quinta-feira, 19 de abril de 2012

Saiba mais sobre Sociedade, cultura e cotidiano no Brasil imperial

Conheça as características da Sociedade, cultura e cotidiano no Brasil imperial


Desafio de História
Sociedade, cultura e cotidiano no Brasil imperial
1. (CNDL) “A chegada da Corte portuguesa ao Brasil foi responsável por várias mudanças econômicas e políticas, mas gerou, também, situações complicadas para os habitantes da cidade do Rio de Janeiro”.
Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com/ acesso em 13/05/2011.
a) Por que a cidade do Rio de Janeiro não estava preparada para receber a Corte Portuguesa, em 1808?
resposta: a) O Rio de Janeiro naquela época era ainda um centro urbano com características coloniais, assim como a maioria das cidades brasileiras, com ruelas estreitas, frequentadas por negros de ganho, muita sujeira e pouco conforto para os que para lá se dirigiam e para os que lá viviam.
b) Como se deu a acolhida dos nobres da comitiva de D. João?
resposta: D. João e sua família se intalaram na Casa dos Governadores. Os nobres foram instalados no prédio da Cadeia e no Convento do Carmo. Entretanto, esses prédios eram claramente insuficientes pra abrigar toda a comitiva de D. João que, então, ordenou que as melhores residências da cidade fossem desapropriadas para acolher os portugueses.
c) Quais as mudanças mais marcantes puderam ser observadas na região Sudeste?
resposta: A presença da Corte contribuiu para a difusão de hábitos mais sofisticados entre os da elite da cidade, ainda que esses novos hábitos convivessem com a pobreza, a desordem e a crimanilidade. As cidades cresceram e se modernizaram, os progressos urbanos se avolumaram, tais como os bondes, iluminação à gás, praças, chafarizes, hotéis, teatros, bibliotecas, confeitarias, lojas em estilo parisiense, etc.
d) Qual a importância do desenvolvimento das ferrovias?
resposta: As ferrovias diminuiram as distâncias e aumentaram a circulação de mercadorias e ideias.
e) Em que medida a estrutura populacional se tornava mais complexa no Brasil?
resposta: Nas cidades a população se diversificava: negros libertos, homens livres pobres, imigrantes, proprietários rurais e empresários de ramos variados.
2. (UFAL) "O Brasil, antes fragmentado em várias regiões que se comunicavam diretamente com a metrópole, adquiriu unidade política e territorial, graças aos mecanismos jurídico-administrativos centralizadores instaurados (...) na cidade. O Rio de Janeiro, antes uma cidade de ruas lamacentas e hábitos provincianos, transformou-se num movimentado centro comercial e cultural (...). O modo de vida da corte, denominação dada à capital, mudou radicalmente. O luxo e a ostentação empolgaram a elite rural escravista, que se transferiu para a cidade. Homens e mulheres, trajando à moda européia, passaram a circular pelas ruas do Rio, numa demonstração eloqüente de colonialismo cultural".
O texto descreve um fenômeno relacionado
a) à extinção do tráfico negreiro e à vinda de imigrantes para o Brasil.
b) à política de incentivo cultural adotada por D. Pedro I.
c) ao desenvolvimento da economia cafeeira no Vale do Paraíba.
d) à instalação da família real portuguesa no Brasil.
e) ao crescimento industrial e à urbanização do Sudeste no final do século XIX.
resposta da questão 2:[D]
3. (Uerj 2008) "Possa este, para sempre memorável dia, ser celebrado com universal júbilo por toda a América Portuguesa, por uma dilatada série de séculos, como aquele em que começou a raiar a aurora da felicidade, prosperidade e grandeza, a que algum dia o Brasil se há de elevar, sendo governado de perto pelo seu soberano. Sim, nós já começamos a sentir os saudáveis efeitos da paternal presença de tão ótimo príncipe, que [...] nos deu as mais evidentes provas, que muito alentam as nossas esperanças, de que viera ao Brasil a criar um grande Império."
Luís Gonçalves dos Santos "Memórias para servir à História do reino do Brasil". Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, São Paulo: EDUSP, 1981.
O texto acima revela o entusiasmo e as esperanças daqueles que assistiram à chegada da família real portuguesa ao Brasil. Indique duas inovações de caráter científico ou cultural decorrentes da política de D. João. Indique também uma mudança política ou econômica observada durante a permanência da Corte e sua respectiva consequência para o Brasil.
resposta da questão 3:
Duas das inovações:
• Biblioteca Real, atual Nacional
• Academia Real Militar
• Impressão Régia
• Gazeta do Rio de Janeiro
• aulas de Comércio
• Real Horto, atual Jardim Botânico
• Intendência de Polícia
• vinda da Missão Artística Francesa
Uma das mudanças e sua respectiva consequência:
• abertura dos portos às nações amigas – rompimento com o pacto colonial
• assinatura dos tratados de 1810 com a Inglaterra – aprofundamento da influência comercial britânica
• elevação do Brasil a Reino Unido – fim do status de colônia da América Portuguesa
• estabelecimento do Rio de Janeiro como capital do Império luso-brasileiro – inversão de papéis entre Portugal e Brasil
4. (Puccamp 2004) Muitos franceses, principalmente professores, cientistas, arquitetos, escultores e pintores vieram ao Brasil no século XIX a partir da instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro. Pode-se explicar a presença desses franceses no país com o argumento de que
a) a maioria deles chegou ao Brasil com o intuito de colonizar as regiões desabitadas do interior do país, constituindo núcleos de exploração de produtos tropicais, que seriam comercializados na Europa.
b) eles tinham como missão convencer o rei D. João VI a romper relações diplomáticas com a Inglaterra, uma vez que este país tinha estabelecido o Bloqueio Continental, impedindo as relações comerciais entre França e Brasil.
c) grande parte deles desembarcou no Rio de Janeiro estimulados por D. João VI, que tinha como um dos seus grandes projetos trazer uma missão artística francesa, com o objetivo de constituir no Brasil uma base de desenvolvimento cultural.
d) todos esses franceses chegaram ao Brasil como refugiados políticos, uma vez que os mesmos discordavam da política cultural do imperador Napoleão Bonaparte, que perseguia os artistas contrários às suas determinações políticas.
e) parte significativa da população francesa emigrou para o Brasil em razão dos intensos combates ocorridos durante a Comuna de Paris, instalando-se principalmente nos Estados do Maranhão e do Pará e trabalhando na extração da borracha.
