segunda-feira, 5 de março de 2012

Confira a correção das avaliações de História do Primeiro Bimestre

Correção das avaliações de História do Brasil
CNDL - Colégio Notre Dame de Lourdes

AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA – 1ª SÉRIE

1. (Pucmg) A História e Literatura têm trazido contribuições importantes para compreensão do desenvolvimento das civilizações. Leia o poema "Mar Português", de Fernando Pessoa, e assinale a afirmativa CORRETA de acordo com o texto.

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lagrimas de Portugal!

Por te cruzarmos quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena?

Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

a) Refere-se à expansão marítima portuguesa durante os séculos XV e XVI, ampliando a esfera política e geográfica do mundo conhecido.

b) Explica o mito fundador da colonização do novo mundo a partir da imposição da Coroa Portuguesa e de seus aliados espanhóis.

c) Trata-se de uma interpretação idealista da expansão marítima portuguesa, criada a partir das idéias mercantilistas inglesas e francesas do século XIX.

d) Critica o modelo histórico que explica o processo de colonização portuguesa em função da mudança do eixo Atlântico para o Mediterrâneo.

Resposta:[A]

2. (PITÁGORAS) Portugal foi o primeiro país da Europa a se lançar nas grandes navegações. Em 1415, os navegantes portugueses chegaram a Ceuta, no Norte da África. Depois da incursão sobre Ceuta, ponto comercial estratégico, os portugueses foram conquistando vários outros pontos da costa da África, onde estabeleceram feitorias para a troca de mercadorias com os africanos, especialmente ouro e escravos. Em 1488, Bartolomeu Dias conseguiu ultrapassar o chamado Cabo das Tormentas, lugar pleno de perigos reais e imaginários, que passou a ser denominado Cabo da Boa Esperança. A façanha de Bartolomeu Dias permitiu que, em 1498, Vasco da Gama atingisse as tão desejadas Índias, lugar das especiarias e de outros produtos exóticos.

Os fatores que contribuíram para o pioneirismo português nas navegações foram, EXCETO

A) a formação do Estado Nacional português.

B) o apoio da burguesia e dos nobres.

C) o desenvolvimento dos instrumentos de navegação.

D) a Revolução de Avis.

E) o controle do comércio na rota do Mar Mediterrâneo pela Inglaterra.

Resposta:[E]

3. (PITÁGORAS) Observe a charge.


(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998. P. 24.)


A charge acima retrata

a) a expansão marítima e a divisão das terras do novo mundo entre Portugal e Espanha.

b) o casamento de D. João II rei, de Portugal, e Isabel de Castela, durante a União Ibérica.

c) a consolidação da monarquia espanhola com a chegada de Felipe II ao poder.

d) a consolidação do Estado português após a Guerra de Reconquista

e) a aliança entre Portugal e Espanha na luta para expulsar os árabes muçulmanos de Península Ibérica.

Resposta:[A]

4. (UNICAMP) A base da tese de que o Brasil teria sido descoberto por Duarte Pacheco em 1498 gira em torno de seu manuscrito intitulado "Esmeraldo de situ orbis" produzido entre 1505 e 1508. Trata-se de um relato das viagens de Duarte Pacheco não só ao Brasil como também à costa da África, principal fonte de riqueza de Portugal no século XV. O rei Dom Manoel I considerou tão valiosas as informações náuticas, geográficas e econômicas contidas no documento que jamais permitiu que esse fosse tornado público.

(Adaptado de: ISTO É. 26 de novembro de 1997. pp.65-66)

a) Em que o relato de Duarte Pacheco altera a versão oficial do descobrimento do Brasil?

Resposta: a) Esse relato altera a versão oficial de que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, em 1500.

b) Por que, no contexto da expansão ultramarina, Portugal procurou manter este relato em segredo?

Resposta b) Porque a divulgação dessas informações poderia atrair o interesse de outros governos. Daí a "política de sigilo " (segredo) adotada por D. Manuel em relação ao Descobrimento do Brasil.

c) Quais os interesses de Portugal com a expansão ultramarina?

