quinta-feira, 28 de julho de 2011

Saiba mais sobre a crise do sistema colonial

Primeiro Ano - CNDL
Terceiro bimestre - História do Brasil
Os vassalos contra a Metrópole: as Conjurações


Tiradentes e a Inconfidência Mineira
Entrevista com o Professor Ricardo Carvalho sobre a figura histórica de Tiradentes e a Inconfidência Mineira.


Saiba mais sobre a Conjuração Baiana e conheça os fatores da eclosão desse movimento


Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, uma vez que seus líderes exerciam este ofício, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no final do século XVIII, na então Capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.
Professor explica os aspectos da Revolução Pernambucana de 1817





O professor de História do Colégio Notre Dame de Lourdes, Edenilson Morais aborda nesta teleaula os fatores da eclosão desse movimento, menciona os estratos sociais envolvidos, seus objetivos, bem como as consequências desta importante rebelião ocorrida no fim do período colonial brasileiro.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Era Vargas: a construção de um Brasil novo

Era Vargas: a construção de um Brasil novo
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Assista ao video a seguir onde o professor Ricardo Carvalho apresenta as repercussões da dita revolução de 1930 e as principais características da chamada Era Vargas (1930-1945)



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saiba mais sobre os Reinos Africanos

África: o berço da humanidade e do conhecimento
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Saiba o que foi o caudilhismo

Saiba o que foi o caudilhismo

Movimento surgiu na América Latina.

Veja explicações do professor na aula em vídeo.


Manuel Pimenta, professor de história do Curso e Colégio pH, dá uma aula sobre o caudilhismo.

Os caudilhos eram incapazes de chegar a um consenso político e por conta disso as lideranças jamais conseguiram promover uma unidade como a sonhada por Simón Bolívar.

Confira aula completa em vídeo.

fonte: g1.globo.com/vestibular-e-educacao

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Confira a correção das avaliações de recuperação de História (1º Semestre)

AVALIAÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA

1° ANO

1. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.

Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:

a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.

b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.

c) criação das capitanias hereditárias.

d) montagem do sistema colonial.

e) criação e distribuição das sesmarias.

Resposta: [C]

2. (MACKENZIE – 2011) Após a criação desse sistema, estabeleceu-se um centro que serviria como o “coração” do território nacional. Segundo Rodolfo Garcia, o regimento de 1548 introduziu uma alteração significativa no caráter da legislação metropolitana editada no Brasil, na medida em que o principal meio pelo qual o rei mandava povoar o Brasil era o da redução da população indígena à fé católica. Não por acaso, os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil na comitiva de Tomé de Souza.

Adaptado de Ronaldo Vainfas. Dicionário do Brasil Colonial.

O texto trata de um sistema conhecido como

a) Provedor-mor.

b) Capitanias Hereditárias.

c) Período Pré-colonial.

d) Intendente das Minas.

e) Governo Geral.

Resposta: [E]

3. (PITÁGORAS) A câmara de São Paulo, em 1640, expulsou os padres jesuítas, em decorrência dos constantes atritos entre eles e os bandeirantes (elite local) no trato com os indígenas. Os padres permaneceram fora da capitania por doze anos, sem que nenhuma autoridade metropolitana os socorresse.

NADAI, NEVES,1988. P. 45

a) DETERMINE as funções das Câmaras no período colonial.

b) ESTABELEÇA uma relação de permanência e ruptura entre as funções das Câmaras no período colonial e na atualidade.

RESPOSTA:

a) Órgão legislativo do poder local que tinha como função garantir o abastecimento, a defesa, a execução das leis, os salários e a tributação.

b) Assim como no período colonial as câmaras representam o poder local, sua função é zelar pelo bom funcionamento dos municípios. Hoje as câmaras não representam só os grandes proprietários de terras, mas todo cidadão pode se candidatar a vereador, desde que esteja ligado a um partido político.