resposta da questão 4:[C]
5. (UFSM) "Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá; / As aves que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. // Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas têm mais flores, [...]./ Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá [...]"
("Canção do exílio", de Gonçalves Dias.)
Esses versos, escritos por Gonçalves Dias quando estudava em Coimbra e publicados em livro em 1846, relacionam-se com o seguinte momento da história política brasileira:
a) consolidação do escravismo a partir da exuberância tropical e do Estado imperial.
b) luta pelo estabelecimento de uma sociedade agrária, latifundiária e baseada no trabalho assalariado.
c) manutenção dos vínculos culturais com Portugal e exaltação de aspectos europeus da paisagem americana.
d) construção do Estado nacional brasileiro e formação de uma identidade própria.
e) construção de um passado místico no Brasil, enraizado na figura do seu primitivo habitante: o índio.
resposta da questão 5:[D]
6. (Uel 2006) Analise a imagem a seguir.
O pintor francês João Batista Debret, que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, registrou, como cronista e ilustrador, a vida do Rio de Janeiro colonial. Na imagem em destaque, que retrata o passeio de uma família abastada, estão registrados alguns elementos da diferenciação social no país.
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre escravismo no Brasil, considere as afirmativas a seguir.
I. A freqüente integração dos escravos negros às famílias de brancos abastados garantiu, após a abolição da escravidão, um melhor posicionamento dos libertos na economia urbana, como mão-de-obra qualificada.
II. Após a Independência, o escravismo continuou sendo a base do sistema produtivo, embora a estruturação do Estado Nacional tenha fortalecido a burocracia estatal e a camada de profissionais liberais urbanos.
III. Com a iminência do fim do escravismo, a implantação de pequenas e médias propriedades converteu-se na preocupação fundamental tanto dos homens públicos quanto dos fazendeiros.
IV. A interdição das terras somada à inserção de um número crescente de imigrantes estrangeiros na economia brasileira foram fundamentais no processo de marginalização dos escravos libertos.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III, e IV.
resposta da questão 6:[C]
7. (Cpc) Leia o texto e o relacione com a "Cena de Carnaval" pintada por Debret.
O Carnaval brasileiro foi, até meados do século dezenove, o Entrudo "brutal e alegre" introduzido pelos colonizadores portugueses. Durante os seus festejos, as pessoas atiravam, umas nas outras, água, farinha, fuligem, molhando famílias e ruas inteiras, em plena batalha. Criados carregavam latas para suprimento dos patrões empenhados nessa guerra. Na época em que o pintor francês Debret esteve no Brasil (de 1816 a 1830), durante o entrudo usavam-se as seringas d água, o polvilho branco para atirar ou esfregar nas pessoas e outras formas mais doces de brincar, como as batalhas de "limões-de-cheiro", privilégio das classes dominantes. Esses limões eram feitos de cera, no formato da fruta, cheios de água perfumada, e preparados pelas escravas para seus proprietários - ou para uso da sua própria família ou para comercializá-los.
(Adaptado de Jean Baptiste Debret, "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", publicado na França em 1839)
Dentre as afirmações feitas a seguir, assinale aquelas que podem ser observadas na cena de Carnaval que Debret pintou:
I - A escrava que segura a cesta de alimentos para o abastecimento da casa de seu proprietário está fantasiada de baiana.
II - Dentro do armazém, uma escrava, com a face recoberta pelo polvilho, prepara-se para atirar um limão, provavelmente em quem a recobriu.
III - Não se vê indício da utilização de outro recurso para a brincadeira além dos limões-de-cheiro e do polvilho.
IV - Alguns limões-de-cheiro, pertencentes aos senhores brancos e usados às escondidas, proporcionavam aos escravos alguns momentos de diversão.
Pode-se constatar na cena somente
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
resposta da questão 7:[D]
8. (Puc Rio) À EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas a seguir apresentam de modo correto algumas das transformações culturais e científicas promovidas pelo governo joanino (1808-1821), durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil. ASSINALE-A.
a) Ainda que tivessem sido criados a Impressão Régia e o primeiro jornal do Brasil, a existência da censura e a ação da Intendência Geral de Polícia coibiram com sucesso a difusão de idéias contrárias ao governo joanino.
b) Pouco depois de chegar ao Brasil, D. João fundou o Real Horto (o Jardim Botânico do Rio de Janeiro), onde foram aclimatadas e introduzidas novas espécies vegetais.
c) Logo após a elevação do Brasil à categoria de Reino-Unido a Portugal e Algarves, o Príncipe-regente autorizou a vinda da Missão Artística Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, da qual faziam parte artistas como Jean Baptiste Debret.
d) Com o acervo trazido do velho Reino, foi criada a Biblioteca Real, origem da atual Biblioteca Nacional.
e) Chegaram à América portuguesa cientistas e viajantes estrangeiros, como o zoólogo Spix, o botânico Martius e o naturalista Saint-Hilaire, que percorreram o território realizando inventários de comunidades, da geografia, da fauna e da flora.
resposta da questão 8:[A]
9. (Uel) A exuberância da natureza brasileira impressionou artistas e viajantes europeus nos séculos XVI e XVII. Leia o texto e observe a imagem a seguir:
"[...] A América foi para os viajantes, evangelizadores e filósofos uma construção imaginária e simbólica. Diante da absoluta novidade, como explicá-la? Como compreendê-la? Como ter acesso ao seu sentido? Colombo, Vespúcio, Pero Vaz de Caminha, Las Casas, dispunham de um único instrumento para aproximar-se do Mundo Novo: os livros. [...] O Novo Mundo já existia, não como realidade geográfica e cultural, mas como texto, e os que para aqui vieram ou os que sobre aqui escreveram não cessam de conferir a exatidão dos antigos textos e o que aqui se encontra."
(CHAUÍ, M. apud FRANZ, T. S. "Educação para uma compreensão crítica da arte." Florianópolis: Letras Contemporâneas Oficina Editorial, 2003. p. 95.)

