domingo, 26 de fevereiro de 2012

Saiba as principais características da economia brasileira ao longo do Segundo Reinado

2ª série do EM: Confira abaixo um resumo do Capítulo 2 - A economia no Brasil Imperial

Saiba as principais características da economia brasileira ao longo do Segundo Reinado.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

3ª Série do EM: Confira um resumo da aula sobre o Liberalismo e o Nacionalismo no século XIX

Saiba mais sobre a Era Napoleônica

2ª Série do EM: Confira abaixo um resumo da aula sobre a Era Napoleônica. Bons estudos.


* Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega em 1769. Foi tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos e general aos 27 anos, saindo vitorioso em várias batalhas na Itália e na Áustria.

Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que aderiram ao movimento filosófico chamado Iluminismo.

Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte da Europa.. Para os biógrafos, seu sucesso se deu devido a sua grande capacidade como estrategista, seu espírito de liderança e ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas.

* Era Napoleônica

Os processos revolucionários provocaram certa tensão na França, de um lado estava a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por monarquistas e revolucionários radicais, e do outro lado as monarquias européias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se propagassem por seus reinos.

Foi derrubado na França, sob o comando de Napoleão, o governo do Diretório. Junto com a burguesia, Napoleão estableceu o consulado, primeira fase do seu governo. Este golpe ficou conhecido como 'Golpe 18 de Brumário' em 1799. O Golpe 18 de Brumário, marca o início de um novo período na história francesa, e conseqüentemente, da Europa: a Era Napoleônica.

Seu governo pode ser dividido em três partes:

Consulado (1799-1804)

Império (1804-1814)

Governo dos Cem Dias (1815)

* Consulado

O governo do consulado foi instalado depois da queda do Diretório. O consulado possuía caráter republicano e militar. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: dois cônsules e o próprio Napoleão. Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais dispunha de influência e poder era o próprio Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.

No consulado, a burguesia detinha o poder e assim, foi consolidada com o grupo central da França. A forte censura à imprensa, a ação violenta dos órgãos policiais e o desmanche da oposição ao governo colocaram em questão os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” características da Revolução Francesa.

Entre os feitos de Napoleão (na época), podemos citar:

Economia – Criação do Banco da França, em 1800, controlando a emissão de moeda e a inflação; criação de tarifas protecionistas, fortalecendo a economia nacional.

Religião – Elaboração da Concordata entre a Igreja Católica e o Estado, o qual dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero.

Direito – Criação do Código Napoleônico, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei, etc.

Educação – Reorganização e prioridades para a educação e formação do cidadão francês.

Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício, em 1802.

* Império

Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleônica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi reestabelecido na França, Napoleão foi indicado para ocupar o trono.

Nesse período, podemos destacar o grande número de batalhas de Napoleão para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.

O principal e mais poderoso inimigo francês, na época, era a Inglaterra. Os ingleses se opunham a expansão francesa, e vendo a força do exército francês, formaram alianças com Áustria, Rússia e Prússia.

Embora o governo francês dispusesse do melhor exército da Europa, a Inglaterra era a maior potência naval da época, o que dificultou a derrota dos ingleses. Em virtude disso, Napoleão Bonaparte pensou em outra forma de derrotar os ingleses economicamente. Ele estabeleceu o Bloqueio Continental, que determinava que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo assim, as exportações do país e causando uma crise industrial.

A Inglaterra na época, era o maior parceiro comercial de Portugal. Portugal vendia produtos agrícolas e a Inglaterra, produtos manufaturados. Vendo que não poderia parar de negociar com os ingleses, e temendo a invasão dos franceses, D.João VI junto com sua família e os nobres portugueses fugiram para o Brasil, transferindo quase todo o aparelho estatal para a colônia.

A Rússia também descumpriu o Bloqueio Continental e comercializou com a Inglaterra. Napoleão e seus homem marcharam contra a Rússia, mas foram praticamente vencidos pelo imenso território russo e principalmente, pelo rigoroso inverno. Além disso haviam conspirações de um golpe na França, o que fez Napoleão voltar rapidamente para controlar a situação.

Após esses fatos temos a luta da coligação européia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador foi obrigado a abdicar.