Resposta c) Quebrar o monopólio italiano sobre o comércio de especiarias orientais, mediante a descoberta de um caminho marítimo para as Índias, além do interesse em incentivar o comércio com a África.

5. (MACKENZIE) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...)

Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno)

Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar.

a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira.

b) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra.

c) Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira.

d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial.

e) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil.

Resposta: [C]

QUESTÕES EXTRAS

1. "Esta terra, Senhor, é muito chã e muito formosa. Nela não podemos saber se haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal; porém, a terra em si é de muitos bons ares (...) querendo aproveitar dar-se-á nela tudo (...)". Esse trecho é parte da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu, em 1500, ao rei de Portugal, com informações sobre o Brasil. Com base no texto, é correto afirmar:

a) Havia a intenção de colonizar imediatamente a terra, retirando os bens exportáveis para atender o mercado internacional.

b) Iniciava-se o processo de ocupação da terra, circunscrito aos limites do mercantilismo industrial e colonial.

c) Desde o princípio, os portugueses procuraram escravizar os povos indígenas a fim de encontrarem os metais preciosos.

d) Estava evidente o interesse em explorar a terra nos moldes do mercantilismo.

e) Era preponderante a intenção de estabelecer a agricultura com o trabalho livre e familiar no Brasil.

Resposta: [D]

2. (UFC CE/2010) A conquista do território brasileiro pelos portugueses foi efetuada mediante o confronto com as populações indígenas que habitavam o Brasil naquele momento. Com base nisso, responda o que se pede a seguir

a) Apresente três características gerais das sociedades aqui encontradas pelos colonizadores portugueses.

b) A partir dos contatos estabelecidos com os nativos, os colonizadores entenderam que deveriam promover a salvação de suas almas. Cite a grande estratégia utilizada para esse fim pelos portugueses.

c) Vários elementos da cultura indígena foram desvalorizados pelos portugueses no afã de legitimar seu projeto colonizador. Desse modo, indique duas práticas culturais nativas desprezadas pelos colonizadores.

d) Qual o legado cultural indígena à sociedade brasileira? Enumere três exemplos.

Respostas:

A conquista do território brasileiro pelos portugueses foi efetuada mediante o confronto com as populações indígenas que povoavam o território brasileiro naquele momento. As sociedades aqui encontradas pelos colonizadores foram caracterizadas como nômades ou seminômades e viviam um modelo de comunidade primitiva, caracterizada pela inexistência da propriedade privada, organizada sob a forma do trabalho coletivo, com partilha comunitária da alimentação obtida através da coleta, da caça e da pesca, e a partir da divisão sexual do trabalho. Era uma sociedade que respeitava os idosos e as crianças e que tinha uma relação de respeito com a natureza (os animais, a fauna e a flora). Por não compreenderem nem respeitarem a cultura nativa e a partir dos primeiros contatos estabelecidos com os nativos, os colonizadores entenderam que deveriam promover a salvação das almas daqueles. A conversão indígena através da catequese foi a estratégia encontrada para incutir-lhes a fé católica e tentar fazer com que abandonassem suas crenças. Nesse processo, vários elementos constitutivos da cultura indígena foram desvalorizados pelos portugueses no afã de legitimar seu projeto colonizador. Tradições seculares que envolviam as relações familiares como os casamentos e suas regras, seus modos de vestir, de se alimentar, de lutar e de ter fé foram duramente criticados e modificados à medida que o processo de colonização se consolidava. Apesar de todas as restrições impostas pelos colonizadores, o legado cultural indígena à sociedade brasileira está vivo nos nossos hábitos mais cotidianos, como o hábito de dormir em redes, na nossa dieta alimentar baseada em frutas, peixes, batatas e milho, bem como nas numerosas palavras indígenas agregadas ao nosso vocabulário, entre outras inúmeras contribuições.

AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA – 2ª SÉRIE

1. (PITÁGORAS) Com relação ao Brasil Imperial pode-se afirmar que a organização política do Segundo Reinado é percebida essencialmente como produto do triunfo da elite agrária. Isto teria motivado a população a compor o seguinte versinho:

Por subir Pedrinho ao trono

Não fique o povo contente

Não pode ser boa coisa

Subindo com a mesma gente.

Analisando o versinho acima podemos INFERIR que

a) o Segundo Reinado foi um período de grandes transformações sociais.

b) a figura inexpressiva do imperador possibilitou a adoção do voto livre e universal.

c) os partidos passam a apoiar o imperador sem nenhum interesse político.

d) a manutenção da elite agrária no poder impossibilitou as transformações econômicas e sociais.

e) as disputas políticas partidárias contribuíram para o surgimento do pluripartidarismo no Brasil.

Resposta: [D]

2. (PITÁGORAS) Leia o trecho a seguir.

Em 1848, Pernambuco viveu um processo revolucionário que "representou a máxima expressão das possibilidades de consciência e organização política das massas populares no período de formação do Estado Nacional.”

MENDES JÚNIOR, Antônio, RONCARI, Luis, MARANHÃO, Ricardo. 2.Q Império. 2ª edição. São Paulo: Brasiliense, [s.d.].p.263.

a) IDENTIFIQUE o movimento descrito no trecho.

Resposta: A Revolução Praieira de 1848.

b) COMENTE o contexto socioeconômico no qual o mesmo ocorreu.

b) A fértil zona da mata pernambucana era dominada por latifúndios de propriedade de poucas famílias. Pequenos proprietários, trabalhadores em geral estavam submetidos a esses grandes proprietários. Essa situação gerava um clima de descontentamento que era campo fértil para as idéias revolucionárias de origem européia. Quando os praieiros (oposição local) elegeram o presidente da província, o governo central interveio visando a sua destituição, provocando a revolta.


3. (AMAN 2011) “O exemplo [...] britânico e o desejo de preservar politicamente o monarca levaram à criação, em 1847, do cargo do Conselho de Ministros, escolhido pelo Imperador. Se o ministério (ou Conselho de Ministros) não possuísse maioria [...], a Câmara seria dissolvida, convocando-se novas eleições”.

(BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2007)

Esse sistema utilizado no Brasil, em parte do 2º Reinado, ficou conhecido como

a) Presidencialismo Monárquico.

b) Ditadura Monárquica.

c) Parlamentarismo Tradicional.

d) Parlamentarismo às avessas.

e) Autoritarismo Monárquico.

Resposta:[D]

4. (PITÁGORAS) “A lei 3353, de 13 de maio de 1888, foi o ponto culminante de um conjunto de transformações econômicas e sociais que, na segunda metade do século XIX, desencadearam o processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre no país. Essas transformações, que se chocavam com uma estrutura política centralista e unitária, foram fatores determinantes para a crise do Segundo Reinado e a consequente substituição do Império pela República”.

MELLO, Leonel Itaussu, História do Brasil. Ed. Scipione, São Paulo, 1999

Os principais fatores que contribuíram para a crise do Segundo Reinado foram, EXCETO

a) A questão Religiosa.

b) A questão Abolicionista.

c) A questão Militar.

d) A campanha Republicana.

e) A Questão Christie.

Resposta: [E]

5. (FUVEST 2011) Observe os dois quadros a seguir.

Fonte: Victor Meirelles de Lima, Combate naval do Riachuelo, 2ª versão, 1882 / 1883.

Fonte: Juan Manuel Blanes, A destruição causada pela guerra, 1880.

Essas duas pinturas se referem à chamada Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), ocorrida na América do Sul entre 1864 e 1870.

a) Esses quadros foram pintados cerca de dez anos depois de terminada a Guerra do Paraguai, o da esquerda, por um brasileiro, o da direita, por um uruguaio. Analise como cada um desses quadros procura construir uma determinada visão do conflito.