4. (PITÁGORAS) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial assume a tarefa da colonização das terras brasileiras. A partir daí dois elementos, Estado e burguesia, passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem. Dentre eles apenas um NÃO corresponde ao exposto no texto. ASSINALE-O.

a) A preocupação básica será a de regular a área do império colonial face às demais potências europeias.

b) O caráter político da administração se fará a partir da metrópole, e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo.

c) A função das colônias será pertinente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia.

d) A produção interna da colônia estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno.

e) A exploração colonial se fará como forma de promover o enriquecimento e o desenvolvimento da metrópole.

Resposta:[D]

5. (PITÁGORAS) Considere atentamente a situação descrita no texto abaixo e procure verificar como ela é confirmada pelos dados da tabela apresentada na sequência.

O DIA-A-DIA DA HISTÓRIA

A inflação no século XVIII

– O custo de vida na área mineradora era extremamente elevado. A alta dos preços era uma constante nessa região.

– Quer dizer que, já no século XVIII, havia inflação no Brasil?

– É isso mesmo! Vamos analisar por quê. Praticamente, todos os produtos consumidos aí vinham de outras partes da colônia, e até mesmo, da Europa, o que implicava cobrança de altos fretes.

– A dificuldade de abastecimento dessa região (vias de comunicação precárias) determinava uma reduzida oferta de mercadorias num mercado de altíssima demanda.

– As mercadorias destinadas à região mineradora eram rigorosamente taxadas. Todos os artigos eram divididos em duas categorias básicas: os molhados (gêneros alimentícios) e os secos (ferramentas, móveis, roupas, etc.) e eram submetidos ao imposto devido nos registros. Além disso, a população mineira também era vítima da ação dos atravessadores.

– Qualquer semelhança com o Brasil do final do século XX não é mera coincidência.

Veja com atenção a tabela a seguir. Nela você poderá visualizar essa situação.

Fonte: TAUNAY, Afonso. História geral das bandeiras paulistas. Citado por Antônio Mendes Júnior et alii, Brasil História - texto e consulta. São Paulo: Brasiliense, 1979, N.1, p.246.

A partir da análise realizada, é CORRETO afirmar

a) Os altos índices de inflação na região mineradora foram provocados pela baixa oferta de produtos e também pelo fato de a região não ter se dedicado fortemente à produção de alimentos.

b) A elevação dos índices de inflação foi motivada pela desvalorização da moeda (Réis) frente à valorização da libra inglesa, devido à abundância de ouro e prata na colônia.

c) O custo de vida na região mineradora era alto devido à falta de fiscalização do governo, ao contrabando de produtos e à insegurança do comércio frente aos assaltos.

d) O desenvolvimento da pecuária na região mineradora tornou os produtos derivados do leite e da carne mais baratos em Minas Gerais que em São Paulo.

Resposta: [A]

Questão desafio

(PITÁGORAS) Observe os mapas.

a) EXPLIQUE de que forma o gado contribuiu para a configuração do território brasileiro a partir do século XVII.

Resposta: a) Na pecuária extensiva e com a proibição da criação de gado no litoral, os pecuaristas buscaram regiões mais no interior da colônia para criarem o gado. Desta forma cada vez mais o cada foi entrando para o interior promovendo assim uma expansão do território brasileiro além da linha de Tordesilhas.

b) IDENTIFIQUE nos mapas outras atividades econômicas que contribuíram para a formação do território brasileiro e em quais regiões elas desenvolveram.
Resposta: b) Drogas do sertão e a mineração.

2° ANO

1. (PITÁGORAS) Com relação ao Brasil Imperial pode-se afirmar que a organização política do Segundo Reinado é percebida essencialmente como produto do triunfo da elite agrária. Isto teria motivado a população a compor o seguinte versinho:

Por subir Pedrinho ao trono

Não fique o povo contente

Não pode ser boa coisa

Subindo com a mesma gente.

Analisando o versinho acima podemos INFERIR que

a) o Segundo Reinado foi um período de grandes transformações sociais.

b) a figura inexpressiva do imperador possibilitou a adoção do voto livre e universal.

c) os partidos passam a apoiar o imperador sem nenhum interesse político.

d) a manutenção da elite agrária no poder impossibilitou as transformações econômicas e sociais.

e) as disputas políticas partidárias contribuíram para o surgimento do pluripartidarismo no Brasil.