* Governo dos Cem Dias

Com a derrota para as forças da coligação européia, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba, no Tratado de Fontainebleau, porém fogiu no ano seguinte. Com um exército, entrou na França e reconquistou o poder. Passou a atacar a Bélgica, mas foi derrotado pela segunda vez na Batalha de Waterloo. Assim, Napoleão foi preso e exilado pela segunda vez, porém para a Ilha de Santa Helena, em 1815. Napoleão morreu em 1821 não se sabe, na verdade, o motivo mas supeita-se de envenenamento.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Saiba mais sobre a política no Segundo Reinado



Teste seus conhecimentos sobre a política no Segundo Reinado

1. (Unesp) Leia os versos e responda. Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente; Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente. Quem põe governança Na mão de criança Põe geringonça No papo de onça.

(Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, "As barbas do imperador")

a) A qual episódio da história brasileira os versos fazem referência?

b) Indique duas características do sistema político vigente no Segundo Império.

2. (Fuvest) Canção 1

Suba ao trono o jovem Pedro Exulte toda a Nação;

Os heróis, os pais da Pátria Aprovaram com união.

Canção 2

Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente;

Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente.

Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.

Compare as quadrinhas populares e responda:

a) Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito anos, como previa a Constituição?

b) Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas canções populares?


3. (UFRRJ) "Ora, dizei-se: não é isto uma farsa? Não é isto um verdadeiro absolutismo, no estado em que se acham as eleições no nosso país? (...) O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis, aí está o sistema representativo do nosso país!"

(Nabuco de Araújo, discurso ao Senado (17/07/1868), citado no Manifesto Republicano de 1870.)

Tido como ponto de partida para o movimento de 15/11/1889, o Manifesto, em sua crítica ao funcionamento das instituições políticas do Império, questiona o Poder Moderador e o sistema parlamentar vigentes na época.

a) Aponte o responsável pelo exercício do Poder Moderador, segundo a Constituição de 1824.

b) Explique, a partir do texto, o porquê de diversos historiadores considerarem o sistema parlamentar brasileiro, de então, um "parlamentarismo às avessas."

4. (Uerj) Essa ilustração foi publicada em 1865, durante a Guerra do Paraguai, e reflete o posicionamento de vários membros das elites intelectuais brasileiras favoráveis à guerra. Apresente dois argumentos, utilizados na época, para justificar a participação do Brasil nesse conflito.

5. (PITÁGORAS) O Segundo Reinado foi marcado por um conjunto de reformas políticas que pareciam dialogar com os diferentes grupos que controlavam os quadros políticos do Brasil naquela época. Esse comportamento político da época é geralmente justificado pelas conturbações experimentadas durante o Período Regencial, tempo em que diversos conflitos regionais se espalharam pelo país em oposição às decisões tomadas pelo governo central.


Analisando o texto e o fluxograma, podemos INFERIR que o sistema de governo adotado no Brasil em 1847 foi o

a) Presidencialismo.

b) Parlamentarismo.

c) Socialismo.

d) Anarquismo.

e) Capitalismo.

6. (Unesp) As idéias de Marx e Engels e suas propostas transformadoras e de participação popular, influenciaram a Revolução Francesa de 1848 e repercutiram no Brasil. Esclareça o que foi a Revolução Praieira e precise o seu desfecho.

7. (UFRJ) Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti : - " Nada se assemelha mais a um saquarema que um Luzia no poder. Saquarema , nos primeiros anos do Segundo reinado , era o apelido dos conservadores [...] Luzia era o apelido dos liberais [...] A idéia de indiferenciação dos partidos parecia também confirmar-se pelo fato de ser frequente a passagem de políticos de um campo para o outro "

O texto dá conta de algumas das características das correntes políticas que predominavam no Segundo Reinado (1840-1889).

a) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre as correntes políticas mencionadas no texto.

b) Explique uma diferença entre a experiência parlamentarista brasileira do Segundo Reinado e o modelo liberal inglês da mesma época.

7. (Puccamp) Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a

a) antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização do poder político.

b) adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização da propriedade privada.

c) restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do parlamentarismo.

d) abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional.

e) extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.


Saiba mais sobre a expansão marítima



Agora, teste seus conhecimentos sobre esse assunto


1. (Cefet-ce - 2006) Explique as condições que tornaram Portugal o primeiro país europeu a iniciar a Expansão Marítima.

2. (UFJF - 2006) Leia, com atenção, a citação:

"Diz-se muitas vezes que os povos da Península Ibérica - e particularmente os portugueses - estavam especialmente preparados para inaugurar a série de descobertas marítimas e geográficas que mudaram o curso da história mundial, nos séculos XV e XVI."