Resposta: a) O quadro da esquerda, pintado por um brasileiro, traz elementos que destacam uma visão heroica e de exaltação da vitória sobre o Paraguai. Os soldados estão acenando com seus chapéus e comemorando a destruição da frota inimiga, em chamas ao fundo.
O quadro da direita, pintado por um uruguaio, apresenta elementos que demonstram um visão mais crítica, de Renúncia das consequências da guerra. Uma mulher solitária observa corpos de soldados e material bélico destruído em um cenário arrasado pelos combates.

b) A Guerra do Paraguai foi antecedida por vários conflitos na região do Rio da Prata, que coincidiram e se relacionaram com o processo de construção dos Estados nacionais na região. Indique um desses conflitos, relacionando-o com tal processo.

Resposta: b) A Bacia Platina foi palco de diversos conflitos no século XIX. As posições conflitantes quanto à livre navegação e entre os projetos hegemônicos — como os da Argentina de Rosas e do Paraguai de Solano López — foram importantes ingredientes dessa situação. Entretanto estava também em pauta a formação e consolidação dos estados sul-americanos. Um exemplo relevante foi a “Guerra contra Oribe”, em que a
interferência brasileira ocasionou a queda dos blancos e a ascensão dos colorados no Uruguai. Esse conflito desembocou ainda na “Guerra contra Rosas”, contra, Argentina.

Questões extras

1. (UNESP - 2010) A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi definida, por alguns historiadores, como um momento de apogeu do Império brasileiro. Outros preferiram considerá-la como uma demonstração de seu declínio. Tal discordância se justifica porque o conflito sul-americano

a) estabeleceu pleno domínio militar brasileiro na região do Prata, mas provocou grave crise financeira no Brasil.

b) abriu o mercado paraguaio para as manufaturas brasileiras, mas não evitou a entrada no Paraguai de mercadorias contrabandeadas.

c) freou o crescimento econômico dos países vizinhos, mas permitiu o aumento da influência americana na região.

d) ajudou a profissionalizar e politizar o Exército brasileiro, mas contribuiu na difusão, entre suas lideranças, do abolicionismo.

e) fez do imperador brasileiro um líder continental, mas gerou a morte de milhares de soldados brasileiros.

A guerra do Paraguai (1864-1870) marcou o início da decadência da monarquia brasileira. Em primeiro lugar, por representar a afirmação política dos oficiais do exército, em detrimento da tradicional influência da marinha. Em segundo, a convivência do alto oficialato brasileiro com seus pares argentinos e uruguaios trouxelhes a percepção da grande influência do exército nos regimes republicanos da América do Sul. Por fim, houve forte identificação com o movimento abolicionista dada a grande quantidade de soldados negros, brasileiros para morrerem pelo Brasil, mas não para viverem livres no país.
Resposta: D

(UEL) Observe as imagens publicadas, durante a Guerra do Paraguai, pelo jornal paraguaio El Centinela e pela revista ilustrada brasileira Vida Fluminense, e leia os textos.

T- E que fazem aqui esses três?

C- É o Imperador do Brasil, o Visconde de Tamandaré e o Marechal Polidoro que estão em conferência secreta sobre a Guerra do Paraguai.

(Adaptado de: TORAL, André. Imagens em desordem: a iconografia da Guerra do Paraguai (1864-1870). São Paulo: Humanitas / FFLCH-USP, p.184.)

Tendo dado cabo de tudo quanto havia de bípedes no Paraguai, o El Supremo, que tem muita paciência acha ainda meio de reorganizar um novo exército de quadrúpedes, a quem faz [...] proclamação [...] à qual os soldados entusiasmados respondem: Au! Au! Au! Miau! Au! Miau!