Resposta: [D]

2. (PITÁGORAS) A implantação do café no Brasil provocaria diversas transformações socioeconômicas, entre as quais a estabilização financeira, a implantação de um mercado interno e a formação de uma nova aristocracia. Em 1850, o Brasil passaria por um surto industrial. Na política interna, a característica principal seria a conciliação partidária.

INDIQUE duas diferenças entre a cafeicultura no Vale do Paraíba e a cafeicultura no Oeste Paulista.

RESPOSTA

Vale do Paraíba Oeste Paulista

Produção tradicional Produção moderna

Mão-de-obra escrava Mão-de-obra assalariada

Barões do Café Burguesia cafeeira

Exportação via porto do Rio de Janeiro Exportação via porto de Santos

3. (PITÁGORAS) Durante o Segundo Reinado a economia brasileira desenvolveu consideravelmente. Através dos grandes investimentos feitos por Irineu Evangelista Marinho, o Barão de Mauá, o Brasil teve o seu primeiro surto industrial. Este desenvolvimento industrial só foi possível devido à adoção de algumas medidas econômicas por parte do governo. Entre as principais medidas econômicas adotadas pelo governo CITA-SE:

a) A adoção das protecionistas através das Tarifas Silva Ferraz.

b) A renovação do Tratado de Comércio, Aliança e amizade com a Inglaterra.

c) A adoção das Leis para Inglês ver que pôs fim no tráfico negreiro.

d) O fim do Pacto Colonial e abertura dos portos às nações amigas.

e) A adoção das Tarifas Alves Branco e da Lei Eusébio de Queirós que pôs fim no tráfico negreiro.

Resposta: [E]

4. (PITÁGORAS) Observe o fluxograma abaixo.

Fonte: Livro 4, Ensino Médio, Coleção Pitágoras,1999.

a) IDENTIFIQUE os partidos de maior expressão durante o II Reinado.

b) DETERMINE os objetivos políticos dos partidos identificados.

RESPOSTA

a) Partido Liberal e Partido Conservador.

b) Os Partidos Liberal e Conservador não tinham grandes diferenças ideológicas, mas buscavam sempre estar no poder.

5. (PITÁGORAS) Um dos maiores problemas enfrentados pelos proprietários de terras era o de que, uma vez que o imigrante conseguisse pagar as dívidas, ele poderia estabelecer-se por conta própria. Isso significa que ele poderia apossar-se de um pequeno lote de terra e estabelecer uma agricultura familiar, o que não interessava às pretensões agroexportadoras do Brasil. Durante o período colonial, a terra era livre porque o trabalho era escravo. Agora, com o trabalho livre, era necessário tornar a terra cativa.

Entre as medidas adotadas pelo governo para dificultar o acesso das pessoas à terra e manter a estrutura latifundiária no Brasil cita-se:

A) a imigração pelo sitema de parceiria como forma de resolver a questão da falta de mão de obra devido ao fim do tráfico negreiro.

B) a imigração subvencionada, política adotada pelo imperador como formar demanter o fornecimento de mão-de-obra para os engenhos do nordeste açucareiro.

C) a servidão de contrato, política adotada pelos grandes fazendeiros como forma de garantiam o recebimento das dívidas contraídas pelos trabalhadores rurais.

D) a Lei de Terras: lei que pôs fim ao regime de sesmarias e estabeleceu que a aquisição de terras devolutas deveria ser obtida através da compra.

E) a criação do salário mínimo e a doação de terras aos imigrantes como formas de incentivar a vinda de mão-de-bra para o Brasil.

Resposta: [D]

Questão desafio

(PITÁGORAS) Leia o trecho transcrito a seguir.

"... o que de coração desejo é ver concluída esta maldita guerra, que tanto tem arruinado nosso país,"

Ofício confidencial de Caxias dirigido ao Ministro da Guerra brasileiro, em Tuiuti, 10 de junho de 1867.

a) A que guerra Caxias se refere? CITE os países nela envolvidos.

b) IDENTIFIQUE duas (2) repercussões dessa guerra para o Brasil.