Com base no texto e na imagem, é correto afirmar:
I. O olhar do viajante europeu é contaminado pelo imaginário construído a partir de textos da Antigüidade e por relatos produzidos no contexto cultural europeu.
II. Os artistas viajantes produziram imagens precisas e detalhadas que apresentam com exatidão a realidade geográfica do Brasil.
III. Nas representações feitas por artistas estrangeiros coexistem elementos simbólicos e mitológicos oriundos do imaginário europeu e elementos advindos da observação da natureza e das coisas que o artista tinha diante de seus olhos.
IV. A imagem de Debret registra uma cena cotidiana e revela a capacidade do artista em documentar os costumes e a realidade do indígena brasileiro.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
resposta da questão 9:[B]
10. (UFSM) "Meu canto de morte, / Guerreiros, ouvi: / Sou filho das selvas, / Nas selvas cresci / Guerreiros, descendo / Da tribo Tupi. // Da tribo pujante, / Que agora anda errante / Por fado inconstante, / Guerreiros, nasci: / Sou bravo, sou forte, / Sou filho do Norte; / Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi."
("I. Juca Pirama", de Gonçalves Dias.)
Ao assinalar a coragem dos índios diante das adversidades, Gonçalves Dias (1823-1864), como também outros poetas do Romantismo, aponta para o (a)
a) passividade indígena frente ao colonizador branco escravocrata.
b) preservação do ecossistema da Mata Atlântica.
c) avanço da civilização européia no interior do Brasil.
d) nascente consciência de nacionalidade brasileira.
e) aceitação pacífica do domínio europeu.
resposta da questão 10:[D]

