações diplomáticas e econômicas com a antiga metrópole.
(E) tinha um cunho nitidamente republicano e democrático, defendendo o sufrágio universal masculino a exemplo dos Estados Unidos.

resposta:[C]


18. (PITÁGORAS) Ferreira Viana, político atuante no Segundo Reinado, assim se expressava sobre os partidos políticos da época:
“O partido que sobe entrega o programa de oposição ao partido que desce e recebe deste o programa de governo.”
Dentre as citações a seguir, assinale aquela que explica as afirmações do político.
(A) “Ambos os partidos apoiavam a monarquia constitucional por esta ser o melhor regime possível, já que a República era vista como utopia ou um detestável sistema de tiranias em luta.”
(B) “As diferenças entre os políticos dos dois partidos era irreal já que todos eram advindos de um mesmo meio social: as profissões liberais urbanas, consequência direta do processo de modernização pelo qual o país então passava.”
(C) “Entre Liberais e Conservadores encontramos dois conceitos distintos de liberalismo: os segundos pretendiam subordinar a autoridade ao sufrágio popular, e os primeiros defendiam a autoridade imperial imparcial e neutra.”
(D) “Era no ‘fazer política’ que os dois partidos pouco se diferenciavam: ambos mantiveram inalterado o sistema de preenchimento dos cargos provinciais e valiam-se de práticas, métodos e processos políticos semelhantes.”
(E) “Os Conservadores defendiam a monarquia centralizada por acharem que o sistema unitário consistia num progresso real, a supremacia da autoridade nacional sobre as formações locais; os Liberais defendiam o Parlamentarismo em nome do autogoverno.”

resposta:[D]