quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primeiro Ano - Capítulo 4
Motins, sedições e resistência escrava

Guerra dos Emboabas, obra de Carybé.

Problematização do tema

1. Quais as motivações das revoltas que eclodiram na América Portuguesa?

Algumas das revoltas que eclodiram na América Portuguesa estão intimamente ligadaa às políticas metropolitanas adotadas para a colônia. Outras derivaram de interesses específicos dos colonos, tais como disputas de terras, por territórios de mando, enfrentamento de grandes potentados, reações às políticas das câmaras, entre outros motivos.

2. Quais são as interpretações historiográficas acerca das relações entre colônia e metrópole?

Na visão reducionista acreditava-se que que a colônia estava totalmente submissa em relação à metrópole e não possuía vida própria. Essa interpretação dizia que as colônias só faziam responder os interesses econõmicos metropolitanos, essa tese torna difícil explicar a razão da eclosão das revoltas. Uma outra versão revisionista aponta que havia interesses específicos dos colonos em jogo, ou seja, a colônia possuía uma dinâmica interna baseada nas relações de poder, de trabalho e na socialidade entre as populações coloniais, essa perspectiva torna fácil explicar a ocorrência de revoltas. Ainda, há uma outra versão historiográfia que aponta para a existência de uma espécie de convenção entre o Rei de Portugal e seus vassalos na América Portuguesa com o objetivo de manter a paz na colônia, entretanto muitas vezes, essas convenções foram desrespeitadas.

3. Na sua opinião, qual dessas interpretações historiográficas explica melhor a eclosão das revoltas na América Portuguesa?

Resposta pessoal, entretando espera-se que o aluno argumente que a visão revisionista das revoltas coloniais é a que melhor explica a ocorrência das mesmas.

4. Por que não se usa mais opor movimentos de constestação dos movimentos de oposição?

Todas as revoltas coloniais tiveram muitas faces. Elas não foram só de contestação ou só de oposição. É importante estudar os movimentos nas suas especificidades, sem contruir tipologias que engessem a análise de cada um deles.

5. Por que a análise da resistência escrava é diferente daquela feita para as revoltas dos vassalos?

No que se refere à resistência escrava, a análise é bem diferente. Não havia convenções entre o soberano e os cativos que, embora tivessem direitos, muitas vezes eram vítimas de extrema violência de seus senhores. Não obstante seja preciso relativizar a posição de vítima que a historiografia marxista conferiu ao escravo e relevar as negociações e as acomodações entre os cativos e seus senhores, muitos escravos negaram o sistema escravista e procuraram formas de escapar da escravidão ou enfrentá-la de forma violenta.

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