BOXER, C.R. "O império marítimo português". Lisboa: Edições 70, 1969, p. 20.

Com base na citação e em seus conhecimentos, leia atentamente as afirmativas, que buscam explicar as razões pelas quais os povos ibéricos podem ser considerados "especialmente preparados" para as descobertas marítimas:

I. A frágil diferenciação social interna e as alianças entre aristocracia, burguesia e camponeses atuaram como importante fator de estabilidade social.

II. A ativa participação dos árabes na condução do processo da expansão marítima ibérica possibilitou uma maior troca de experiências e projetos de expansão territorial.

III. A pioneira fundação do Estado Moderno português encontrou na expansão ultramarina uma fonte de prestígio para manutenção da nobreza e uma expectativa de novas fontes de receita. Após a leitura, pode-se afirmar que:

a) todas estão corretas.

b) todas estão incorretas.

c) somente a afirmativa III está correta.

d) as afirmativas I e III estão corretas.

e) somente a afirmativa II está correta.

3. (UEL - 2007) Sobre a expansão marítima ibérica da época dos descobrimentos, é correto afirmar que:

a) Ocorreu de maneira pacífica, com a colonização e povoamento das Américas.

b) Fundamentou a expansão do capitalismo mercantil, acompanhado pelas missões.

c) Acabou com o comércio mediterrânico, concentrando-se tão somente no Atlântico.

d) Fortaleceu as cidades-Estados italianas, tradicionais no comércio mercantil.

e) Concedeu cidadania aos súditos que emigrassem para as colônias de além-mar.

4. (UFPI) Sobre a Expansão Marítima e Comercial Européia (séculos XV e XVI), assinale a alternativa correta.

a) A Espanha, em parceria com a França, dominou as rotas comerciais entre a América do Norte e a Europa.

b) A Holanda, já no século XVI, impôs seu domínio marítimo e comercial, frente à Inglaterra, na América do Sul.

c) A França, devido ao uso de expedições militares, controlou o comércio de especiarias no litoral da América Portuguesa.

d) Portugal, ao assinar o Tratado de Tordesilhas com a Espanha, buscava garantir a exploração das terras localizadas no Atlântico Sul.

e) A Inglaterra, a partir da chegada de Cristóvão Colombo ao "Novo Mundo", firmou-se como a nação hegemônica, nas rotas comerciais entre a América Central e a Europa.

5. (UFTPR-2008)

"Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar,

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu!"

("Mensagem", Fernando Pessoa)

Sobre a expansão marítima européia do início da Idade Moderna, analise as seguintes proposições:

I - As navegações portuguesas se constituíram em um evento isolado, uma vez que não tiveram a concorrência de nenhum outro povo europeu naquele momento.

II - O sacríficio dos navegantes portugueses foi bastante recompensado, já que Portugal se tornou a nação hegemônica da Europa por longo tempo.

III - Da expansão marítimo-comercial portuguesa fazem parte a conquista da rota oriental para as Índias e a conquista do Brasil.

Assinale a alternativa correta.

a) Todas as proposições estão corretas.

b) Apenas a proposição I está correta.

c) Apenas a proposição II está correta.

d) Apenas a proposição III está correta.

e) Apenas as proposições I e III estão corretas.


6. (PUC-MG - 2008)

A História e Literatura têm trazido contribuições importantes para compreensão do desenvolvimento das civilizações. Leia o poema "Mar Português", de Fernando Pessoa, e assinale a afirmativa CORRETA de acordo com o texto.

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lagrimas de Portugal! Por te cruzarmos quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

a) Refere-se à expansão marítima portuguesa durante os séculos XV e XVI, ampliando a esfera política e geográfica do mundo conhecido.

b) Explica o mito fundador da colonização do novo mundo a partir da imposição da Coroa Portuguesa e de seus aliados espanhóis.

c) Trata-se de uma interpretação idealista da expansão marítima portuguesa, criada a partir das idéias mercantilistas inglesas e francesas do século XIX.

d) Critica o modelo histórico que explica o processo de colonização portuguesa em função da mudança do eixo Atlântico para o Mediterrâneo.


7. (FUVEST – 2012) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…

Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.

Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento

a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.

b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e viceversa.

c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrarse-iam incompatíveis.

d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.

e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.

8. (PUCCAMP – 2005) Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar que

a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações econômicas entre portugueses e indígenas.

b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação efetiva das novas terras.

c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena no Brasil.

d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico africano.

e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava voltado para o Oriente.


