domingo, 27 de junho de 2010

Segundo Ano - CNDL
Terceiro Bimestre - História do Brasil
Capítulo 2 - Os prenúncios de uma nova ordem: a década de 1920 e a Revolução de 1930
Problematização do tema
"Um charuto gigante surgiu no céu do Rio de Janeiro em maio de 1930. Era o dirigível Graf Zeppelin - a quintessência da tecnologia alemã - em sua viagem inaugural à capital do país. Para os brasileiros, no entanto, que aplaudiram incrédulos as manobras desse monstro voador de mais de 200 metros e quase 60 toneladas, era bem mais do que o primeiro voo regular entre a América Latina e a Europa. Tratava-se, isso sim, do início de novos tempos. O futuro estava à vista.
Símbolo de tudo o que se considerava moderno, o Graf Zeppelin bem que poderia servir de marco para o fim de um ciclo no Brasil. Por uma dessas coincidências que, em retrospecto, acrescentam significados insuspeitos aos eventos, sua aparição antecipou o começo de um novo período histórico."
PILAGALLO, Oscar. A história do Brasil no século XX. (1920-1940). São Paulo: Publifolha, 2002. p. 8.



A chegada do dirigível alemão ao Rio de Janeiro pode mesmo ser usada como uma simbologia para a emergência de uma nova ordem no Brasil a partir do movimento de 1930. Contudo, a implantação dessa nova ordem foi precedida por uma década - a de 1920 - que trazia em si os prenúncios dessas profundas mudanças.

Foi ao longo dessa década que se definiu claramente a reivindicação por uma legislação trabalhista pelas classes trabalhadoras brasileiras. A década de 1920 foi também a conjuntura da expressão da insatisfação da sociedade brasileira com as fraudes e corrupção vigentes no sistema político-eleitoral e com a exclusão do povo da participação política desde o início da República Velha. Essas insatisfações foram canalizadas pelo movimento tenentista, pela Semana de Arte Moderna, pelo Partido Comunista Brasileiro que, criado em 1922, conseguiu mobilizar as camadas operárias.

Enfim, se a chegada do dirigível em 1930 anunciava o início de novos tempos, a sua viagem entre a Alemanha e o Rio de Janeiro era a condição necessária para o término da jornada, como o foi a década de 1920 para se chegar ao movimento de 1930.

Neste capítulo, além da turbulenta década de 1920, vamos estudar o movimento de 1930 que colocou Getúlio Vargas no poder. Poucos movimentos foram tão estudados e apresentam interpretações tão diferentes, como poderemos constatar adiante em nossos estudos.

Pense sobre o que acabou de ler.

1. Por que a década de 1920 foi o prenúncio de uma nova ordem no Brasil?

Porque ao longo da década de 1920 se definiu claramente a reivindicação por uma ligeislação trabalhista pelas classes trabalhadoras brasileiras, além disso foi durante esse período que ocorreram diversos movimentos de insatisfação em relação à política vigente na República Velha, tais como o movimento Tenentista, a Semana de Arte Moderna, a Coluna Prestes, a fundação do Partido Comunista Brasileiro e a formação da Aliança Liberal.

Segundo Ano - CNDL
Terceiro Bimestre - História do Brasil
Unidade 2 - A nova ordem republicana no Brasill
Capítulo 2 - Os prenúncios de uma nova ordem: a década de 1920 e a Revolução de 1930

Objetivos específicos do capítulo

* Reconhecer a importância da década de 1920 como a conjuntura em que se explicitaram os problemas acumulados ao longo da República Velha.

* Definir Tenentismo.

* Analisar as motivações dos tenentes para se rebelarem contra a ordem oligárquica.

* Relacionar a ideologia tenentista e os interesses das classes médias urbanas, na década de 1920.

* Analisar o impacto da criação do Partido Comunista nos movimentos populares da década de 1920.

* Definir Semana de Arte Moderna.

* Analisar a ideia de identidade nacional dos modernistas.

* Construir e/ou descontruir o conceito de identidade nacional.

* Analisar o processo histórico da formação da Aliança Liberal e do movimento de 1930.

* Apreender que a História é um discurso historiográfico construído a partir de outros discursos elaborados no passado que são as fontes documentais nas suas diversas linguagens.

* Analisar a contracultura contemporânea fazendo uma ponte com a Semana de 1922.

Esse capítulo pretende fazer a transição entre a República Velha e a nova ordem política, econômica e social instaurada pelo movimento de 1930. Como se afirmou no seu início, foi na década de 1920 que os problemas acumulados ao longo da Primeira República tornaram-se explícitos nas várias manifestações de diversos segmentos sociais brasileiros: o tenentismo, a Semana de Arte Moderna, as greves dos trabalhadores já sob hegemonia do Partido Comunista Brasileiro.

Todos esses problemas prenunciavam mudanças necessárias na República, o que acabou por acontecer em razão de uma crise política entre as oligarquias, levando à formação da Aliança Liberal, com a candidatura de Getúlio Vargas, e, com sua derrota nas urnas, ao movimento de 1930.

O que é importante nesse capítulo, além da análise dos movimentos dos anos 1920, é mostrar ao aluno as várias interpretações a respeito da Revolução de 1930. Existe uma extensa literatura sobre esse tema que apresenta inúmeras possibilidades de análise do movimento, com a participação de atores políticos diferentes, o que permite ao professor trabalhar com o aluno a constatação de que não há uma verdade absoluta na História e que as várias versões são discursos de sua época, que são as fontes utilizadas pelo historiador. É uma chance para que o aluno compreenda que ele não pode recuperar o passado, mas, sim, estudas os discursos, nas suas diversas linguagens, feito no e sobre o passado.

Nessa medida, apesar da importância da análise do conteúdo histórico específico, esse capítulo tem a função teórico-metodológica que deve ser levada em consideração.

As atividades do capítulo, distribuídas nas seções "Análise e interpretação" e "O tema em foco", tratam do Manifesto da Coluna Prestes e da marcha dos tenentes rebeldes pelo Brasil até a Bolívia; da Semana de Arte Moderna; de interpretação do Movimento de 1930, comparada a outras teses apresentadas no capítulo; da formação da Aliança Liberal; do documento de posse de Getúlio Vargas no Governo Provisório. São atividades que complementam o texto principal do capítulo e desenvolvem atividades cognitivas operacionais e globais, permitindo um eficaz processo de aprendizagem se bem conduzidas.

Na seção "Construindo habilidades e competências", sugere-se uma comparação entre os princípios da Semana da Arte Moderna, principalmente os estéticos e musicais, e os princípios dos rappers que quebram as noções de que a música deve ter uma harmonia e uma melodia.