11. (Uerj 2004)
(SCHWARCZ, Lilia M. As barbas do imperador. São Paulo: Companhia de Letras, 1998.)
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?
(ALENCAR, José de. Prefácio a Sonhos d'ouro, 1872.)
A questão colocada pelo autor aponta para a necessidade da construção de uma identidade própria para o Brasil em oposição a tudo aquilo que tinha origem em Portugal. Era preciso, ao longo do Segundo Reinado (1831-1889), criar o sentido de Brasil, através da história e da literatura, como se vê na gravura em que Pedro II é coroado por um indígena representando o Império do Brasil.
a) Aponte duas ações realizadas pelo poder central, neste período, que contribuíram para a construção da nacionalidade brasileira.
b) Explique como, no Brasil, o Romantismo foi um instrumento que contribuiu para a consolidação do projeto de construção de uma identidade nacional.
resposta da questão 11:
a) Duas dentre as ações:
· criação do Arquivo Público
· fundação do Imperial Colégio de Pedro II
· criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
· composição das primeiras obras sobre História do Brasil para uso em escolas
· concessão de bolsas de estudo no estrangeiro a artistas identificados com esse projeto
b) O Romantismo, ao valorizar a natureza tropical e os indígenas, contribuiu para o projeto político de dotar o Brasil de uma feição própria, rompendo os laços culturais do Império com a antiga metrópole portuguesa.

12. (PUC RJ) Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, nesse período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo. (...) E de quanta valia não é o modesto serviço de desbastar o idioma novo das impurezas que lhe ficaram na refusão do idioma velho com outras línguas? Ele prepara a matéria, bronze ou mármore, para os grandes escultores da palavra que erigem os monumentos literários da pátria.
(José de Alencar. "Benção paterna". In Sonhos D Ouro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1960, v. 1, pp. 699-700)
O texto de José de Alencar, redigido em 1872, destaca um dos aspectos da formação da nacionalidade brasileira em meados do século XIX.
Com base em seus conhecimentos e nas informações contidas no texto, analise as afirmativas a seguir.
I - José de Alencar foi, entre os escritores associados ao Romantismo, um dos que por meio de sua obra buscaram construir e divulgar valores de uma identidade nacional brasileira, em meados do século XIX.
II - A formação da nacionalidade brasileira impunha a existência de um "idioma novo", diferente do "idioma velho" - a língua dos antigos colonizadores portugueses.
III - Para os escritores românticos, como José de Alencar, a pintura, o teatro e a música eram artes menores, que pouco ou nada contribuíam para a formação da nacionalidade brasileira.
IV - Romances como "O Guarani" de José de Alencar tinham o índio e a natureza tropical como temas, no intuito de afirmar a originalidade e a individualidade da nova nação americana.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
d) Somente a afirmativa IV está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
resposta da questão 12:[C]