9. "Esta terra, Senhor, é muito chã e muito formosa. Nela não podemos saber se haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal; porém, a terra em si é de muitos bons ares (...) querendo aproveitar dar-se-á nela tudo (...)".

Esse trecho é parte da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu, em 1500, ao rei de Portugal, com informações sobre o Brasil. Com base no texto, é correto afirmar:

a) Havia a intenção de colonizar imediatamente a terra, retirando os bens exportáveis para atender o mercado internacional.

b) Iniciava-se o processo de ocupação da terra, circunscrito aos limites do mercantilismo industrial e colonial.

c) Desde o princípio, os portugueses procuraram escravizar os povos indígenas a fim de encontrarem os metais preciosos.

d) Estava evidente o interesse em explorar a terra nos moldes do mercantilismo.

e) Era preponderante a intenção de estabelecer a agricultura com o trabalho livre e familiar no Brasil.


10. (Unicamp)A base da tese de que o Brasil teria sido descoberto por Duarte Pacheco em 1498 gira em torno de seu manuscrito intitulado "Esmeraldo de situ orbis" produzido entre 1505 e 1508. Trata-se de um relato das viagens de Duarte Pacheco não só ao Brasil como também à costa da África, principal fonte de riqueza de Portugal no século XV. O rei Dom Manoel I considerou tão valiosas as informações náuticas, geográficas e econômicas contidas no documento que jamais permitiu que esse fosse tornado público.

(Adaptado de: ISTO É. 26 de novembro de 1997. pp.65-66)

a) Em que o relato de Duarte Pacheco altera a versão oficial do descobrimento do Brasil?

b) Por que, no contexto da expansão ultramarina, Portugal procurou manter este relato em segredo?

c) Quais os interesses de Portugal com a expansão ultramarina?

Resolução comentada

1. resposta: Portugal possuia uma monarquia centralizada, tinha paz interna, burguesia rica e interessada no comércio oriental das especiarias, a Escola de Sagres, etc.
2. resposta:[C]
3. resposta: [B]
4. resposta: [D]
5. resposta:[D]

6. resposta:[A]
7. resposta:[B]
8. resposta:[E]
9. resposta: [D]
10. respostas: a) O relato de Duarte Pacheco não dizia que o Brasil foi descoberto por Álvares Cabral em 1500.

b)Este termo refere-se á uma forma de agir a todo o saber que pudesse ser útil para a expansão portuguesa adotada pelos reis D. João II e D. Manuel I, e se essas informações fossem divulgadas poderiam correr o risco de atrair interesses de outros governos.

c) Portugal tinha como interesse a expansão comercial e marítima, pois queria quebrar o monopólio que as cidades italianas tinham sobre o comércio de especiarias.


As comunidades indígenas brasileiras

Saiba mais sobre as comunidades indígenas brasileiras



Agora, teste seus conhecimentos sobre esse assunto

1. (UFC CE/2010) A conquista do território brasileiro pelos portugueses foi efetuada mediante o confronto com as populações indígenas que habitavam o Brasil naquele momento. Com base nisso, responda o que se pede a seguir

a) Apresente três características gerais das sociedades aqui encontradas pelos colonizadores portugueses.

b) A partir dos contatos estabelecidos com os nativos, os colonizadores entenderam que deveriam promover a salvação de suas almas. Cite a grande estratégia utilizada para esse fim pelos portugueses.

c) Vários elementos da cultura indígena foram desvalorizados pelos portugueses no afã de legitimar seu projeto colonizador. Desse modo, indique duas práticas culturais nativas desprezadas pelos colonizadores.

d) Qual o legado cultural indígena à sociedade brasileira? Enumere três exemplos.

2. (Cfte-CE) Comente sobre a economia das comunidades nativas na época da chegada portuguesa no Brasil.