Esse capítulo pode se beneficiar das informações muito ricas - documentos escritos, orais e iconográficos - do site www.cpdoc.fgv.br, que podem ser exibidos nas aulas expositivas com o recurso do data show, tornando as aulas mais motivadoras.

Bibliografia

BERTOLLI FILHO, Cláudio. A república velha e a revolução de 1930. São Paulo: Ática, 1999.

CARVALHO, José Murilo de. Pontos e bordados. Escritos de história política. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.

DECCA, Edgar de. O silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1997.

FAUSTO, Boris, org. O Brasil republicano. Estrutura de poder e economia. 1889-1930. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989 (Coleção História Geral da Civilização Brasileira, t. III. V. 1)

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. Brasil republicano. O tempo do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. v. 1.

IGLÉSIAS, Francisco. Trajetória política do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

LINHARES, Maria Yedda, org. História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

PENNA, Lincoln de Abreu. República brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

VIANNA, Luiz Werneck. Liberalismo e sindicato no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

VISCARDI, Cláudia Maria Ribeiro. O teatro das oligarquias. Uma revisão da "política do café-com-leite". Belo Horizonte: C/Arte, 2001.

sábado, 26 de junho de 2010

Primeiro Ano - CNDL
Terceiro bimestre - História do Brasil
Os vassalos contra a Metrópole: as Conjurações
Tiradentes e a Inconfidência Mineira
Entrevista com o Professor Ricardo Carvalho sobre a figura histórica de Tiradentes e a Inconfidência Mineira.
Primeiro Ano - CNDL
Terceiro bimestre - História do Brasil
Unidade - Das Conjurações à abdicação de D. Pedro I
Capítulo 1 - Os vassalos contra a metrópole: as Conjurações



Objetivos específicos do capítulo
* Analisar o contexto da Inconfidência Mineira.
* Analisar as razões dos inconfidentes.
* Avaliar a repressão metropolitana ao movimento de Minas Gerais.
* Analisar o contexto da Inconfidência Baiana (Revolta dos Alfaiates ou dos Búzios).
* Analisar o contexto da Revolução Pernambucana de 1817.
* Analisar as razões dos revolucionários de 1817.
* Conceituar "Pátria" e "patriota" como empregado no movimento de 1817.
* Avaliar a repressão ao movimento de 1817,
* Definir a ALCA.
* Caracterizar os debates a respeito da implantação da ALCA.


Neste capítulo, são tratados três movimentos, considerados os mais importantes na chamada crise do sistema colonial: a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates ou dos Búzios0 e a Revolução de 1817, esta última já no contexto da presença da Corte Portuguesa no Brasil.


A Inconfidência Mineira, ocorrida em Minas Gerais entre 1788 e 1789 envolveu homens poderosos da capitania, que haviam sido introduzidos na máquina administrativa da América Portuguesa pelo Marquês de Pombal, além de ricos contratadores. No capítulo, mostra-se que mesmo Tiradentes não era um homem pobre, mas um proprietário de terras e escravos. A mudança na conjuntura, com a morte de D. José I e a Viradeira em Portugal, destituiu Pombal do poder, que foi substituído por D. Maria I com planos de revigorar a opressão metropolitana na área mineradora. A chegada do Visconde de Barbacena e as arbitrariedades cometidas pelas autoridades desagradavam profundamente os vassalos, já acostumados com o andamento da máquina administrativa e o respeito aos direitos costumeiros. Dessa forma, os inconfidentes planejaram a conjuração para tornar Minas Gerais independente e se livrar da opressão exacerbada da metrópole.
Ao longo do referido capítulo, com o objetivo de fazer com que os alunos entrassem no clima da Capitania de Minas Gerais, após a chegada do Visconde de Barbacena, os autores utilizaram-se dos versos do Romanceiro da Inconfidência na seção ‘Análise e interpretação’. Nessa mesma seção, foi apresentada a justificativa dada por Tiradentes para o movimento, que reforça a ideia da opressão metropolitana. Na seção ‘O tema em foco’, examinaram-se trechos da sentença de morte de Tiradentes e o ritual de purificação pelo sal, além de uma leitura iconográfica do quadro de Cândido Portinari, ‘Despojos de Tiradentes’, que retrata a pena imposta ao réu pela sentença.
A Inconfidência Mineira teve seu ideário influenciado pela Revolução Americana. Por outro lado, a Conjuração Baiana foi influenciada pelas ideias francesas, com grande preocupação para o princípio da igualdade, ausente em Minas Gerais.
No capítulo, são analisados o contexto do movimento baiano e o processo do evento. Na seção ‘Análise e interpretação’, trabalhou-se com dois documentos: o panfleto afixado em vários locais de Salvador, exaltando a liberdade e a felicidade; e trecho do relatório de D. Fernando José com críticas que desqualificam o panfleto e os suspeitos de tê-lo escrito, além de denunciar a probabilidade de uma conspiração. Na seção ‘O tema em foco’ foi apresentado um texto de Antônia Garcia, do Instituto Búzios, que tem uma preocupação peculiar com a causa dos menos favorecidos. O texto, de certa forma, retoma algumas informações do texto principal, mas vai além, com informações bastante interessantes sobre os participantes do movimento, o que nos levou os autores do material didático a escolhê-lo.
Assim como em Minas Gerais e na Bahia, as ideias de autogoverno, fim das tiranias, as experiências revolucionárias da França e da América do Norte eram amplamente discutidas em Pernambuco. A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil não solucionou os graves problemas que os pernambucanos enfrentavam e que faziam crescer neles um forte sentimento antilusitano. Esse movimento conseguiu a implantação de um governo republicano, com a adesão do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Novos tratamentos, nova bandeira, novos costumes foram adotados. Na seção ‘Análise e interpretação’, apresentou-se o ‘Manifesto dos pernambucanos’, dando conta da Revolução que houve em Recife e da instalação do Governo Provisório, “composto de cinco Patriotas, de diferentes classes”. Já na seção ‘O tema em foco’, foi escolhido um texto que apresenta o manifesto de adesão da Paraíba, pouco estudado, e que nos pareceu interessante.
Uma vez que as Conjurações estudadas lutaram contra a espoliação da metrópole, acreditamos ser plausível discutir, na seção ‘Construindo habilidades e competências’, o tema da ALCA. Foi construído um pequeno texto introdutório em que se situa a questão, solicitando-se ao aluno pesquisar algumas questões novas relativas ao tema, redigir um relatório e debater as conclusões em sala de aula.