13. (Uel 2008) Observe a imagem e leia o texto a seguir:
Victor Meirelles foi aluno da Academia Imperial de Belas Artes durante o segundo reinado no Brasil. A pintura revela a influência do Romantismo no trabalho do artista. Esse movimento, ao lado do Neoclassicismo, orientou o trabalho dos artistas da Academia nesse período. Sobre o Romantismo no Brasil, é correto afirmar:
I. Demonstrou grande originalidade em relação a modelos anteriores, consagrados pela História da Arte.
II. Estava diretamente relacionado ao chamado projeto civilizatório da elite política e cultural do século XIX brasileiro.
III. Buscou a idealização por meio da razão e de formas eruditas resgatadas do passado clássico, capazes de expressar valores universais e eternos.
IV. Procurou valorizar o índio e a exuberância da natureza tropical, com a finalidade de construir uma identidade nacional.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
resposta da questão 13:[C]
14. (Ufc) Leia atentamente o texto. "A capoeira - reprimida pela polícia do final do século passado e incluída como crime no Código Penal de 1890 - é oficializada como modalidade esportiva nacional em 1937. Também o samba passou da repressão à exaltação, de dança de preto a canção brasileira para exportação. Definido na época como uma dança que fundia elementos diversos, nos anos 30 o samba sai da marginalidade e ganha as ruas, enquanto as escolas de samba e desfiles passam a ser oficialmente subvencionados a partir de 1935."
(SCHWARCZ, Lilia M. "Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade." ln: NOVAES, Fernando A. (org.) "História da Vida Privada no Brasil. Contrastes da Intimidade Contemporânea. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 196.)
Sobre as formas de integração das manifestações culturais negras no Brasil, é correto afirmar que:
a) os elementos da cultura negra no Brasil são, a partir da década de 1930, incorporados à cultura nacional, perdendo grande parte de suas características originais.
b) assim como o samba e a capoeira, o futebol é um elemento da cultura negra desenvolvido a partir da herança africana trazida pelos escravos.
c) as manifestações da cultura africana foram incorporadas pela cultura brasileira em sua forma integral e com suas peculiaridades sendo respeitadas.
d) os elementos afro-brasileiros foram aceitos como parte da cultura brasileira logo após a abolição da escravatura, a partir de um programa estatal de integração cultural.
e) a segregação racial manteve-se como a base da formação da cultura brasileira, especialmente a partir da década de 1930, quando é estabelecido um projeto de cultura nacional.
resposta da questão 14:[A]
15. (UFV-2006) Segundo Renato Ortiz, em meados do século XIX, o movimento romântico brasileiro tentou construir um modelo de "ser nacional", porém faltavam àqueles escritores condições sociais que lhes possibilitassem discutir de forma mais abrangente a problemática proposta.
(ORTIZ, Renato. Cultura brasileira & identidade nacional. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37.)
Com base nessa interpretação e nos conhecimentos sobre a sociedade brasileira do século XIX, assinale a afirmativa CORRETA:
a) Os escritores românticos brasileiros fundiam o índio idealizado com o branco de origem europeia, descartando o negro, na tentativa de aproximar o país do padrão europeu de civilização.
b) A pressão exercida pelos abolicionistas contra a escravização de índios e negros fez com que a sociedade brasileira se caracterizasse, desde o período colonial, pela ausência de desigualdades étnicas.
c) A existência de um amplo público leitor no Brasil do século XIX permitiu que os literatos estabelecessem em suas obras uma crítica contundente à dominação exercida pelas elites agrárias.
d) A construção da identidade nacional era uma questão superada em meados do século XIX, uma vez que a colonização portuguesa não criara obstáculos ao desenvolvimento do sentimento de brasilidade.
e) A economia brasileira se caracterizou, desde o período colonial, pela dependência em relação ao mercado europeu, mas em termos artísticos e culturais o país sempre preservou sua soberania.
resposta da questão 15: [A]
16. (ENEM-2009) O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo”. Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos.
DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1941.
O impacto das ferrovias na promoção de projetos de colonização com base em imigrantes europeus foi importante, porque
a) o percurso dos imigrantes até o interior, antes das ferrovias, era feito a pé ou em muares; no entanto, o tempo de viagem era aceitável, uma vez que o café era plantado nas proximidades da capital, São Paulo.
b) a expansão da malha ferroviária pelo interior de São Paulo permitiu que mão-de-obra estrangeira fosse contratada para trabalhar em cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.
c) o escoamento da produção de café se viu beneficiado pelos aportes de capital, principalmente de colonos italianos, que desejavam melhorar sua situação econômica.
d) os fazendeiros puderam prescindir da mão-de-obra europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de outras regiões para trabalhar em suas plantações.
e) as notícias de terras acessíveis atraíram para São Paulo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram vastas propriedades produtivas.
resposta da questão 16: [B]
17. (PITÀGORAS) Leia o texto.