3. Sabe-se que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram vários povos que aqui habitavam, dentre eles os tupis, os jês, os karib e os aruak. Corresponde a uma de suas características gerais.

a) assim como os colonizadores portugueses, já praticavam a concepção de propriedade privada, sendo este um dos fatores de maior relevância na fusão cultural desses povos

b) por praticarem a monogamia, o monoteísmo e o patriarcalismo, essas comunidades indígenas, facilmente assimilaram os valores da religião católica como se adaptaram aos modelos econômicos dos colonizadores. Daí a mão-de-obra indígena ter sido satisfatória para o processo da montagem da empresa agrícola açucareira

c) para promover a sua alimentação, os povos indígenas tupis chegaram a praticar uma agricultura de regadio semelhante aos povos maias e incas, enquadrando-se no modo de produção servidão coletiva

d) os povos indígenas estavam muito envolvidos com a natureza e tinham uma maneira peculiar de entendê-la, através de uma concepção mítica de mundo

e) os povos indígenas foram vítimas de genocídio e etnocídio no processo de colonização dos portugueses, entretanto não ofereceram resistência devido ao fato de acreditarem que este era o seu destino de acordo com suas crenças

4. (MACKENZIE) ...Esta terra, senhor, nela não podemos saber que aja ouro nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lho vimos (...) o melhor fruto que dela se pode tirar me parece será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. (...), pois o desejo que tinha de tudo vos dizer, mo fez por assim pelo miúdo. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, Sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

Esses trechos da carta do escrivão Pero Vaz de Caminha apresentam elementos que nos indicam alguns objetivos das grandes navegações. Dentre esses objetivos, podemos destacar:

a) acabar com a circulação de mercadorias baseada no bulionismo, em decorrência da escassez de metais preciosos na Europa Ocidental.

b) a conquista de terras para a obtenção de riquezas, através da renda sobre a terra, defendida pelos teóricos fisiocratas da época.

c) a obtenção de novos mercados de matéria-prima e a política do laissez faire para a ampliação do fornecimento de produtos manufaturados.

d) o processo de crescimento econômico, através da conquista de novos mercados, a catequese e a conseqüente afirmação dos Estados Nacionais.

e) a emigração do excedente populacional europeu, decorrente da descentralização política e investimento de capitais na periferia do sistema capitalista.

5. (UFSM) A charge.

I. ilustra a maneira formal dos navegantes portugueses frente à ingenuidade dos índios.

II. refere-se a uma passividade dos índios diante dos navegantes portugueses.

III. assinala, de maneira cômica, o encontro de duas civilizações que resultaria em etnocídio.

IV. anuncia a disposição bélica do expansionismo português e a resistência indígena.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I e III.

d) apenas II e IV.

e) apenas III e IV.

6. (UFSCAR) O primeiro documento escrito sobre o "achamento do Brasil" pelos navegantes portugueses assim se refere, numa passagem, aos costumes da população nativa: "Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem outra nenhuma alimária, que costumada seja ao viver dos homens; nem comem senão desse inhame que aqui há muito e dessa semente e fruitos que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes comemos."

(CARTA A EL-REI DOM MANOEL SOBRE O ACHAMENTO DO BRASIL. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1974, p.73-75.)

a) Qual é o nome do autor deste documento?

b) O pequeno trecho apresentado demonstra que o contato entre os europeus e os habitantes da América não deveria limitar-se a uma relação estritamente econômica. A partir de que critérios o autor enxergou e analisou os homens da terra e a que conclusão chegou sobre a sua própria sociedade, a européia, ao observar esta nova gente?

7. (Ufmg) Leia o texto.

"As águas são muitas e infindas. E em tal maneira [a terra] é grandiosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem.

Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza esta pousada para a navegação [...], isso bastava. Mas ainda, disposição para nela cumprir-se - e fazer - o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber o acrescentamento da nossa Santa Fé!"

("Carta de Pero Vaz de Caminha", 12 de maio de 1500.)

Com base nesse trecho da carta de Caminha, o descobrimento do Brasil pode ser relacionado.

a) à procura de produtos para o comércio no Continente Europeu.

b) ao ideal de expansão religiosa do cristianismo.

c) à divisão do cristianismo pela Reforma Religiosa.

d) à procura do caminho marítimo para as Índias.

8. (Ufes) Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras, possuíam as seguintes características no período colonial:

I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada pelas florestas e matas;

II - tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos aldeamentos jesuítas;

III - exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no interior do Brasil;

IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná.

Em relação às proposições acima, está CORRETO o que se afirma

a) apenas em I, II e III.

b) apenas em II, III e IV.

c) apenas em I, III e IV.

d) apenas em I, II e IV.

e) em todas elas.

9. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:

a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;

b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna;

c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;

d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV;

e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.

10. (Ufrrj) "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!"

("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal" em 1°/5/1500.)

Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses.