RESPOSTA

a) Pela data pode-se perceber que se trata da Guerra do Paraguai. Brasil, Uruguai e Argentina (Tríplice Aliança) se aliaram contra ao Paraguai.

b) A Guerra do Paraguai transformou o Exército numa força política importante no plano interno. A convivência com argentinos e uruguaios fez com que nossos militares assimilassem os ideais republicanos, transformando o Exército em um possível foco de rebeldia contra o sistema monárquico. Além disso, a presença significativa de ex-escravos, negros e mulatos, nas fileiras do nosso Exército durante a guerra deu impulso às idéias abolicionistas no Brasil. Os enormes gastos com a guerra contribuíram também para abalar as finanças do governo imperial.

3° ANO

1. (PITÁGORAS) No século XVII, o Brasil conheceu as Invasões Holandesas.

a) EXPLIQUE a principal razão pela qual os holandeses se instalaram na colônia brasileira.

Resposta: Recuperar os investimentos feitos na produção de açúcar no Nordeste da América Portuguesa, em razão da proibição imposta pela Coroa Espanhola durante a União Ibérica (1580-1640)

b) CITE duas características da administração holandesa no Brasil.

Resposta: Entre as características poderiam ser citadas as medidas adotadas durante a administração de Maurício de Nassau, tolerância religiosa, incentivos às atividades culturais e científicas, urbanização de Recife e da cidade Maurícia, revitalização na produção açucareira, concessão de empréstimos aos senhores de engenho pernambucanos.

c) DETERMINE a principal razão que levou à Insurreição Pernambucana.

Resposta: A cobrança dos empréstimos concedidos aos senhores de engenho, logo após a saída de Maurício de Nassau, e a mudança nos planos da Companhia das Índias Ocidentais.

2. (PASES 2008-2010 UFV) Sobre as “revoltas coloniais”, é INCORRETO afirmar que

A) os membros da Conjuração Baiana foram artesãos, soldados e profissionais liberais (como o médico Cipriano Barata) que desejaram uma república justa, sem o excesso de impostos cobrados pelo rei.

B) um dos fatores que explicam a Revolução Pernambucana de 1817 foi o descontentamento com uma carga de impostos cobrados pelo governo central, sediado no Rio de Janeiro, sobretudo após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil.

C) os participantes da Conjuração Baiana foram acusados de conspirar contra a coroa portuguesa, sendo que dois soldados e dois artesãos foram enforcados e tiveram as partes de seus corpos espalhadas pela cidade de Salvador.

D) a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a Insurreição Pernambucana (1817) defenderam a efetiva independência política do Brasil e o fim da escravidão.

Resposta: [D]

3. (FUVEST - 2011) Observe a seguinte foto.













Fonte: imagens das estátuas de Antônio Raposo Tavares (esq.) e Fernão Dias Pais (dir.), existentes no salão de entrada do museu Paulista, São Paulo.

Essas duas estátuas representam bandeirantes paulistas do século XVII e trazem conteúdos de uma mitologia criada em torno desses personagens históricos.

a) Caracterize a mitologia construída em torno dos bandeirantes paulistas.

Resposta: a) Ao longo do século XX, a oligarquia paulista procurou mitificar a figura do bandeirante, apresentando-o como o valente desbravador que contribuiu para ampliar as fronteiras de nossa pátria. De acordo com essa visão romântica, o bandeirante paulista seria um verdadeiro herói nacional.


b) Indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes que, em geral, são omitidos por essa mitologia.

b) Outra interpretação histórica sobre a atuação dos paulistas do século XVII busca apresentá-los como vilões, porque, através da bandeira de preação de índios, foram responsáveis por dizimar muitas comunidades tribais e assassinar os jesuítas que dirigiam as missões. Além disso, com as bandeiras de sertanismo de contrato, eles se transformaram em matadores de índios e destruidores de quilombos. Por isso as autoridades portuguesas caracterizavam São Paulo como uma terra “sem rei, sem lei e sem fé”, e seus habitantes eram chamados de “bandidos”, “rebeldes insolentes”, “bárbaros cruéis” e “assassinos sanguinários”.