Leitura Complementar
ANASTACIA, Carla. A Inconfidência Mineira. São Paulo: Ática, 1998.
CARDOSO, Ciro Flamarion S. A crise do colonialismo luso na América Portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda, (org) História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
FRAGOSO, João L. R; FLORENTINO, Manolo. O arcaísmo como projeto. Rio de Janeiro: Diadorim, 1993.
FURTADO, João Pinto. O manto de Penélope. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.
JANCSÓ, Itsván; PIMENTA, João Paulo G. Peças de um mosaico (ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira). In: MOTA, Carlos Guilherme, (org.) Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias. São Paulo: Editora SENAC, 2000.
JANCSÓ, Itsván. A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII. In: SOUZA, Laura de Mello e, org. História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. v.1.
MAXWELL, Kenneth. Marquês de Pombal. Paradoxo do Iluminismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
MAXWELL, Kenneth. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, Maria Beatriz Nizza, (org.) O Império luso-brasileiro 1750-1882. Lisboa: Estampa, 1986.
MAXWELL, Kenneth. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. In: MOTA, Carlos Guilherme, (org.) Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias. São Paulo: Editora SENAC, 2000.
MOTA, Carlos Guilherme. A ideia de revolução no Brasil. 1780-1801. São Paulo: Cortez, 1989.
MOTA, Carlos Guilherme. Ideias de Brasil: formação e problemas (1817-1850). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias. São Paulo: Editora SENAC, 2000.
NOVAIS, Fernando Antônio. Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Brasiliense, 1986.
PRADO JR, Caio. Evolução política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1963.
RUSSEL-WOOD, A. J. R. Precondições e precipitações do movimento de independência da América Portuguesa. In: FURTADO, Junia Ferreira, (org.) Diálogos oceânicos. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2001.
SILVA, Rogério Forastieri. Colônia e nativismo. A História como “Biografia da Nação”. São Paulo: HUCITEC, 1997.
SOUZA, Laura de Mello e. Norma e conflito. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1999.
SOUZA, Laura de Mello e . Tensões sociais em Minas Gerais na segunda metade do século XVIII. In: NOVAES, Adauto, (org.) Tempo e História. São Paulo: Ática, 1995.
TAVARES, Luis Henrique Dias, Bahia, 1798. São Paulo: Ática, 1995.
VILLALTA, Luiz Carlos. 1789-1808. O império luso brasileiro e os Brasis. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Primeiro Ano - CNDL
Terceiro Bimestre - 2010
Das Conjurações à Abdicação de D. Pedro I
Capítulo 1 - Os vassalos contra a Metrópole: as Conjurações





"(...) explicarei brevemente o modo com que neste país se formam os motins, e o com que o povo neles entra. Estes jamais se fazem senão pela meia-noite, no maior silêncio dela: e esta é bastante prova de que o povo, nem agora, nem nas sublevações passadas cuidou nunca em levantar-se, ainda que, depois de excitados à força pelos cabeças, parece que por seu gosto sustenta o tumulto (...)"

Conde de Assumar

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Novo Telecurso – História EF – Aula 10

Os africanos contribuíram, e muito, para a formação do Brasil. Você lembrará que eles foram trazidos para cá à força, como escravos, nos navios negreiros.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Construindo habilidades e competências
Hoje no Brasil, tem-se defendido uma nova cidadania que tem por fim promover a democratização de todos em nossa sociedade. Para além da cidadania clássica que prega a igualdade de todos os indivíduos, essa nova cidadania defende o direito de ser diferente. Assim, grupos marginalizados lutam, a partir dessa nova cidadania, para serem integrados no processo democrático tendo respeitados as suas diferenças.
Entre esse grupos podem ser incluídos os homossexuais e os portadores de necessidades especiais. Embora, na perspectiva clássica da cidadania, esses cidadãos sejam iguais aos outros perante à lei, eles querem fazer valer o direito de serem diferentes e de ver respeitada essa diferença.

Veja abaixo clipes musicais com essa temática

Um dos maiores shows de Ney Matogrosso em sua turnê no início dos anos 80, a música Homem com H é sucesso até a presente data, e para matar a saudade, veja o clip na íntegra gravado pelo Fantástico no show do Canecão em 1981.



Para combater a homofobia e extirpar todo o preconceito, "abra sua mente"

Saiba mais sobre a sexualidade na América Portuguesa

Veja a teleaula do professor Edenilson Morais, neste video são abordadas as manifestações da sexualiadade no período colonial brasileiro e maneira pela qual a Igreja Católica tentou diminuir o apetite sexual dos colonos e estabelecer um controle social na América Portuguesa.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Colômbia pós Uribe – o que muda?

Pio Penna Filho*

As eleições na Colômbia consagraram o candidato governamental como o próximo presidente do país. Juan Manuel Santos obteve cerca de 70% dos votos e em seu discurso de vitorioso tentou mostrar que fará um governo diferente do de Uribe. Considerando as condições políticas da Colômbia é difícil acreditar que haverá grandes mudanças, ainda mais com um candidato que foi ministro da Defesa e representa, de alguma forma, mais a continuidade do que a mudança.
A Colômbia ocupa um espaço peculiar entre os países sul-americanos. É o que tem mais aproximação com os Estados Unidos e o mais deslocado quando se considera a tendência política predominante na região, que pende mais para governos de centro-esquerda ou de centro no espectro político latino-americano. É também o único país que tem problemas específicos de segurança interna relacionados a atuação de uma guerrilha que, embora decadente, continua atuante. Associado a isso ainda existe a questão do narcotráfico, de difícil solução.
O governo Uribe pode ser considerado, em termos gerais, uma administração bem sucedida. Em termos de segurança, um aspecto extremamente relevante para o país, quando nada, conseguiu impor o ritmo do Estado, colocando a guerrilha na retaguarda ao lhe impor uma série de derrotas, tanto militares quanto políticas. Se, por um lado, o seu desempenho econômico não foi nada além do padrão da América Latina, por outro, também não ficou atrás, mantendo a média de crescimento da região.
Num balanço geral, o ponto mais fraco do período Uribe foi a sua política externa, especialmente em termos regionais. Nesse sentido, a Colômbia não conseguiu entrar em sintonia com a maior parte dos seus vizinhos. Em parte isso se deveu à aproximação com os Estados Unidos, vista a partir de Bogotá como essencial para o sucesso no combate às Farcs. Todavia, a ajuda dos Estados Unidos implicava também numa série de contrapartidas por parte da Colômbia, e esse elemento foi decisivo para comprometer as relações com os vizinhos, especialmente com a Venezuela e com o Equador, mas não somente.
Diante desse breve resumo, não se pode esperar por grandes mudanças na Colômbia sob o governo de Juan Manuel Santos. Embora o Estado tenha tomado a rédea da situação no que diz respeito a atuação da guerrilha, ela não foi de todo suprimida e isso implica na continuidade das ações repressivas por parte do governo e na continuidade das relações especiais com os Estados Unidos.
Para a administração de Juan Manuel Santos não se trata apenas de aceitar a herança do governo Uribe, mas sim, e de certa forma, de ser ele a continuidade daquele governo. O que se pode esperar, pelo menos no início de sua administração, é uma vontade política de distensão com os vizinhos que já não existia mais na Colômbia sob Uribe. A questão é saber até que ponto o relacionamento especial com os Estados Unidos não será um fator determinante para travar qualquer iniciativa mais séria nesse sentido.

* Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP e Pesquisador do CNPq. E-mail: piopenna@gmail.com

domingo, 20 de junho de 2010

Novo Telecurso – História EF – Aula 09

Nesta unidade você compreenderá como as navegações transoceânicas e as interações entre a América e outros continentes modificaram amplas áreas do mundo, entre os séculos XVII e XVIII.


VESTIBULAR UFOP 2010
HISTÓRIA
Questões de 49 a 60

49. A Idade Média na Europa Ocidental foi marcada pela estruturação de uma ordem social de base rural. Nesse período a relação entre o senhor feudal e o camponês era predominantemente
definida
A) pelo contrato de trabalho – o senhor feudal, em troca de proteção por ele fornecida, recebia do camponês pagamentos em dinheiro.
B) pelo trabalho de tipo servil – o camponês se subordinava a uma ordem política, social e econômica que favorecia os interesses do senhor feudal.
C) pelo contrato feito entre iguais – o senhor feudal oferecia acesso à terra ao camponês em troca de um arrendamento.
D) pelas exigências de uma economia monetarizada – por meio de salários, os camponeses tinham acesso às fábricas do senhor feudal.
50. O Renascimento Cultural foi um movimento artístico e intelectual que ocorreu na Europa nos séculos XV e XVI e marcou as artes e o pensamento moderno. É INCORRETO afirmar que
esse movimento caracterizou-se por promover
A) a defesa da fé religiosa e dos valores tradicionais da religião católica, contrapondo-se ao movimento racionalista da época.
B) a substituição da explicação teocêntrica da realidade pelo antropocentrismo.
C) a valorização do indivíduo como agente histórico e social, mostrando-se favorável à liberdade artística.
D) a retomada dos valores fundamentais da cultura clássica do mundo greco-romano.
51. Os anos trinta do século XX foram marcados pela depressão econômica, decorrente da crise
da Bolsa de Nova Iorque. Sobre as consequências políticas dessa depressão, assinale a alternativa CORRETA:
A) Houve o desenvolvimento de políticas econômicas baseadas no livre comércio e independentes do Estado, como o New Deal dos EUA.
B) Ocorreu, em toda a Europa, a consolidação do pluripartidarismo e da autonomia dos parlamentos, em prejuízo do Poder Executivo.
C) Houve o fortalecimento das democracias liberais e o desenvolvimento de políticas de defesa dos direitos civis.
D) Ocorreu o crescimento de regimes totalitários, acompanhado de ênfase na propaganda nacionalista e de aumento do poder repressivo.

52. O continente americano foi incorporado ao domínio comercial europeu mediante um processo de colonização efetuado por Espanha e Portugal, principalmente. Com relação a esse processo ocorrido no continente americano, é CORRETO afirmar:
A) A partir do século XVI, a organização da vida coletiva na América espanhola passou a ser orientada pelos interesses das populações nativas.
B) Os sistemas de trabalho instituídos determinaram o uso de mão-de-obra africana nos principais centros mineradores, como os do México e do Peru.
C) A conquista da América foi um processo que fez parte da ampla conjuntura expansionista européia nos séculos XV e XVI.
D) A colonização espanhola teve um caráter laico, não se submetendo aos interesses da Igreja Católica.
53. Os Estados Unidos da América mobilizaram, no século XIX, milhares de indivíduos para o processo de expansão ao Oeste, em direção à costa do Pacífico. Assinale a alternativa CORRETA sobre a chamada “Marcha para o Oeste”:
A) A demanda por terras, produtos agrícolas e metais preciosos foi o principal estímulo para a imigração ao Oeste.
B) A mobilização de milhares de indivíduos envolveu as populações das cidades do leste norte-americano, sendo pouca a participação de imigrantes estrangeiros.
C) Os territórios que pertenciam ao México foram comprados pelas autoridades norteamericanas, de modo que a expansão para o Oeste foi pacífica.
D) As populações indígenas foram preservadas no processo de expansão, e suas terras e sua cultura foram protegidas pelas autoridades norte-americanas.
54. A década de 70 do século XX foi um período de intensas disputas políticas na América do Sul. Sobre essas disputas é CORRETO afirmar:
A) Os governos sul-americanos, de características populistas, promoveram a política do nãoalinhamento.
B) Os países da região tinham, em sua maioria, governos autoritários, que reprimiram os movimentos de esquerda.
C) Os governos da região aproximaram-se dos EUA para romper com uma forte subordinação às potências coloniais da Europa Ocidental.
D) Os governos sul-americanos compunham um bloco de ditaduras militares que contavam com apoio da URSS.


55. As Irmandades foram associações leigas surgidas na Europa medieval e difundidas, a partir do Concílio de Trento (1545-1563), por todo o Império Português. Nas alternativas a seguir, apresentam-se atribuições das Irmandades leigas no Brasil. Assinale a atribuição INCORRETA:
A) Exercer o poder judiciário nas Câmaras Municipais.
B) Incentivar a assistência mútua entre seus integrantes.
C) Promover o culto aos santos de devoção.
D) Garantir a realização de missas após a morte de um irmão.

56. Sobre a Revolução Pernambucana de 1817, que eclodiu em Recife em 6 de março, é CORRETO afirmar:
A) Opunha-se à eleição de representantes brasileiros nas Cortes de Lisboa.
B) Foi marcada por sentimentos autonomistas e ideais republicanos.
C) Caracterizou-se pela oposição entre mascates e proprietários rurais.
D) Expulsou, definitivamente, os holandeses de Pernambuco.

57. Sobre a Assembleia Constituinte de 1823, é CORRETO afirmar:
A) Reuniu representantes de todas as camadas da população brasileira.
B) Elaborou a constituição que vigorou durante todo o Império.
C) Fundou as bases do Estado Absolutista Monárquico.
D) Caracterizou-se pelas disputas entre o Partido Português e o Partido Brasileiro.

58. A década de 1880 foi marcada pelo processo histórico de derrocada do sistema político monárquico no Brasil. A estrutura institucional do Império parecia frágil diante das novas demandas políticas e sociais. Assinale a alternativa que indica o acontecimento determinante da perda de sustentação política da Monarquia junto aos proprietários rurais, sobretudo do Sudeste e principalmente do Rio de Janeiro:
A) Guerra contra o Paraguai.
B) Abdicação de D. Pedro I.
C) Instituição da Lei de Terras.
D) Assinatura da Lei Áurea.