É difícil saber se a "missão artística" foi um plano estratégico da Corte de D. João ou uma espécie de afastamento compulsório de artista ligados a Napoleão. Parece ter existido uma convergência de interesses. De um lado, artistas formados pela Academia francesa inesperadamente desempregados.
De outro, uma monarquia estacionada na América e carente de representação oficial. Foi a partir da conjugação dessas situações que surgiu aquela que é hoje conhecida como a "Missão Francesa de 1816".
A versão oficial sustenta que em 1815 o governo encarregou D. Pedro José Joaquim Vito de Menezes Coutinho (c. 1775-1823) o marquês de Marialva, embaixador extraordinário de Portugal na França, de contratar diversos artistas reconhecidos em seu meio, a fim de criar uma escola para a formação artística e de trabalhadores industriais. Mas por que a Corte selecionaria justamente os franceses, ainda mais os ligados a Napoleão, responsável direto pela tranferência da família real para o Brasil? Mesmo que as relações entre os dois países fossem oficialmente amigáveis desde 1814, havia no mercado artistas italianos, paisagistas holandeses, retratistas ingleses e pintores portugueses e nacionais à disposição. Com certeza, trariam menos embaraços políticos.
Além do mais, o marquês de Marialva mal teve tempo de se inteirar do tema, uma vez que deixou o cargo em 1815, sendo substituído por Francisco José Maria de Brito. Sabe-se qua o novo ministro trocou intensa correspondência com Joachim Lebreton (1760-1819), administrador das obras de arte no Museu do Louvre e secretário perpétuo da Classe de Belas-Artes do Instituto de França. A iniciativa de formar um grupo de artistas para servir à Corte portuguesa pode ter sido toda do influente Lebreton, e não do Estado português.
De onde veio, então, a teoria de uma "missão" convocada por D. João? Começou com um membro do grupo, Jean-Baptiste Debret, que no terceiro volume da Viagem pitoresca e histórica ao Brasil se refere a um "convite". A versão virariam tese quando Araújo Porto Alegre, discípulo dileto de Debret, sustentou a interpretação do mestre. Em diversos textos mencionou a "colônia artística", inspirando outras análises consagradas, como o artigo de Araújo Viana "Das artes plásticas no Brasil em geral e na cidade do Rio de Janeiro em particular" (1915)
Mas o grupo ainda não era definido como uma "missão". Foi Afonso Taunay quem adotou a expressão em seu longo artigo "A Missão Artística de 1816", na edição de 1912 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Bisneto de Nicolas Taunay, o historiador afirma que "a colônia americana vivia abandonada, esquecida e ignorada pelo mundo culto", e só contava com pintores e escultores "medíocres". A vinda dos pintores franceses tiraria "a colônia da modorra secular". Em 1916, o próprio IHGB promoveria uma série de comemorações por conta do centenário da chegada do grupo. Juntava-se o prestígio da família Taunay com a tradição do IHGB, e a "colônia de artistas" passou a ser entendida como uma "missão". Tal interpretação receberia estatuto de verdade com a publicação do ensaio de Taunay em livro, em 1956.
SCHWARCZ, Lília. Eram os franceses mercenários? Revista de História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, nº 36, set. 2008.
A historiografia tem afirmado que a "Missão Francesa" veio para o Brasil contratada por D. João. Hoje, essa tese é discutida.
a) Apresente quais eram as razões para que D. João não contratasse ou convidasse artistas franceses para vir ao Brasil.
b) Explique de onde veio a ideia de uma "missão" convocada por D. João.
resposta da questão 17:
a) Com tantos artistas no mercado - italianos, holandeses, ingleses, portugueses - era inexplicável que D. João fosse convidar ou contratar logo franceses, próximos de Napoleão, responsável direto pela transferência da família real para o Brasil.
b) Essa ideia começou com Debret que se referiu a um "convite" no 3º volume da Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. A versão virou tese, quando seu discípulo Araújo Porto Alegre, sustentou a interpretação do mestre, inspirando outras análises consagradas como a de Araújo Viana.
18. (Fuvest) Relacione seus nomes (Coluna I) às suas respectivas obras (Coluna II) e área de atuação (Coluna III).
I
Angelo Agostini
Joaquim Nabuco
Machado de Assis
Vitor Meireles
II
O abolicionismo
Helena
Revista Ilustrada
A Primeira Missa no Brasil
III
Literatura
Pintura
Política
Caricatura