(Adaptado de: TORAL, André. Imagens em desordem: a iconografia da Guerra do Paraguai (1864-1870). São Paulo: Humanitas / FFLCH-USP, p.181.)

a) Considerando as imagens, os textos e os conhecimentos sobre o tema, apresente uma síntese fundamentada sobre a Guerra do Paraguai.

b) A partir das imagens, dos textos e dos conhecimentos sobre o tema, analise o papel desempenhado pela imprensa nesse conflito.

Resposta esperada
a) Na abordagem da Guerra com o Paraguai, o candidato pode adotar as tradicionais linhagens interpretativas existentes na historiografia e reproduzida nos livros didáticos: a mais conservadora, que trata do Paraguai como responsável pela guerra, uma vez que a provocou, contra o governo imperial brasileiro; uma outra que vai primar pela apresentação da guerra como decorrência das relações imperialistas, fazendo da aliança apenas uma marionete das intenções inglesas de sufocar o desenvolvimento autônomo do Paraguai. A chave desta interpretação é a ideia de Imperialismo Inglês, decorrente das interpretações marcadamente marxistas elaboradas nos anos 80 e 90 do século XX. Uma terceira linhagem interpretativa é mais contemporânea e procura analisar temas caros à linhagem mais conservadora, que dizem respeito aos problemas de fronteiras, às complexas relações políticas no cone sul entre os países protagonistas da guerra e à problemática da formação nacional destes. Mais do que uma verdade histórica, o que interessa é – não importando qual a versão abraçada pelo aluno – verificar a fundamentação e a coerência da argumentação elaborada por ele.
b) É importante destacar que a “liberdade de imprensa” é um elemento fundamental na caracterização dos regimes políticos. Quanto mais livre é a imprensa, mais democrático é o país. Por outro lado, esta liberdade não é absoluta.
Se, no século XIX, a considerar-se os textos em questão, há uma maior liberdade de imprensa, mesmo em situaçõesde guerra, em países regidos por constituições liberais, como o Brasil, isto não é norma geral. De fato, mesmo em
países mais livres no mundo contemporâneo, a liberdade de imprensa é limitada quer por interesses ligados ao regime, quer por necessidade de sobrevivência econômica ou por motivações ideológicas. Esses limites se tornam mais claros e contundentes em situações de guerra. Nestas situações, muitas vezes, a imprensa se torna uma arma que atua através da propaganda de guerra (é o caso da mídia impressa, televisiva e mesmo do cinema) de modo a mobilizar a sociedade em torno de um esforço de guerra. O aluno aqui deve exemplificar, a partir dos textos e das imagens, esta situação nos séculos XIX e XX.

AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA – TERCEIRO SÉRIE

1. (UNESP-2010) A propósito da expansão marítimo-comercial européia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que:

a) a igreja católica foi contrária a expansão e não participou da colonização das novas terras.

b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.

c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.

d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.

e) os descobrimentos intensificaram o comércio das especiarias no mar mediterrâneo.

Resposta: [C]

2. (UNICAMP) Segundo o historiador indiano K. M. Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas nações europeias.

(Adaptado de C. R. Boxer, O Império Marítimo Português, 1415-1835. Lisboa: Edições 70, 1972, p 55.)

a) Quais fatores levaram à expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI?

Respostas: O aluno poderia mencionar por exemplo, o lucrativo comércio das especiarias, com a busca de rotas alternativas para o Oriente, a aliança entre o rei e a burguesia que possibilitou o financiamento das expedições marítimas, entre outros fatores.

b) Qual a diferença entre o domínio dos portugueses no Oriente e na América?

Resposta: O aluno deveria mencionar que o comércio do Oriente era caracterizado pelo estabelecimento de feitorias, buscando o comércio, enquando o Brasil se tornaria uma possessão de Portugal, no interior de um empreendimento colonial destinado a produzir mercadorias para serem exportadas.

3. (FUVEST)

Observe as rotas no mapa e responda:

a) O que representou, para os interesses de Portugal, a rota marítima Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute?

b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral para o Império Português?