59. Com o advento da Primeira República (1889-1930), ficou evidente que as principais decisões sobre os rumos da vida política no Brasil permaneciam nas mãos de uma elite extremamente afastada dos interesses dos cidadãos e cujo poder se baseava no monopólio da propriedade da terra. Nesse contexto, surgiram movimentos de massa organizados contra o poder oligárquico, caracterizados por ideologias milenaristas e salvacionistas. Assinale a alternativa que apresenta os dois principais movimentos messiânicos desse período:
A) Movimento Abolicionista e Movimento Republicano.
B) Guerra de Canudos e Guerra do Contestado.
C) Revolta da Chibata e Revolta da Vacina.
D) Movimento Populista e Revolta dos Tenentes.

60. Do ponto de vista político, a chamada “Revolução de 1930” foi um golpe de Estado resultante de uma série de crises inter-relacionadas que ocorreram durante a década de 20. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma dessas crises:
A) Crise econômica do setor agrário exportador.
B) Crise das Forças Armadas, ocasionada pelo tenentismo.
C) Crise do sistema eleitoral republicano, baseado no parlamentarismo.
D) Crise da aliança política conhecida como “café-com-leite”.

GABARITO

49. B 50. A 51. D 52. C 53. A 54. B 55. B 56. B 57. C 58. D 59. B 60. C

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Novo Telecurso – História EF – Aula 08

As cidades brasileiras, na época colonial, eram muito diferentes das cidades que conhecemos atualmente. Você vai ver como era a vida dos escravos nessas cidades.

Novo Telecurso – História EF – Aula 07

Você verá como a agricultura se expandiu no país do fim do século XVIII até a proclamação da independência e entenderá por que a sociedade colonial dava tanta importância para o senhor de escravos.

Novo Telecurso – História EF – Aula 06

A colonização no território do Brasil aconteceu aos poucos pelos portugueses,com um processo lento. Você verá o por quê, e saberá, também, que cada região colonial se desenvolveu de um jeito diferente.

Novo Telecurso – História EF – Aula 05

Você vai ver nesta teleaula como foi o início da colonização do Brasil e por que os portugueses escolheram a cana-de-açúcar para colonizar seu território na América.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Copa de 58 foi a coroação do rei Pelé

Com só 17 anos, Pelé se consagrou na Copa de 1958 ao encantar o mundo com seu futebol. Ele fez um dos gols mais marcantes dos mundiais na vitória sobre o País de Gales e fez o Brasil ir à semifinais.

República Velha: a República dos excluídos

Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a primeira Constituição Republicana do Brasil.
A Carta Constituicional de 1891 consagrou o federalismo com a autonomia dos estados, o presidencialismo, os três poderes – o Executivo, Legislativo e Judiciário – e o regime de representatividade. Nesse regime, o voto era direto, universal e descoberto, excluídos menores de 21 anos, analfabetos, soldados, religiosos de ordens monásticas, mendigos e mulheres. Para se ter uma ideia da restrição do direito de voto, em 1894, 3,2% da população brasileira tinha o direito de votar, enquanto, em 1872, ainda no Império, o total de eleitores era de 13%. Basicamente, a partir da Constituição de 1891, a maioria quase absoluta da população brasileira era composta pelos chamados cidadãos inativos, isto é, aqueles que, apesar de serem contemplados com direitos civis, eram excluídos da participação política.
As reformas políticas republicanas ampliaram a capacidade de ação dos grupos dominantes, tornando a nova elite política mais representativa e os interesses regionais mais fortes, especialmente os de São Paulo e Minas Gerais. Nos municípios, o coronelismo, fenômeno ligado à formação de poderes locais vinculados a uma ampla clientela política, assentou-se em uma sociedade agrária extremamente desigual, com baixa representatividade política e presença de relações não-capitalistas de produção. Com a implantação da República, fortaleceu-se o poder dos chefes locais. Um bom indicador do poder do coronel era o número de votos de que podia dispor nas épocas de eleições, já que esse número informava as potencialidades de influir na composição das câmaras, do Senado e na escolha do candidato para a presidência da República.
Sem dúvida, a República Velha ou Primeira República, período, não era a República dos sonhos dos brasileiros. Caracterizada por fraudes eleitorais, corrupção, jogo de favores e exclusão do povo da política, tornou-se o pior dos mundo para a maioria absoluta dos brasileiros.
A exclusão política, a incipiente industrialização, as péssimas condições de vida e de trabalho do operariado urbano e, também, do trabalhador rural, levaram a uma série de movimentos de contestação da ordem vigente, fossem eles impulsionados pelas novas culturas políticas que emergiam no país como o anarco-sindicalismo e, na década de 1920, o comunismo, fossem iluminados pelo messianismo que grassava no campo.

Pense sobre o que acabou de ler e responda:
1. Quais os resultados, no que diz respeito à representação política, da Constituição de 1891?
2. E das reformas políticas republicanas?
3. Em que se assentava o coronelismo?
4. Quais as características predominante da República Velha ou Primeira República?
5. Por que a República Velha foi palco tanto de vários movimentos urbanos quanto de movimentos rurais?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Momento de descontração nos estudos, de vez em quando é bom

Os professores do CNDL mostram um pouco de seu "talento" descontraindo a aula.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Seleção da Alemanha ressurge com a Copa de 54


Na final da Copa do Mundo de 1954, a Hungria era a melhor do mundial e vencia com vantagem a Alemanha. Mas os alemães reagiram e venceram por 3 x 2. A partir daí, sempre foram vistos como favoritos.



Zico relembra a Copa de 1982
O Galinho fala sobre o clima nos bastidores do Mundial e oferece um gol para Telê Santana. Apesar de não ter vencido, os jogadores foram ovacionados na chegada ao Brasil.


1284 - O último gol do Pelé

Pelé: "Se desse para fazer um replay na minha vida, talvez se eu fizesse o meu último gol com a Seleção Brasileira, eu gostaria"

Nova geração de historiadores reformula a História do Brasil

Pesquisadores que tiveram acesso a documentos, antes secretos, produziram novas teses sobre a História do nosso país. O historiador Marco Antônio Villa e o jornalista Leandro Narloch debateram o caso.