Dentre essas possibilidades estão

a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não explorada então pelos portugueses.

b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras onde aportaram os navios portugueses.

c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela virada de século.

d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra como escala nas viagens ao Oriente.

e) a conquista de Calicute a partir das terras brasileiras e a cura de doenças pelos bons ares aqui encontrados.

11. (Ufsm) Sobre a organização econômica, social e política das comunidades indígenas brasileiras, no período inicial da conquista do território pelos portugueses, é correto afirmar:

I. Os nativos viviam em regime de comunidade primitiva, em que a terra era de propriedade privada dos casais e os instrumentos de trabalho eram de propriedade coletiva.

II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam das crianças, plantavam e colhiam; os homens participavam de atividades guerreiras, da caça, da pesca e da derrubada da floresta para fazer a lavoura.

III. A sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção controlado pelos chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens entre os indígenas.

IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o comércio pois tudo que produziam destinava-se à subsistência, realizando apenas trocas rituais de presentes.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I e II.

b) apenas I e III.

c) apenas III.

d) apenas IV.

e) apenas II e IV.

12. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:

a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;

b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;

c) os índios brasileiros falavam todos a chamada "língua geral" tupi-guarani;

d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis";

e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e nações.


13. (UNICAMP) A base da tese de que o Brasil teria sido descoberto por Duarte Pacheco em 1498 gira em torno de seu manuscrito intitulado "Esmeraldo de situ orbis" produzido entre 1505 e 1508. Trata-se de um relato das viagens de Duarte Pacheco não só ao Brasil como também à costa da África, principal fonte de riqueza de Portugal no século XV. O rei Dom Manoel I considerou tão valiosas as informações náuticas, geográficas e econômicas contidas no documento que jamais permitiu que esse fosse tornado público.

(Adaptado de: ISTO É. 26 de novembro de 1997. pp.65-66)

a) Em que o relato de Duarte Pacheco altera a versão oficial do descobrimento do Brasil?

b) Por que, no contexto da expansão ultramarina, Portugal procurou manter este relato em segredo?

c) Quais os interesses de Portugal com a expansão ultramarina?

14. (UFSC) "Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os dentre Douro e Minho, porque neste tempo de agora assim os achávamos como os de lá. As águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém, o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar (...)."

Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei D. Manuel (1º de maio de 1500).


As informações do texto apresentado permitem afirmar que:


01. as terras avistadas despertaram o entusiasmo do cronista pela extensão e pelas possibilidades que ofereciam da existência de metais preciosos.

02. as referências ao clima, às águas, ao solo, à natureza e as possibilidades de evangelização confirmam a certeza do cronista que as terras eram habitadas.

04. a possibilidade de os nativos serem salvos apresentava-se para o cronista como o principal investimento para os portugueses.

08. aos olhos do cronista de Cabral, as terras vislumbradas da caravela ofereciam possibilidades promissoras ligadas à agricultura, à pecuária e à mineração.

16. as atitudes amistosas dos nativos da América para com os portugueses, a inocência de sua nudez e o meio ambiente descrito pelo cronista confirmavam a localização do paraíso terrestre.


15. (MACKENZIE) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...)

Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno)

Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar.

a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira.

b) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra.

c) Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira.

d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial.

e) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil.


16. (MACKENZIE) Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...)

Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno)

Este contato amistoso entre brancos e índios preservado:

a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese.

b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal.

c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação.

d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização".

e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão.

17. "Esta terra, Senhor, é muito chã e muito formosa. Nela não podemos saber se haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal; porém, a terra em si é de muitos bons ares (...) querendo aproveitar dar-se-á nela tudo (...)". Esse trecho é parte da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu, em 1500, ao rei de Portugal, com informações sobre o Brasil.

Com base no texto, é correto afirmar:

a) Havia a intenção de colonizar imediatamente a terra, retirando os bens exportáveis para atender o mercado internacional.

b) Iniciava-se o processo de ocupação da terra, circunscrito aos limites do mercantilismo industrial e colonial.

c) Desde o princípio, os portugueses procuraram escravizar os povos indígenas a fim de encontrarem os metais preciosos.

d) Estava evidente o interesse em explorar a terra nos moldes do mercantilismo.

e) Era preponderante a intenção de estabelecer a agricultura com o trabalho livre e familiar no Brasil.


18. (Unesp) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:

a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosi.

b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.

c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.

d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.

e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.