4. (VUNESP – 2011) Entre as características da sociedade da região das Minas Gerais no período da extração de ouro, no século XVIII, podemos citar:

a) maior mobilidade social que no restante da colônia.

b) pequeno desenvolvimento artístico e ausência de estímulo à produção cultural.

c) predomínio do meio rural sobre o urbano, como no restante da colônia.

d) comércio interno restrito e ausência de setores sociais intermediários.

e) menor presença de irmandades religiosas que no restante da colônia.

Resposta: [A]

5. (PITÁGORAS) Observe os acontecimentos:

UTILIZANDO OS NÚMEROS, COMPLETE o fluxograma na ordem cronológica CORRETA dos acontecimentos.

  1. Revolução do Porto
  2. Bloqueio Continental
  3. Revolução Pernambucana de 1817
  4. Primeira Constituição brasileira
  5. Vinda da Corte portuguesa para o Brasil
  6. Confederação do Equador
  7. Independência do Brasil
  8. Abertura dos Portos brasileiros

Resposta: 2 / 5 / 8 / 3 / 1/ 7 / 4 / 6

Questão DESAFIO

(FUVEST – 2011) Observe os dois quadros a seguir.

1ª versão


Fonte: Victor Meirelles de Lima, Combate naval do Riachuelo, 1882 / 1883.

2ª versão


Fonte: Juan Manuel Blanes, A

Fonte: Juan Manuel Blanes, A destruição causada pela guerra, 1880.

Essas duas pinturas se referem à chamada Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), ocorrida na América do Sul entre 1864 e 1870.

a) Esses quadros foram pintados cerca de dez anos depois de terminada a Guerra do Paraguai, o da esquerda, por um brasileiro, o da direita, por um uruguaio. Analise como cada um desses quadros procura construir uma determinada visão do conflito.

Resposta: a) O primeiro quadro, pintado por um brasileiro, traz elementos que destacam uma visão heroica e de exaltação da vitória sobre o Paraguai. Os soldados estão acenando com seus chapéus e comemorando a destruição da frota inimiga, em chamas ao fundo. O segundo quadro, pintado por um uruguaio, apresenta elementos que demonstram um visão mais crítica, de Renúncia das consequências da guerra. Uma mulher solitária observa corpos de soldados e material bélico destruído em um cenário arrasado pelos combates.

b) A Guerra do Paraguai foi antecedida por vários conflitos na região do Rio da Prata, que coincidiram e se relacionaram com o processo de construção dos Estados nacionais na região. Indique um desses conflitos, relacionando-o com tal processo.

Resposta: b) A Bacia Platina foi palco de diversos conflitos no século XIX. As posições conflitantes quanto à livre navegação e entre os projetos hegemônicos — como os da Argentina de Rosas e do Paraguai de Solano López — foram importantes ingredientes dessa situação. Entretanto estava também em pauta a formação e consolidação dos estados sul-americanos. Um exemplo relevante foi a “Guerra contra Oribe”, em que a interferência brasileira ocasionou a queda dos blancos e a ascensão dos colorados no Uruguai. Esse conflito desembocou ainda na “Guerra contra Rosas”, contra, Argentina.