Conheça uma história do Brasil que você nunca viu

Ana Maria Braga conversa com o professor Antônio Carlos Nascimento

O Complexo Oriente Médio

Pio Penna Filho*

O Oriente Médio está, direta ou indiretamente, relacionado aos grandes marcos das relações internacionais contemporâneas. Suas grandes reservas petrolíferas, ainda vitais para a manutenção da economia mundial e, mais recentemente, o fenômeno do fundamentalismo islâmico e a ação de grupos terroristas que professam a doutrina islâmica, colocam a região como centro das atenções internacionais em termos de segurança, uma vez que são percebidos como uma ameaça pelo Ocidente.
Não bastasse os problemas históricos enfrentados pelos povos Oriente Médio e acentuados após o fim da Primeira Guerra Mundial com a ocupação dos territórios anteriormente dominados pelo Império Otomano, com o fim da Segunda Guerra Mundial a situação se complicou um pouco mais, sobretudo em decorrência da criação de um novo Estado em terras antes ocupadas por maioria palestina. Assim, a criação do Estado de Israel, tal como realizada, resultou em profundas implicações políticas para a região.
Divergências entre os próprios povos árabes, predominantes na região, também conformam o complexo cenário regional. Quando se fala em união dos povos árabes, seja por afinidade étnica, lingüística ou religiosa, estamos tratando na verdade de um mito. O mundo árabe está dividido há séculos, não só por disputas políticas pelo poder, mas também e principalmente em termos religiosos, numa guerra surda que remete à própria religião criada por Maomé (Mohamed). As divergências entre os Estados árabes são, pois, um aspecto de suma importância quando se deseja compreender o contexto regional.
Além disso, o Oriente Médio aparece, ao lado de algumas regiões do continente africano, como uma zona de tensão permanente e de conflitos duradouros e persistentes. Ocorreram nas últimas quatro décadas guerras civis (Líbano), guerras entre Estados (Irã x Iraque), guerras entre uma coalizão de Estados (Egito, Síria, Jordânia x Israel), revoluções (Irã), conflitos de cunho religioso (Egito), guerras de países ocidentais contra regimes árabes (Estados Unidos/Inglaterra x Iraque) e, mais recentemente, a ação deliberada de grupos terroristas.




Nota-se, naturalmente, que a associação entre petróleo, fonte vital da matriz energética mundial principalmente para os países mais desenvolvidos, e o fundamentalismo religioso, acabou sendo explosiva e colocou o Oriente Médio no centro das atenções internacionais. O deslocamento de tropas norte-americanas e de outras partes do mundo, sobretudo após a Guerra do Golfo (1991) e a sua permanência na região, aumentada com a Guerra do Iraque (2003), reforça e evidencia a tese da importância do Oriente Médio para as relações internacionais contemporâneas.
Além disso, o impacto proporcionado pela expansão islâmica em direção a várias outras regiões é outro exemplo da influência que o Oriente Médio promove no plano internacional. Vários conflitos do pós-Guerra Fria tiveram conexões com esse forte movimento emanado daquela região. Podemos citar como exemplos áreas de atrito entre populações muçulmanas na África (Nigéria), nos Bálcãs (Bósnia), na Ásia Central (Chechênia/Daguestão) e ações terroristas na Europa e Estados Unidos.
Novo Telecurso – História EF – Aula 04
Você vai ver que, quando os europeus chegaram ao continente americano, o encontro de duas culturas causou primeiro estranhamento, depois choque e, finalmente, a relação de dominação.

Novo Telecurso – História EF – Aula 03

Os viajantes árabes e mouros tiveram muita importância para a humanidade. Você vai entender como eles espalharam pelo mundo muitas informações da região que hoje chamamos Oriente.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A História dos povos indígenas na América Portuguesa

Você estudará a história dos povos indígenas da América, o seu encontro com os europeus no século XV e as relações que, a partir daí, se estabeleceram.

Que História é essa?
Vamos acompanhar a partir de agora as teleaulas de História do Ensino Fundamental do Novo Telecurso


Que História é essa? Esse é o tema da primeira teleaula.Você vai aprender qual é o método utilizado por historiadores para estudar a História e vai ver de que maneira o curso está dividido em unidades.

Estreia do Brasil na Copa da Alemanha, em 2006

Brasil 1 x 0 Croácia - 2006
A vitória apertada sobre os croatas deixou claro que não seria uma Copa fácil para a seleção brasileira. Na Alemanha, Carlos Alberto Parreira escalou o quadrado mágico com Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano. Não funcionou. Um belo gol de Kaká, no fim do primeiro tempo, assegurou o resultado positivo.

Escalação do Brasil: Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Adriano e Ronaldo (Robinho).


Estreia do Brasil na Copa do Japão e da Coreia do Sul, em 2002

Brasil 2 x 1 Turquia - 2002
No primeiro jogo da campanha do penta, no Mundial disputado no Japão e na Coreia do Sul, a seleção levou um susto. Hasan Sas abriu o placar para os turcos no fim do primeiro tempo mas Ronaldo e Rivaldo, de pênalti (mal marcado pela arbitragem), viraram.

Escalação do Brasil: Marcos, Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Juninho (Vampeta), Ronaldinho Gaúcho (Denílson) e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo (Luizão).


Estreia do Brasil na Copa da França, em 1998

Brasil 2 x 1 Escócia - 1998
Campeão em 1994, coube ao Brasil de Zagallo a honra de fazer o primeiro jogo da Copa da França. Novamente um europeu como rival na estreia. A Escócia não foi presa fácil. César Sampaio abriu o placar, aos quatro minutos. Collins empatou, de pênalti, aos 38. No segundo tempo, Boyd fez contra. Sorte brasileira.

Escalação do Brasil: Taffarel, Cafu, Júnior Baiano, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio, Giovanni (Leonardo) e Rivaldo; Bebeto (Denílson) e Ronaldo.


Estreia do Brasil na Copa dos Estados Unidos, em 1994

Brasil 2 x 0 Rússia - 1994
Vinte e quatro anos de jejum. Além do peso tradicional, a estreia do Brasil na Copa do Estados Unidos trazia consigo a incômoda espera por um novo título. A campanha do tetra do time de Parreira começou com uma vitória tranquila, mas sem brilho. Romário e Raí (de pênalti), fizeram os gols.


Escalação do Brasil: Taffarel, Jorginho, Ricardo Rocha (Aldair), Márcio Santos e Leonardo; Dunga (Mazinho), Mauro Silva, Zinho e Raí; Bebeto e Romário.


Estreia do Brasil na Copa da Itália, em 1990

Brasil 2 x 1 Suécia - 1990
Taffarel teve trabalho no primeiro jogo da seleção na Copa da Itália. Contra os suecos, o Brasil enfrentou dificuldades para conter o nervosismo. Careca fez os gols do time de Lazaroni, enquanto Brolin diminuiu.

Escalação do Brasil: Taffarel, Mozer, Mauro Galvão e Ricardo Gomes; Jorginho, Dunga, Alemão, Valdo (Silas) e Branco; Müller e Careca.


Estreia do Brasil na Copa do México, em 1986

Brasil 1 x 0 Espanha - 1986
No México, o Brasil não mostrou o futebol bonito de quatro anos antes, também sob o comando de Telê Santana, mas foi bem eficiente. Na estreia, vitória por 1 a 0 sobre a Espanha. Sócrates foi o autor do gol em lance contestado. Os espanhóis alegaram impedimento, mas o árbitro australiano Christopher Bambridge validou. A Fúria foi prejudicada pelo juiz ao não ter um gol legal validado. Um chute de Michel bateu no travessão e caiu dentro da meta.