resposta da questão 18:
Angelo Agostino - Revista Ilustrada - Caricatura
Joaquim Nabuco - O abolicionismo - Política
Machado de Assim - Helena - Literatura
Victor Meirelles - A primeira missa no Brasil - Pintura
19. (CNDL) Leia o texto a seguir
“As casas do Rio de Janeiro, construídas em terreno úmido, não têm fossas. Todos os detritos domésticos são atirados de qualquer maneira em barris que de noite os escravos despejam no mar. Dá para adivinhar a natureza das emanações que exalam destes barris durante o dia, em meio aos terríveis calores que reinam no lugar. Por volta das seis, uma interminável procissão desemboca de todas as ruas e dirige-se para a praia. É o Rio de Janeiro começando o seu tratamento de limpeza, que entretanto não consegue livra-lo inteiramente das infecções que enchem as casas. Esses negros carregando o barril tradicional que os franceses chamam ‘barrete’ são como o símbolo da cidade.”
EXPILLY, Charles. Citado por MAURO, Fréderic. O Brasil no tempo de Dom Pedro II. São Paulo: Campanha das Letras, 1991. p.15.


Desenho da revista carioca. A Semana Ilustrada, 1861. Escravos despejando detritos domésticos no cais do centro do Rio de Janeiro.
Explique por que, no período ilustrado no texto, não era possível a construção de fossas sanitárias no Rio de Janeiro e apresente a solução encontrada pela elite da cidade para a eliminação dos detritos domésticos.
resposta da questão 19:
De acordo com o texto não era possível contruir fossas sanitárias na cidade do Rio de Janeiro no período retratado no fragmento em decorrência dessas casas serem edificadas em terrenos úmidos. Os detritos domésticos eram acumulados em barris que posteriormente eram atirados no mar pelos escravos, vulgarmente conhecidos como tigres.
20. (PITÁGORAS) Leia o trecho:
“O Brasil colônia (e Império) foi uma sociedade escravista não meramente devido ao óbvio fato de sua força de trabalho ser predominantemente cativa, mas principalmente devido às distinções jurídicas entre escravos e livres, aos princípios hierárquicos baseados na escravidão e na raça, às atitudes senhoriais dos proprietários e à deferência dos socialmente inferiores. Através da difusão desses ideais, o escravismo criou os fatos fundamentais da vida brasileira. (...)”
S. Schwartz, 1988. (Adaptado)
ASSINALE, dentre as gravuras abaixo, aquela que NÃO É COMPATÍVEL com as informações do texto.
a)
b)
c)
d)
e)



resposta da questão 20: [D]


21. (PITÁGORAS) Com a chegada da família real o país virou o centro do império português. Ele passou a não ser uma simples colônia. Os impostos ficavam no Brasil não eram enviados à Portugal.Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes e das ciências em nosso país.
Assinale a alternativa que NÃO faz parte das medidas culturais adotadas por D. João VI.
A) Criação do Jardim botânico.
B) Fundação da Biblioteca Real.
C) Fundação da Academia de Belas Artes.
D) Criação do Museu Nacional
E) Fundação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

resposta da questão 21:[E]

22. (PITÁGORAS) Em minha passagem de bonde por várias ruas da cidade, e de carro por outras, notei desde logo a profunda diferença que ela apresenta em relação ao tempo de minha residência aqui: o seu aspecto é sem dúvida bem outro.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              


O que, porém, mais atraiu minha atenção foi o movimento e a animação, a vida da cidade, fato inteiramente novo para mim; quando daqui retirei-me, as ruas eram pouco frequentadas, salvo nos dias de festas; as famílias só saíam a visitas, e com o chefe da casa ao lado; não havia em geral hábitos de passeios, nem por diversão ao espírito, nem por necessidade higiênica.

As Transformações urbanas ocorridas nas principais cidades brasileiras, sobretudo, no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XIX, foram reflexos:

A) Da transferência da Corte para o Brasil em 1808.
B) Da vinda da missão cultural francesa ao Brasil no ano de 1816.
C) Da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
D) Da transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
E) Da vinda dos imigrantes europeus para as grandes cidades brasileiras.

resposta da questão 22:[A]



Nenhum comentário:

Postar um comentário