19. (G1) A coleta e o transporte do pau-brasil era um trabalho demorado e difícil que os portugueses não conseguiam fazer sozinhos. Responda:

a) Quem colaborou com os portugueses na extração do pau-brasil?

b) O que os índios receberam dos portugueses em troca de seu trabalho na coleta e transporte do pau-brasil? Que nome recebe esse tipo de troca?

c) Explique o que eram as feitorias e como elas eram utilizadas na época da exploração do pau-brasil.



20. (G1) Justifique com suas palavras a seguinte frase da música: "Todo dia, era dia de índio, mas agora ele só tem o dia 19 de abril".

(Baby Consuelo ou Baby do Brasil)




Respostas comentadas

1. resposta: A conquista do território brasileiro pelos portugueses foi efetuada mediante o confronto com as populações indígenas que povoavam o território brasileiro naquele momento. As sociedades aqui encontradas pelos colonizadores foram caracterizadas como nômades ou seminômades e viviam um modelo de comunidade primitiva, caracterizada pela inexistência da propriedade privada, organizada sob a forma do trabalho coletivo, com partilha comunitária da alimentação obtida através da coleta, da caça e da pesca, e a partir da divisão sexual do trabalho. Era uma sociedade que respeitava os idosos e as crianças e que tinha uma relação de respeito com a natureza (os animais, a fauna e a flora). Por não compreenderem nem respeitarem a cultura nativa e a partir dos primeiros contatos estabelecidos com os nativos, os colonizadores entenderam que deveriam promover a salvação das almas daqueles. A conversão indígena através da catequese foi a estratégia encontrada para incutir-lhes a fé católica e tentar fazer com que abandonassem suas crenças. Nesse processo, vários elementos constitutivos da cultura indígena foram desvalorizados pelos portugueses no afã de legitimar seu projeto colonizador. Tradições seculares que envolviam as relações familiares como os casamentos e suas regras, seus modos de vestir, de se alimentar, de lutar e de ter fé foram duramente criticados e modificados à medida que o processo de colonização se consolidava. Apesar de todas as restrições impostas pelos colonizadores, o legado cultural indígena à sociedade brasileira está vivo nos nossos hábitos mais cotidianos, como o hábito de dormir em redes, na nossa dieta alimentar baseada em frutas, peixes, batatas e milho, bem como nas numerosas palavras indígenas agregadas ao nosso vocabulário, entre outras inúmeras contribuições.

2. As comunidades indígenas brasileiras antes da chegada dos colonizadores portuguesas praticavam as seguintes atividades econômicas, agricultura de subsistência (milho, mandioca, etc), dedicavam à caça, pesca e coleta de raízes e frutos (inclusive do mar). A propriedade da terra era coletiva, as tarefas eram divididas entre os membros da comunidade, embora existissem algumas distinções de gênero e de idade.

3. resposta:[D]

4. resposta:[D]

5. resposta:[C]

6. a) resposta: Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral.

b) O autor pautou-se em critérios econômicos estabelecendo que os nativos viviam da caça e da coleta, não sendo portanto conhecedores da economia agropastoril. O autor concluiu que a alimentação dava aos nativos a condição de mais saudáveis que os europeus, salientando ao rei a possibilidade de se aprender com essas pessoas.

7. resposta: [B]

8. resposta: [D]

9. resposta: [D]

10. resposta: [D]

11. resposta: [E]

12. resposta:[E]

13. resposta: a) O relato de Duarte Pacheco não dizia que o Brasil foi descoberto por Álvares Cabral em 1500.

b) Este termo refere-se á uma forma de agir a todo o saber que pudesse ser útil para a expansão portuguesa adotada pelos reis D. João II e D. Manuel I, e se essas informações fossem divulgadas poderiam correr o risco de atrair interesses de outros governos.

c) Portugal tinha como interesse a expansão comercial e marítima, pois queria quebrar o monopólio que a Itália tinha sobre o comércio de especiarias.

14. resposta:02 + 04 = 06

15. resposta: [C]

16. resposta: [B]

17. resposta:[D]

18. resposta:[E]

19. resposta: a) Os indígenas.

b) Espelhos, facas, machados, colares, etc. Esse tipo de relação de troca era chamado de escambo.

c) Eram postos de resgate da matéria-prima, no caso, o pau-brasil.

20. resposta: A frase assinala o contraste entre a vida dos índios antes da chegada dos portugueses e os dias de hoje, quando os índios são lembrados em uma data comemorativa, embora no passado tenham vivido como os senhores do Brasil.