Resposta
a) Portugal veio a se constituir no pioneiro na realização da expansão marítima. Após a Revolução de Avis (1383-1385), Portugal torna-se o primeiro Estado Moderno europeu, passando a ter condições de reunir os recursos em escala nacional para promover a expansão. Em 1415 os portugueses tomaram a cidade de Ceuta, no norte da África. Avançando pela costa africana, os portugueses estabeleceram ali feitorias, adquirindo marfim, ouro em pó, pimenta e escravos.
Entre 1487-1488, Bartolomeu Dias atingiu o Cabo das Tormentas, depois chamado Cabo da Boa Esperança, avistando a ligação entre o Atlântico e o Índico. Em 1498, com Vasco da Gama, os portugueses chegaram a Calicute (Índia). Controlando a rota das especiarias Lisboa-Cabo da Boa Esperança-Calicute, os portugueses eliminaram o monopólio que as cidades italianas e os árabes exerciam no comércio de especiarias pela via do mar Mediterrâneo.
b) Em 1492, a Espanha lança-se à expansão marítima. Tem início a disputa entre Portugal e Espanha pelas terras descobertas e a descobrir. Em 1493, o papa Alexandre VI (Rodrigo de Bórgia) assina a Bula Inter Coetera. Descontentes com a demarcação estipulada pelo papa, os portugueses obtêm, em 1494, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual é traçado um meridiano de polo a polo, a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde,sendo que as terras a oeste desse meridiano pertenciam à Espanha, e as terras a leste desse meridiano pertenciam a Portugal. Em 1500 é organizada a frota de Cabral que, ao desembarcar noBrasil, busca garantir para Portugal a posse doterritório, depois a esquadra seguiu para assegurar o poder português no Oriente. Enfim, a expedição de Cabral viria a consolidar a posse das terras que caberiam a Portugal com a chamada "partilha do mar oceano.

4. (UNICAMP 2011) Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:

“E ao imenso e possível oceano

Ensinam estas Quinas, que aqui vês,

Que o mar com fim será grego ou romano:

O mar sem fim é português.”

(Fernando Pessoa, Mensagem — poemas esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.)

Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara

a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos à terra.

b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico.

c) a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte da África.

d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas colônias.

Resolução
O poeta Fernando Pessoa, ao dizer no seu poema “Que o mar com fim será grego ou romano”, referia-se ao fato de esse domínio restringir-se ao Mediterrâneo. No entanto, ao dizer que “O mar sem fim é português”, faz alusão ao fato de o domínio português estender-se aos oceanos Atlântico e Índico.
Resposta: b

5. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:

a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;

b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;

c) os índios brasileiros falavam todos a chamada "língua geral" tupi-guarani;

d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis";

e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e nações.

Resposta:[E]

QUESTÕES EXTRAS

1. (PITÁGORAS) "Em 1492, a expansão europeia atingia a América. Em 1498, os europeus chegaram também às tão ambicionadas Índias. Tais descobrimentos situaram-se dentro do mesmo movimento do expansionismo europeu ocidental. As ocupações, porém, das regiões das Índias Orientais e das Índias Ocidentais foram inteiramente diferentes: no Oriente a simples conquista era suficiente; no Ocidente, era outra a condição de incorporação dos territórios atingidos.

Identifique entre os fatores abaixo, aqueles que se constituíram condições para a expansão marítima no século XV.

I - a escassez de metais preciosos na Europa devido ao fato das minas estarem exauridas.

II - a revolução verde que contribuiu para o aumento da produção agrícola e a queda dos preços dos produtos.

III - a falta de mão-de-obra e o aumento dos salários dos trabalhadores.

IV - o apoio da Igreja católica enfraquecida com a Reforma Protestante e interessada na conquista de novos adeptos.

São CORRETAS as afirmativas

A) I e II, apenas.

B) I e III, apenas.

C) II e IV, apenas.

D) I, III e IV, apenas.

E) I, II, III e IV.

Resposta:[D]




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