Escalação do Brasil: Carlos, Édson, Edinho, Júlio César e Branco; Elzo, Alemão, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Müller).

Estreia do Brasil na Copa da Espanha, em 1982

Brasil 2 x 1 União Soviética - 1982

Foi o único jogo difícil para a seleção na primeira fase. A estreia brasileira no Mundial da Espanha ficou aquém do esperado. A defesa falhou várias vezes. O soviético Bal, aos 33 do primeiro tempo, chutou sem maiores pretensões e Valdir Peres não segurou. A virada foi conquistada com dois golaços na etapa final: Sócrates e Éder.


Escalação do Brasil: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luisinho e Júnior; Falcão, Dirceu (Paulo Isidoro), Sócrates e Zico; Serginho e Éder.
Técnico: Telê Santana

domingo, 13 de junho de 2010

sábado, 12 de junho de 2010

Museu na Croácia conta a história do homem e da mulher de Neanderthal

A exposição em Kaprina, reconta a vida dos Neanderthals, que viveram na região há 125 mil anos. A similaridade com o homem moderno, pode ser vista através da mostra.


Memória: 80 anos de Bellini

Bellini foi o capitão do primeiro título mundial do Brasil. Na Copa de 1958, ele marcou a história do futebol ao criar o gesto de levantar a taça do campeonato acima da cabeça.

Conheça o berço da humanidade na África do Sul

Na caverna, há fósseis de mais de três milhões de anos. É possível percorrer 60 metros dentro de túneis estreitos. Ao lado da caverna, um museu conta a história da evolução do homem.

Massacre na Praça da Paz Celestial marcou a história chinesa





Em 5 de junho de 1989, uma imagem se tornaria uma das mais lembradas do século 20. Um jovem solitário e desarmado enfrentava uma fileira de tanques de guerra na Praça da Paz Celestial

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Conheça a história da guerra entre as Coreias

Copa do Mundo de 2010 é a primeira em que os dois países vizinhos participam juntos.
Professor fala da rivalidade histórica entre Inglaterra e Estados Unidos

A divisão dos grupos da Copa do Mundo vai promover alguns enfrentamentos históricos. No Grupo C, A Inglaterra vai jogar contra os Estados Unidos, ex-colônia inglesa. Confira a dica.

Conheça a história da camisa da seleção brasileira

Nem sempre ela foi amarelinha como nos dias de hoje.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Saiba mais sobre a Teoria do Branqueamento da sociedade brasileira

Influenciada no cientificismo e no positivismo, as elites brasileiras, entre o final do século XIX e o começo do século XX, acreditavam que o branqueamento era a solução para o desenvolvimento do país

Professor de história contemporânea da UFF fala sobre o bloqueio de Israel

Bernardo Kocher comenta o impasse que acontece em relação à Faixa de Gaza. Segundo o professor, a decisão dos ativistas de levar alimentos para os necessitados é uma atitude humanitária.

Entenda a ligação entre futebol e ditadura

O professor de história Igor Vieira explica como o tricampeonato brasileiro, em 1970, aumentou a popularidade do Governo Médici.

Saiba mais sobre a história da África do Sul



A África do Sul se libertou do apartheid e sediará a Copa do Mundo de 2010. Confira a aula de história com o professor Igor Vieira, do colégio e curso PH.
A copa vai começar, prepare o seu coração

Pra entrar de cabeça no clima da copa, relembre a marchinha que embalou os 90 milhõesm em ação. Pra frente Brasil, que aliás foi utilizada pela ditadura militar brasileira como propaganda ufanista do regime.

Eleições presidenciais, a disputa vai começar...

Já estamos começando a entrar no clima das eleições presidenciais que acontecerá no próximo mês de outubro,a disputa já está se acirrando.


Vamos relembrar como eram os meses que antecederam as eleições de 1989 em no país através de uma sátira do cantor Alipio Martins para as supostas candidaturas presidenciais ocorridas no final da década de 1980, quando após 21 anos de ditadura militar, o povo brasileiro pode finalmente escolher o presidente da República de forma direta, isso ocorreu em 1989.

Ditadura militar: política e futebol

O professor de história Igor Vieira explica como o tricampeonato brasileiro, em 1970, aumentou a popularidade do Governo Médici.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

República Velha - A República dos Excluídos







Na proclamação da República, a vitória do projeto dos cafeicultores, aliado a determinados princípios positivistas, trouxe a necessidade de se operar, com o conceito de federalismo. Contudo, o nosso federalismo às avessas, não democrático, que nunca foi além da ideia de descentralização, como afirma José Murilo de Carvalho, tem impactos importantes no Brasil contemporâneo. Durante a República Velha ocorreu a exclusão da maioria absoluta da população brasileira do sistema político-eleitoral que vigorou no período.
Voa canarinho

Tema da Copa de 1982, realizada na Espanha, em que a seleção brasileira, repleta de craques comandados pelo técnico Telê Santana, encantou o mundo.


Honduras e a OEA

Pio Penna Filho*

A questão hondurenha se transformou no pomo da discórdia no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA). Por trás da querela diplomática que está sendo travada na OEA em torno do retorno do país ao seus quadros, encontramos um mundo de divergências que demonstram o desgaste da imagem dos Estados Unidos perante boa parte dos países da chamada América Latina.
O golpe que depôs o presidente Zelaya azedou as relações de Honduras com importantes expoentes latino-americanos. Na América do Sul, Brasil, Venezuela, Argentina e Bolívia foram os países que demonstraram maior irritação com a solução da crise hondurenha.
A posição adotada pelo Brasil foi clara: o retorno de Zelaya à presidência sem nenhum tipo de restrição ou condicionalidade. O governo brasileiro interpretou o golpe como uma usurpação do poder e não admitia que o processo fosse legitimado por quem quer que fosse, seja no plano interno ou no externo. O interessante da questão é que o Brasil tomou as dores de um governo que, a rigor, nem era tão alinhado e nem tampouco vinculado econômica ou comercialmente ao país. Ademais, Honduras estaria fora, pelo menos em tese, da área prioritária de atuação da diplomacia brasileira no contexto latino-americano, uma vez que, por opção, o Brasil escolheu o espaço sul-americano como objetivo primordial de sua política externa.
Talvez por uma questão de coerência o governo brasileiro continue mantendo sua posição de apoio a Zelaya, mesmo sabendo que dificilmente poderá encaminhar qualquer política que modifique o estado atual da questão hondurenha. Como todos que acompanharam o caso sabem, Honduras já passou por um processo eleitoral e possui um novo governo, eleito e reconhecido internacionalmente por vários Estados, dentre eles os Estados Unidos.
O novo presidente de Honduras, Porfírio Lobo, assumiu o cargo com um discurso conciliador e pacifista, mas também determinado a manter-se no poder e dar continuidade à vida política hondurenha. Nesse sentido, a idéia do retorno puro e simples de Zelaya ao poder perdeu a sua razão de ser.
Agora o debate foi trasladado para o âmbito da OEA, mas numa perspectiva distinta. A posição do Brasil e de outros Estados latino-americanos é que Honduras só possa ser readmitida na Organização se aceitar a plena reintegração política de Zelaya, sem que ele sofra qualquer penalidade interna por ato político praticado enquanto era presidente do país.
Uma das questões que podemos inferir a partir da análise do que está acontecendo em torno da controvérsia hondurenha na OEA vincula-se às desgastadas relações entre os Estados Unidos e outros Estados da região, sobretudo com o Brasil e com a Venezuela.
Essa linha de interpretação sugere que não devemos analisar a questão de Honduras apenas pela ótica da evolução política do país. Trata-se, na verdade, do choque de dois projetos políticos ou visões de mundo distintas. De um lado, podemos identificar a tradicional política norte-americana de encarar a América Latina como incapaz de fazer suas próprias escolhas políticas e, de outro lado, de uma tentativa um tanto difusa de reorientação política que caminha para a auto-afirmação dos Estados latino-americanos frente, sobretudo, aos Estados Unidos. Enfim, é uma queda de braço importante, mas que possui uma brutal desigualdade de poder entre os seus contendores.

* Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP e Pesquisador do CNPq. E-mail: piopenna@gmail.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saiba mais sobre os eventos esportivos e seus significados políticos





O professor de história do cursinho pH, Igor Vieira, dá uma aula sobre os eventos esportivos e seus significados políticos.
Vieira explica que os países que sediam os mundiais conseguem se projetar no mundo todo.
Na Copa de 1934, na Itália, o líder fascista Benito Mussolini aproveitou o evento para projetar o regime. Mussolini acompanhava vários jogos e historiadores até cogitaram a hipótese de ele ter usado sósias para representá-lo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Aprenda mais sobre a rivalidade entre as Coreias
O professor de história do cursinho pH, Igor Vieira, dá uma aula sobre a rivalidade entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, iniciada na 2ª Guerra Mundial.
Vieira explica que o Japão invadiu a península da Coreia e houve uma mobilização para que eles fossem expulsos. Em 1945, com a presença das bombas atômicas, o Japão se rendeu.
Durante a negociação de paz no pós-guerra, o professor afirma que foi acordado entre as potências vencedoras que a Coreia ficaria dividida.
A Coreia do Norte ficou sob a tutela da União Soviética, onde vigorava o modelo socialista. Na Coreia do Sul havia o sistema capitalista e o domínio dos Estados Unidos.

Israel, Irã e a Ameaça à Paz

Pio Penna Filho*

Enquanto o Irã está sendo acusado pelas grandes potências de representar uma ameaça à paz mundial, Israel desfechou um ataque descabido contra uma flotilha de ajuda humanitária organizada pela Organização Não Governamental “Free Gaza”, cujo objetivo era levar suprimentos para a região palestina que está cercada pelas tropas de Israel.
Esse episódio é, no mínimo, revelador de quem realmente representa uma ameaça para à paz, seja no Oriente Médio, seja no mundo. Contra Israel há o protesto sem grandes consequências práticas, ou seja, o turbilhão de vozes daqueles que não tem poder mas que, teimosamente, insistem em denunciar atrocidades cometidas pelo Estado judaico. Contra o Irã, o paradoxo: o clube seleto e fechado dos que mandam na política mundial consegue, quase que silenciosamente, estabelecer sanções e punir o povo iraniano pela teimosia do país em não se dobrar frente ao desejo dos Estados Unidos.
A atitude crescentemente arrogante das elites políticas israelenses frente à questão palestina tem levado muito mais instabilidade ao Oriente Médio do que a atitude dos radicais nacionalistas iranianos. Embora ambos tenham muito o que explicar em termos de desrespeito aos direitos humanos, a cobrança tem sido desproporcional.
A dita “comunidade internacional”, capitaneada pelo Ocidente (leia-se Estados Unidos e seus aliados europeus), cobra do Estado iraniano mais democracia e mais respeito aos direitos civis, chegando mesmo a ameaçar o Irã com retaliações comerciais e econômicas, além da tentativa permanente de isolamento político do país.
A mesma comunidade, todavia, faz vistas grossas aos freqüentes e recorrentes atropelos aos direitos humanos promovidos por sucessivos governos israelenses em territórios que sequer lhe pertencem. Ou seja, Israel ataca, destrói, coage, assassina e promove o sofrimento humano em larga escala e nada acontece, uma vez que está “blindado” como aliado tradicional dos Estados Unidos.
Numa tentativa de descaracterizar a missão humanitária da flotilha que tentava chegar à Faixa de Gaza, o governo israelense divulgou na internet imagens dos atos “hostis” que as pessoas que estavam nos navios ocupados pelos comandos israelenses tiveram no momento do desembarque aerotransportado.
Não bastasse a “infame” resistência à ocupação dos navios pelos soldados de Israel, também foram divulgadas imagens com as armas que estariam sendo transportadas no navio. Parece ridículo, mas está lá, na web: estilingues e barras de ferros que foram usadas para “agredir” os heróis de Israel! O detalhe é que tudo isso, conforme noticiado, ocorreu em águas internacionais, portanto, ao arrepio da lei. Nem mesmo os piratas somalis são tratados dessa maneira.
É preciso ter muito cuidado quando ouvimos acusações sobre “ameaças” à paz mundial. Não é de hoje que as grandes potências utilizam o virtual controle da mídia internacional para fabricarem imagens negativas e construir fantasmas que na verdade não existem. Note-se, por exemplo, que os Estados Unidos usaram o discurso da existência de armas de destruição em massa para atacar e ocupar o Iraque. E onde, afinal, estão as armas de Sadam Hussein? Alguns pontos para reflexão: quem ameaça mais o mundo, o presidente iraniano e suas bravatas ou a desenvoltura israelense em não aceitar as regras básicas de convívio internacional? E o que dizer da atuação irresponsável dos grandes banqueiros e dos especuladores que provocam crises verdadeiramente catastróficas?
* Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP e Pesquisador do CNPq. E-mail:
piopenna@gmail.com
O início da colonização portuguesa



Nesta teleaula você aprenderá que, para tornar a colonização atraente, foram criadas as capitanias hereditárias e que, com o fracasso desse sistema, surgiu uma forma de administração que centralizava o poder nas mãos do governador geral. Além disso, você verá que a região Nordeste, principalmente Pernambuco, se tornou o centro da produção de açúcar na colônia.