domingo, 3 de julho de 2011

Segredos não tão remotos

Segredos não tão remotos
No período militar o Itamaraty criou um serviço de informações, dirigido por diplomatas, que atuava em estreita sintonia com o SNI
Pio Penna Filho - O Estado de S.Paulo
Alguns importantes documentos da história do Brasil permanecem guardados a sete chaves nos arquivos do Itamaraty, seja no Rio de Janeiro, seja em Brasília, por receio de que seu conteúdo possa arranhar a história do país e abrir supostas feridas já cicatrizadas pelo tempo. Em meio a um acervo rico e variado, de notável valor histórico, muito se diz sobre documentos ultrassecretos referentes à Guerra do Paraguai e às negociações em torno da aquisição do Acre durante a gestão do Barão do Rio Branco, documentos esses sempre citados e que poderiam comprometer seriamente a imagem de figuras ilustres da nossa história e, mesmo, da nossa tradicional diplomacia, sobretudo perante os vizinhos. Mas muito disso não passa, efetivamente, de lenda, de um verdadeiro mito criado justamente para justificar o sigilo eterno e absoluto de parte importante da história brasileira.
Em termos de segredos, esses são muito mais intensos quando olhamos para o período mais recente de nossa história do que para o passado remoto das definições de limites e de conflitos no século 19. Pouca gente sabe, por exemplo, que o Itamaraty, durante o período militar, criou um serviço de informações que atuava em estreita sintonia com o Serviço Nacional de Informações, o SNI. Assim, em 1966, criado e dirigido por diplomatas, o Centro de Informações do Exterior entrou em operação. Sua principal função era espionar os exilados brasileiros e dotar o sistema repressivo de informações sobre qualquer atividade política levada a efeito contra a ditadura no exterior. O Ciex produziu mais de 8 mil informes, todos sigilosos e devidamente tratados como segredo de Estado. Esses documentos permanecem até hoje afastados do conhecimento público, ou seja, ainda não fazem, oficialmente, parte da história recente do Brasil.
O acervo documental que está sob a guarda do Itamaraty se encontra dividido entre o Rio de Janeiro e Brasília. No Rio, onde se localiza o Arquivo Histórico, encontram-se as coleções documentais mais antigas, que compreendem os papéis colecionados do início do século 19 até os anos 1950. O acervo do Rio conta, também, com documentos ainda mais antigos, que remontam à época do Brasil Colônia. Além disso, naquela unidade estão guardadas as coleções de arquivos particulares adquiridos por compra ou doação como, por exemplo, o arquivo pessoal do Barão do Rio Branco. Documentos citados como "sensíveis" pelo ex-presidente Sarney estão lá.
Em 1972, com a transferência do Ministério das Relações Exteriores para a nova capital, parte da documentação produzida pelo Itamaraty foi deslocada para Brasília. Assim, foi criado um segundo arquivo, então denominado Arquivo do Ministério das Relações.
Exteriores, abrigando em seu acervo a documentação mais recente. Uma peculiaridade do Itamaraty é que, mais do que qualquer outro ministério, ele próprio é uma grande central produtora de informações. Abastecido frequentemente por ofícios, telegramas, cartas-telegramas, relatórios e outros documentos remetidos pelas representações no exterior, foi-se criando aos poucos um acervo fantástico que contempla diversos assuntos relacionados à inserção internacional do País em suas múltiplas vertentes.
Um dos grandes problemas desses arquivos é a dificuldade de acesso aos seus acervos. Inexiste uma política clara e transparente quando qualquer cidadão solicita autorização para pesquisar, seja ele um estudante de pós-graduação, um historiador, um jornalista ou qualquer pessoa que queira, por qualquer razão, obter informações diretamente das fontes primárias.
A dificuldade aumenta à medida que nos aproximamos do tempo presente. No Rio de Janeiro, embora o acesso seja menos complicado, há o problema de que muitos documentos, mesmo referentes ao século 19 e ao início do século 20, simplesmente não são entregues aos pesquisadores. Em Brasília, os empecilhos são ainda mais graves.
Como não há um quadro de funcionários especializados que dê conta do arranjo, desclassificação e liberação de documentos, o cidadão fica, virtualmente, impedido de ter acesso a boa parte da documentação existente.
A atual discussão sobre documentos secretos, sigilo eterno e direito à informação tem um aspecto muito positivo que é o de permitir que a sociedade discuta seu passado, mas com as atenções voltadas para o presente e para o futuro, numa perspectiva republicana, na qual o direito à informação é um dos pré-requisitos básicos para o pleno exercício da cidadania. Nesse sentido, nada mais oportuno do que podermos conhecer mais a fundo como o Brasil se relacionou e se relaciona com outros países, povos e culturas.
Não há razão, além da tradição, para que o Itamaraty continue como guardião da parte considerada histórica de seus acervos. Melhor, mais transparente e mais republicano seria sua transferência para o Arquivo Nacional, onde os documentos diplomáticos seriam tratados por profissionais qualificados e disponibilizados sem os descabidos receios motivados pela gestão corporativa.
PIO PENNA FILHO É PROFESSOR DO INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) E PESQUISADOR DO CNPQ

texto publicado originalmente na edição de 03/07/2011 do jornal O Estado de São Paulo